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O Serviço Social, Identidade e Alienação

Por:   •  5/10/2021  •  Resenha  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  156 Visualizações

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Discente:  Loyane Beatriz Ferreira            Matrícula: 202020852

Serviço Social: Identidade e Alienação

Capítulo 1

O capítulo 1 faz uma síntese do surgimento do capitalismo, sua trajetória e suas contradições; fala também do inicio do movimento operário como decorrência destas e sua trajetória e do surgimento do Serviço Social dentro desse contexto, cedendo aos interesses do capital.

 Martinelli inicia o capítulo analisando três vertentes do pensamento econômico que visam entender o capitalismo como categoria histórica. Sendo a de Marx a mais aceita, define o capitalismo como uma relação de exploração da força de trabalho pelos detentores dos meios de produção. Acrescenta ainda que entende-lo como categoria histórica é uma forma de afirma-lo como sendo uma fase (que se mantém através das relações sociais de desigualdade) , e não como imutável.

 Em segundo momento, nos é apresentada uma síntese da trajetória do capital para entendermos sua conexão com o Serviço Social. Segundo a autora, as transações monetárias se fazem presentes em todas as épocas históricas, mas a ligação com o Serviço Social se faz quando a característica do capitalismo de posse dos meios de produção torna-se realidade. A classe detentora dos meios de produção explora a força de trabalho da classe que não o possui, permitindo o acumulo de riqueza por uns, enquanto outros não são nem mesmo justamente remunerados pelo trabalho que exercem.

  As relações de troca nas sociedades primitivas aconteciam de forma não contratual e sem complexidade. O capitalismo mercantil modifica esse cenário e as trocas passam a ser complexas, visando o lucro e o acúmulo de riquezas. Além disso, modifica as relações e processos sociais. Acentua a divisão social de trabalho no período feudal, assim como a ascensão burguesa, que centralizara o poder politico e econômico até o século XVI.  

 Na Europa Ocidental, leis separaram os camponeses (produtores) da terra (meio de produção) que se torna propriedade dos senhores, fazendo com que estes buscassem refúgios nas cidades em busca de trabalho, já que a necessidade de mão-de-obra era crescente devido à expansão da indústria fabril. Sem opções, subordinavam-se às exigências dos donos das fábricas que eram protegidos por lei para explorar seus funcionários. O trabalho assalariado era lucrativo, tal qual o trabalho compulsório. Dessa forma, a burguesia mantinha o controle da força de trabalho e condicionava seus trabalhadores à exploração.

 Entre os séculos XVII e XIX, o capitalismo concorrencial se desenvolve sob um cenário de revoluções. A Revolução Francesa ruiu a estrutura feudal e pariu ideais de luta.

 Com a evolução no modo de produção onde as maquinas substituíam trabalho humano, mas necessitava do mesmo para opera-la, tornou-se necessário que os trabalhadores residissem próximo às fabricas e, assim, fez surgir as cidades industriais. Devido às condições insalubres em que se encontravam esses trabalhadores, iniciaram protestos mesmo sem articulação e consciência de classe.

  A Revolução Industrial consolida o capitalismo industrial, que evidencia o antagonismo do sistema e a divisão de classes. O processo de trabalho é subordinado do capital.

 Entre 1840 e 1850, o mercado de trabalho de expande e a construção ferroviária se torna a principal atividade econômica, atraindo imigrantes irlandeses para a Inglaterra. A expansão do comercio passa a internacionalizar-se.

 Vale ressaltar que à essa altura, a população encontrava-se em processo de pauperização intenso e a burguesia em processo de acúmulo, evidenciando as contradições do sistema, que se erguera às custas da exploração da força de trabalho. O caráter humano do trabalhador havia sido esvaziado, era visto como uma mera mercadoria aos olhos burgueses.

 A Inglaterra foi berço do Movimento Operário, que protestava contra as barbáries do capital. Articulara-se em primeiro momento para a quebra das máquinas como forma de resistência, mas foram severamente impedidos pelo parlamento britânico que promulgou pena de morte para quem o fizesse. Apesar de recorrerem pela proibição das maquinas, não obtiveram sucesso e se viram obrigados a repensar estratégias. Nesse momento, encontravam-se articulados e em processo de expansão do movimento.

 Sangue operário escorria aos montes e fez criar a consciência de que os verdadeiros inimigos eram os donos do capital, tendo a criação dos sindicatos como reflexos. Na primeira década de 1800 a identidade de classe já estará presente, as condições de dominação que impunham os capitalistas foram as responsáveis pelo desenvolvimento da consciência de classe. A condição de classe, as condições de trabalho e de existência em que a classe se encontrava, foi responsável por unir os trabalhadores por interesses comuns.

Os direitos políticos dos trabalhadores foram reconhecidos em 1824, em 1834 fundou-se o Sindicato Nacional Consolidado, que tinha como objetivo principal a fixação do salario. A associação durou pouco tempo, pois além de não ter apoio, seus lideres eram constantemente presos. Em 1832 os direitos políticos dos trabalhadores voltam a ser restringidos pela Carta da Reforma. Em 183 funda-se a Associação Geral dos Trabalhadores de Londres. Em 8 de maio de 1838 a Associação redigiu a Carta do Povo, que tinha como objetivo melhorar e aumentar o poder politico do povo.

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