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Resenha Descritiva Serviço Social: Identidade e Alienação

Por:   •  24/11/2019  •  Resenha  •  2.047 Palavras (9 Páginas)  •  282 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

ESR - Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional

Resenha do livro; Serviço Social: Identidade e alienação.

Matéria: Fundamentos Históricos, Teóricos-Metodológicos do Serviço Social I

Professor: Ana Claúdia de Jesus Barreto

Aluno(a): Letícia Cascardi e Tiago Thomaz

Data: 18/11/2019

O livro Serviço Social: Identidade e Alienação, de autoria de Maria Lúcia Martinelli, Cortez Editora, lançado em 2011.

Esta obra tem o objetivo de descrever a caminhada do serviço social nos seus antecedentes históricos, desvendar sua identidade, a sua trajetória de profissionalização pelas perspectivas Europeia, Americana e Brasileira, sem contar também abordagem do papel da Igreja Católica juntamente com a burguesia.

Essa temática é abordada em 6 subtítulos dentro do capítulo III.

O século XX e a “questão social”

Ao iniciar o texto nos deparamos com o início do século XX, momento em que o capitalismo cada vez mais se expandia. Duas coisas que na naquela época eram bastante visíveis era: A “questão social” no centro do palco, e o capital já não roubava mais tanta cena assim.

No final da terceira década do século XX houve um enorme crescimento da crise econômica mundial e consequentemente o aumento da pobreza e do pauperismo. Surgiu nessa década o capitalismo monopolista,  onde todas essas características iam crescendo cada vez mais. E aí surgem também as ideias de pensar nas formas de equacionar a “questão social”, onde de um lado tínhamos os proletariados e do outro lado uma enorme classe dominante.

É nesse momento, meados da quarta década do século, que o numero de assistentes sociais cresceu e a sua pratica foi ganhando profissionalização. Sempre acompanhada da estereotipização de caridade, onde essa ideia de caridade acompanhou o serviço social desde há Antiguidade, a ideia surge na época cristã, as confrarias ajudavam aqueles que tinham dores, doenças, tinha acabado de ter uma perda ou rupturas. A ajuda vinha a partir da esmola, da visita domiciliar, doação de roupas, de alimentos, bens materiais, entre outros.

Racionalização da prática da assistência.
Antecedentes históricos:

O texto nos mostra que a assistência ampliou fortemente sua base, deixando de apenas se fundamentar na caridade, e começou também a se ampliar na justiça social. Um elemento principal que sempre acompanhou o serviço social foi a caridade para com os pobres, pois a assistência era vista como forma de controlar a pobreza e ratificar a vida daqueles que não tinham nada. Mas não podendo esquecer que as assistências prestadas pela burguesia e pela igreja tinham outras intenções além da caridade em si, mas também tinham a intenção de perpetuar a submissão.

A Igreja Católica cada vez mais se foi distanciando dos pobres e se aliando a burguesia, onde a fez se envolver em lutas por poder e terras, fazendo assim a esquecer de seu principal papel na sociedade. Mas após a Reforma Religiosa, depois de um século, tentaram reestabelecer as bases cristãs da assistência, mas acabou sendo deixada pelo Estado na mão de todos, e ao mesmo tempo na mão de ninguém, e isso acabou influenciando a classe dominante a dominar mais ainda, cada vez mais.

Após a burguesia Inglesa e o Estado se juntarem e criarem uma forte aliança, eles acabaram criando a Sociedade de Organização da Caridade, onde fica evidente a vontade de racionalizar a assistência, e dessa forma foi criada a primeira proposta de prática para o Serviço Social. Para a sociedade, para ajeitar a “questão social” era necessário coibir as praticas de classe dos trabalhadores. O texto deixa explicita que foi dessa forma que a assistência começou a atender os interesses e objetivos da burguesia. A educação e a higiene se tornaram complementos da assistência.

Em uma parte do texto fica claro que muitas pessoas importantes da alta burguesia contribuíram para o desenvolvimento da assistência, tais como Jeremy Bentham, Florence Nightngale e Octavia Hill. Importante citar que.Nightingale dizia que a visita domiciliar era um dos mais eficientes instrumentos. Essa visita domiciliar levava ao contato direto com a família operaria, e isso era bom, pois para a Sociedade de Organização de Caridade  os problemas de sobrevivência tinha haver com “problemas de caráter”, assim com a visita traria uma “reforma do caráter”. E essa seria a base da Sociedade de Organização de Caridade, onde sua principal bandeira de luta era a organização cientifica da assistência. Como já se foi dito inúmeras vezes a visita domiciliar é uma pratica sempre presente na assistência, desde antigamente até os dias de hoje. Pois ela permite conhecer as condições de moradia e de saúde, e também socializar o modo capitalista de pensar, sendo também utilizada na lei dos pobres, como forma de intimidação para a classe trabalhadora (fins repressivos e coercitivos).

Criação das  escolas  e profissionalização do Serviço Social

Partilhavam da tese de uma criação de escola de serviço social para assim qualificar esses agentes sociais, e assim  Mary Richmond propôs criar uma escola de Filantropia Aplicada, e isso se tornou um grande impulso para a sistematização do ensino, profissionalização e institucionalização do Serviço Social.  Com a Sociedade de Organização de Caridade do lado passaram a ser ministrados cursos para a formação de agentes sociais voluntários. Sua trajetória se deu através de um meio complexo quadro social em que se combinavam as questões politicas, ambições colonialistas e a corrida armamentista. Após tudo feito por Richmond e essas condições, o serviço social começou a ser visto com outros olhares, não apenas como caridade ou religiosidade, começou a apoiar-se em objetivos mais contundentes.

Recebeu enorme apoio da sociedade burguesa e do Estado, assim o serviço social se tornará útil para a burguesia, que usava para ratificar a ideia de que o trabalho social foi feito para atender a classe trabalhadora da forma mais pura possível. Esse processo de institucionalização estava caminhando de forma rápida. A relação de troca entre a igreja e as Sociedades se dava de forma que a igreja se aproveitava da assistência para difundir suas doutrinas, e a assistência se aproveitava do enorme reconhecimento da igreja católica em todo o mundo, para espalhar as ações profissionais.

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