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O PROCESSO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: EMERGÊNCIA DO MOVIMENTO DE RUPTURA

Por:   •  12/9/2018  •  Ensaio  •  1.176 Palavras (5 Páginas)  •  439 Visualizações

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UNIVERSIDADE NILTON LINS[pic 1]

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

O PROCESSO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: EMERGÊNCIA DO MOVIMENTO DE RUPTURA.

Manaus – 2015

MICHELI CRISTINA GARCIA


O PROCESSO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL: EMERGÊNCIA DO MOVIMENTO DE RUPTURA.

[pic 2]

Manaus – 2015

Resumo Crítico

No final da década de 50 e no inicio da década de 60 houve uma crise dos padrões de acúmulos capitalistas, tendo como exemplo desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitscheck essa crise foi marcada pela internacionalização da economia e pelo fortalecimento do setor privado e do capital internacional. Com varias manifestações de denúncia e contestação por parte das sociedades latino-americanas, vemos a ruptura do serviço social tradicional e o surgimento de um Movimento de Reconceituação do Serviço Social. A perspectiva hegemônica da América Latina impõe aos assistentes sociais a ruptura com o caráter conservador onde se deu a origem à profissão, verificando e percebendo cada região e suas peculiaridades.

         O conservadorismo reina sobre a teorização e métodos utilizados, e nessa época de ditadura militar, com a ajuda do capitalismo somos calados e oprimidos com leis que dificultam a finalidade do Assistente Social.

         Esse processo não foi tão simples, pois dentro desse movimento coexistem tendências e correntes que nem sempre são possíveis de conciliar, mas com a construção dessa nova proposta supõe-se o processo de discussão e revisão crítica, em nível teórico-metodológico, no sentido de fomentar, ou seja, estimular uma ação articulada com as lutas dos segmentos populares, tendo como perspectiva a transformação social.

         Na análise da literatura do serviço social identificamos este acontecimento apenas como um fato histórico, e outra reflexão enfatiza a temática da Reconceituação num sentido amplo, como processo permanente de construção de propostas profissionais em respostas as exigências do processo social. Netto, em um primeiro momento tem a visão sobre esse Movimento de Reconceituação em seu texto: “A crítica conservadora à reconceptualização”, num sentido estrito, com duração de apenas dez anos de duração e depois em seu livro, Ditadura e Serviço Social, como um processo de construção de propostas de ação profissional, configurando três direções assumidas nesse processo; Perspectiva modernizadora (conservadora), Atualização do Conservadorismo (perspectiva fenomenológica) e intenção de ruptura (perspectiva Marxista).

         Outras autoras inspiradas nas discussões epistemológicas de Coutinho (1987) sobre o marxismo admitem que: o serviço social tem história e o esforço permanente da superação da dialética de posições que se tornaram anacrônicas ou se revelaram equivocadas na dinâmica do processo histórico da realidade social, que, em última instância, determina o perfil do Serviço Social enquanto profissão na divisão social do trabalho. (Carvalho e Pio op. Cit 2.).

         Quando concebem a história do Serviço Social em termos de superação dialética, as autoras retomam essa categoria como um processo de explicitação que conserva as produções já existentes, mas que as supera ou as eleva a um nível superior, o que permite às autoras formularem a seguinte hipótese, quando se propõem a estudar o Movimento de Reconceituação no Brasil: O Serviço Social no Brasil, na sua trajetória histórica, conservou, nas suas formulações teóricas, expressas no seu discurso, um núcleo de temáticas e questões que sendo recolocadas e redefinidas nas diferentes conjunturas, a partir de novas determinações históricas. Logo, a história do Serviço Social, se constitui num processo que articula o desenvolvimento e renova sua base teórica, mas também conserva seu núcleo de temáticas renovando conjunturalmente, ou seja, se preocupando com o equilíbrio de ações e normas estruturais nas relações sociais, econômicas e políticas.

         Para enriquecer as pesquisas desse processo continuo de desenvolvimento do Serviço Social temos que falar da importância do resgate de algumas obras para sistematização teórico-analítica, e sobre essa temática damos destaque ao Livro de Lopes J.B. (1979) que representa um marco histórico pois seu conteúdo inspirou a ruptura no serviço social, pois desencadeou um intenso processo de discussão no interior da profissão, no sentido de repensá-la.

No livro da autora Souza M.L. não fala do Movimento de Reconceituação, mas foi de grande importância, pois aborda questionamentos e criticas sobre a prática institucionalizada da profissão gerando insatisfação entre os profissionais e a importância do profissional a partir da dimensão técnica e dimensão social. Sua idéia considera a sociedade como um conjunto de agentes que assume posições sociais diferenciadas, em contínuo movimento de apropriação da natureza e do mundo, e o Serviço Social como elemento integrante dessa dinâmica, a autora busca compreender as representações de reconhecimento do Serviço Social e conclui que a realidade controladora do serviço social se explicita através dos elementos manifestos da prática e a partir desses próprios elementos, também são percebidas algumas potencialidades transformadoras, permitindo novas perspectivas de ação para a prática do serviço social.

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