ARTIGO Ética e Relações Humanas no Trabalho: Escravidão em Pleno Século XXI

Na antiguidade o trabalho escravo era dito como essencial para a maioria dos povos, os gregos, romanos e egípcios, por exemplo, construíram impérios a base da mão de obra escrava. Neste tempo a cultura deles era assim, a política permitia que isso fosse feito, diferentemente de como é hoje em dia, mas muitas coisas não mudaram.

Apesar de estar sendo cada vez mais levado em conta a o combate a escravidão ainda é muito pouco comparado ao que poderia ser. Hoje em dia à impunidade é algo que deixa esses crimes acontecerem. A desigualdade como antigamente é um dos fatores agravantes.

A maior força do trabalho escravo é o poder econômico, tanto antigamente como hoje, ter pessoas que trabalham jornadas exaustivas sem ter nenhum gasto com isso, ou tendo o mínimo possível é o grande motivo dessa injustiça. Não é levado em conta o fator humano, e pessoas são tratadas como animais, ou até pior.

São vários os agentes responsáveis pela escravidão no trabalho contemporâneo, várias corporações de grande porte, gigantes multinacionais assim como também pequenas empresas utilizam essa mão de obra para obtenção de maiores lucros e para ter uma vantagem competitiva. Empresários que só se importam com o dinheiro, e que fecham os olhos para o resto.

Os governos também poderiam e deveriam intensificar essa luta contra o trabalho escravo. Deveria ser mais noticiado na mídia e inclusive nós, como cidadãos deveríamos dar a devida importância para isso. Quando o tema escravidão aparece, para a grande maioria parece algo distante, algo que já aconteceu. Mas isto é fingir, é tapar os ouvidos para escutar sobre um problema que não acabou, e que infelizmente provavelmente está longe de acabar.

O trabalho escravo é geralmente feito por aliciamento. Os aliciadores são contratadores ilegais que buscam pessoas para o trabalho escravo em áreas menos favorecidas, mais vulneráveis. Pessoas essas pobres e sem instrução, muitas vezes atraídos por promessas falsas. Também imigrantes na mesma condição que trocam sua força de trabalho por uma chance em outro lugar, todos escolhidos são alvos fáceis, pois precisam do trabalho para sobreviver e até para sua família.

Hoje em dia todos sabem que a escravidão não é algo ético, não é algo correto, mas como mencionado antes isso não importa para quem está aliciando ou contratando, para eles só o lado financeiro importa.

Mesmo sendo algo errado, um pouco da escravidão no trabalho que acontece há séculos permanece enraizada na mente do ser humano, deixando essa má ideia de que existem pessoas inferiores, seja por serem pobres, por virem de outro lugar, pela cor ou o que for. Pensam que elas podem ser tratadas como escravos, esse ideal faz com que muitos não pesem na consciência o que estão fazendo, ou que pelo menos achem que não.

Resolver o problema da escravidão atualmente não é algo fácil e muito menos rápido, mas o primeiro passo seria o governo aplicar as leis e inclusive junto com as organizações investirem em uma educação de qualidade para todos sobre o tema. Mostrar como é e como funciona, abrir os olhos de quem não vê ou não quer ver o quanto esse problema é gritante. Em longo prazo, com certeza isso iria ajudar. Com as pessoas devidamente educadas muitos não cairiam na conversa de aliciadores, as pessoas saberiam seus direitos e dos próximos, o que resultaria em um menor índice de aliciados e em uma maior quantidade de denúncias.

Podemos ver que não existe nenhum movimento a um nível mundial extremamente grande contra a escravidão, após uma forte educação vinda por parte dos governos o tema ganharia força, vivemos em uma época tecnológica, onde as redes sociais e a internet como um todo tem um poder incontestável, e deviam ser mais exploradas no combate a escravidão.

Também deveria haver um maior investimento não só em divulgação. Canais que cuidam das denuncias, por exemplo, deveriam ter um melhor treinamento para atender e para quem vai ver o que está acontecendo quando ocorre uma denuncia, deveria haver um maior cuidado