TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O MEMORIAL DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  3/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.209 Palavras (5 Páginas)  •  213 Visualizações

Página 1 de 5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.. 3

2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 4

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7

4 REFERENCIAS ........................................................................................................8

1 INTRODUÇÃO

O Serviço Social é uma profissão dinâmica que tem um breve processo histórico. Seus princípios foram construídos no final do século XIX, quando se solidificou o processo de industrialização, a Revolução Industrial.

Essa revolução favoreceu a firmação do capitalismo, que ainda no final daquele século, obteve um novo aspecto, abandonando sua aparência concorrencial para conseguir seu estágio monopolista, causando, desta forma, expressivos conflitos na organização social.

Nesse contexto de numerosas questões sociais, nasceram os alicerces idealizadores do Serviço Social, que, por muito tempo, permaneceu a serviço da burguesia, obtendo intensa influência da doutrina social, concebida pela Igreja Católica.

2 DESENVOLVIMENTO

O Serviço Social é uma profissão implantada na divisão social e técnica do trabalho, concretiza sua ação profissional no campo das políticas socioassistenciais, na esfera pública e privada. Nesta definição, elabora atividades na aproximação direta da população que busca as instituições e o trabalho do profissional. Tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, através das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais.

Segundo José Filho (2002, p.56):

O Serviço Social atua na área das relações sociais, mas sua especificidade deve ser buscada nos objetivos profissionais tendo estes que serem adequadamente formulados guardando estreita relação com objeto. Essa formulação dos objetivos garante-nos, em parte, a especificidade de uma profissão. Em consequência, um corpo de conhecimentos teóricos, método de investigação e intervenção e um sistema de valores e concepções ideológicas conformariam a especificidade e integridade de uma profissão. O Serviço Social é uma prática, um processo de atuação que se alimenta por uma teoria e volta à prática para transformá-la, um contínuo ir e vir iniciado na prática dos homens face aos desafios de sua realidade.

O capitalismo monopolista apresentou clara influência no surgimento do serviço social, uma vez que o mesmo procurava estratégias para acumulação e fortalecimento de seus ideais catalogados na dominação, na opressão e exploração. Dos quais desdobramentos eram o acúmulo da pobreza e generalização da miséria.

Por conta da ampliação do capitalismo, a desvalorização do ser humano e a expansão da miséria na classe operária as revoltas estabeleceram em uma forma de reivindicação. Os trabalhadores opunham-se contra a subordinação da vida humana, a humilhação frequente a qual lhes eram aplicadas, eles se manifestavam avessos à prática comum de colocarem nas fábricas crianças, jovens e mulheres, por conta disso ao transcorrer do século XIX, apareceram muitas manifestações com o intuito de que fossem acatadas as reclamações, feitas pelos operários.

Todavia, a burguesia, a igreja e o estado se juntaram com objetivo de evitar essas manifestações existindo a partir daí a necessidade de intervenção, pois as reivindicações operárias estavam ocasionando vários estragos aos industriais, nascendo assim, também na Inglaterra, em 1869 em Londres, a sociedade de organização da caridade, que conduziu a assistência para a “reforma do caráter”, tendendo assim uma adequação no caráter do individuo revoltoso.

Com a elevação da sociedade burguesa e com o advento de classe sociais, a burguesia precisava de um profissional que tomasse conta da área social auxiliando a classe proletária. O operário era observado de perto, desse modo, a visita domiciliar se torna um meio de conhecer melhor as situações de moradia e saúde em que se achava o operário, no entanto, essa visita pretendia socializar o modo capitalista de pensar. Assim, o serviço social nasce como resposta ao conjunto das expressões da desigualdade social, econômica e cultural, ou seja, problemas da sociedade capitalista madura, do antagonismo entre o capital e o trabalho.

Segundo Netto, o surgimento do Serviço Social como profissão, está vinculado à emergência da “questão social”, esta é conceituada por Netto como o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos conflitos da relação capital/trabalho (Netto, 1992, p.13). Segundo o autor, sem esse entendimento histórico-social contextualizado, a gênese do Serviço Social, enquanto profissão pode ser falsamente identificada como resultado do status “sócio-ocupacional” das condutas filantrópicas e assistencialistas que convencionalmente se consideram as suas protoformas (Netto, 1992, p.14).

A Igreja Católica também tem vínculo com o surgimento do serviço social, essa relação era fundamentada no interesse da Igreja de readquirir sua imagem de “protetora dos mais pobres, dos mais humildes”. Para Cláudia Mônica dos Santos (2006), a Igreja Católica esforça-se para atuar na área social preocupada não apenas com as ideias comunistas que estavam crescendo,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.1 Kb)   pdf (130.2 Kb)   docx (15.6 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com