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O Cafe - Economia

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Por:   •  22/9/2014  •  2.118 Palavras (9 Páginas)  •  217 Visualizações

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O café, no Brasil, destaca-se econômica e socialmente desde a chegada das primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, em meados do século XVIII. Diante de sua rápida adaptação ao solo e clima, o produto adquiriu importância no mercado, transformando-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. A princípio restrita aos Estados do Pará e do Maranhão, a produção de café se expandiu e, atualmente, são 15 Estados produtores, com destaque para Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia.

Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes ao paladar e até aos preços. Essa diversidade também permite o desenvolvimento dos mais variados blends, tendo como base o café de terreiro ou natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos, especiais e de outras características.

O setor cafeeiro conta com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), criado pelo Decreto-Lei nº 2.295/86 e estruturado pelo Decreto nº 94.874/87, que se destina ao desenvolvimento de pesquisas, ao incentivo à produtividade e à competitividade dos setores produtivos, à qualificação da mão de obra e à publicidade e promoção dos cafés brasileiros, nos mercados interno e externo, priorizando as linhas de financiamento para custeio, colheita, estocagem e aquisição de café, entre outros instrumentos de política agrícola.

Em parceira com este Ministério, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por intermédio da unidade Embrapa Café, coordena o Consórcio Pesquisa Café, o qual tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias que promovam sustentabilidade, competitividade, inovação e desenvolvimento tecnológico da cafeicultura brasileira.

Em 2013 foram disponibilizadosas linhas de crédito para financiamento do setor cafeeiro, com recursos do Funcafé de até R$ 3,160 bilhões, a saber: Custeio - R$ 650 milhões, Estocagem - R$ 1,14 bilhão, Aquisição de Café (FAC) - R$ 500 milhões, Contratos de Opções e de Operações em Mercados Futuros - R$ 50 milhões, Capital de Giro para Indústria de Café Solúvel - R$ 150 milhões, Capital de Giro para Indústria de Torrefação - R$200 milhões, Capital de Giro para Cooperativa de Produção - R$ 450 milhões, e Recuperação de Cafezais Danificados - R$ 20 milhões. Os beneficiários dessas linhas são produtores, cooperativas, indústrias torrefadoras e de café solúvel, beneficiadores e exportadores.

Café no Brasil

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,311 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, predominando mini e pequenos, em aproximadamente 1.900 municípios, que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés.

A cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.

Os produtores brasileiros preservam florestas e fauna nativa, controlam a erosão e protegem as fontes de água. A busca do equilíbrio ambiental entre flora, fauna e o café é uma constante e assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo.

Atualmente, o café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. Os expressivos desempenhos da exportação e do consumo interno de café implicam na sustentabilidade econômica do produtor e de sua atividade.

Ano a ano aumentam os investimentos em certificações, que promovem a preservação ambiental, melhores condições de vida para os trabalhadores, melhor aproveitamento das terras, além de técnicas gerenciais mais eficientes das propriedades, com uso racional de recursos. O volume expressivo de cafés sustentáveis produzidos anualmente e a alta qualidade e diversidade das safras brasileiras fazem do Brasil um fornecedor confiável e capaz de atender às necessidades dos compradores internacionais mais exigentes.

Números

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e o segundo maior consumidor do produto. A safra de 2013, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 49,15 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado, dos quais 38,29 milhões da espécie Arábica e 10,86 milhões da espécie Conilon. A área plantada no País é de 2,311 milhões de hectares, nos quais foram contabilizados 5,67 bilhões de pés de café, e as exportações chegaram a 32,01 milhões de sacas, com faturamento de US 5,27 bilhões.

O crescimento da participação brasileira no mercado de café não descarta investimentos em tecnologia e definições de estratégias de produção e comércio. Ao contrário, o Brasil tem, na base tecnológica e nas estratégias de política econômica, o suporte para se manter no posto.

Emprego

A cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos no país, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias. Em algumas zonas cafeeiras, programas de inclusão digital capacitam jovens e adultos, ensinando noções básicas de computação e acesso à Internet.

História

Conta uma lenda que, por volta do ano 800, um pastor da Abissínia (atual Etiópia) resolveu levar até um monge o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e bem disposto quando a ingeria. O monge experimentou uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente o ajudava a ficar mais tempo acordado durante as suas meditações. O conhecimento do efeito do café chegou então ao Norte da África e entrou no mundo árabe em meados do século

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