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O Serviço Social e o MST: a relação de ambos em prol da luta por uma sociedade mais justa e fraterna

Por:   •  17/1/2018  •  Resenha  •  935 Palavras (4 Páginas)  •  1.206 Visualizações

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O Serviço Social e o MST: a relação de ambos em prol da luta por uma sociedade mais justa e fraterna.

        Este item traz em seu decorrer a relação entre a profissão Serviço Social e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST e como ambos se igualam e complementam em seus objetivos, lutas e buscas em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

        O Serviço Social desde o seu movimento de reconceituação tem como sua base o engajamento dos profissionais da área nos movimentos sociais e nas críticas sociais, em que há o questionamento - a quem ou a que servimos?

Com os movimentos sociais efervencendo e os enfrentamentos que estes passam a lidar diariamente, os assistentes sociais passam a buscar rever suas práticas institucionais tradicionais/conservadoras. Buscam a criação de espaços que possam orientar, apoiar, contribuir e fortalecer os movimentos sociais e populares através da ação profissional dos assistentes sociais.

No que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra não é diferente, assim como outros, se caracteriza por ser um movimento social em que tem como principais objetivos: luta pela terra, pela reforma agrária, por uma sociedade mais justa e fraterna. E de que forma o Serviço Social e este movimento está relacionado?

O Serviço Social como foi dito no inicio, desde o seu movimento de reconceituação busca o engajamento pelas lutas sociais e que dizem respeito a pequenas parcelas da sociedade que lutam pelos seus direitos. Deve ser obrigatório ao assistente social, ter conhecimento sobre as lutas agrárias, pois, estudar sobre os movimentos sociais faz parte da formação para a profissão, buscando assim que, o profissional possa compreender os motivos e causas desta luta e, se lhe convir, avançar em direção a uma aproximação com o contexto rural, os sujeitos rurais e suas demandas.

José Paulo Netto (1999), Maria Lúcia Barroco (2001), Marilda Iamamoto (2007), observa-se a premência em refletir sobre o papel do Serviço Social na construção e reprodução dos modos de vida na sociedade e, especificamente sobre sua dimensão pedagógica.

Os compromissos postos no  Código de Ética Profissional referem-se claramente a luta do MST, pois, tem como base princípios ético-políticos que buscam assegurar a luta dos trabalhadores, ou seja, da classe trabalhadora, assim como os próprios profissionais também fazem parte desta.

        Hoje perante as transformações que ocorreram e ocorrem com a entrada do neoliberalismo, o Serviço Social e o MST traçam vários desafios juntos, dentre eles, as relações sociais instaladas, a precarização das relações de trabalho, a falta da práxis social, a busca por uma sociedade mais justa, a luta pela garantia de terra para aqueles que não possuem, a inclusão social, a garantia de direitos principalmente a parcelas da população mais fragilizadas, compreender as lutas coletivas sempre como coletivas, não de forma individual.

        Assim como prevê no Código de Ética Profissional do Assistente Social, o MST também tem suas bandeiras defendidas, dentre elas estão: a educação e o acesso à cultura, ao conhecimento, a valorização dos saberes populares, o combate à violência sexista, a democratização da comunicação, a saúde pública, as políticas de desenvolvimento da economia devem estar baseadas fundamentalmente nos interesses de melhoria das condições de vida de toda a população, em especial dos mais pobres, a diversidade étnica, ao sistema político, a soberania nacional e popular.

        O que se percebe claramente é que dentro os principais objetivos e métodos que o MST utilizam, estes vão de encontro com os ideais do Serviço Social, tendo como base o Projeto Ético-Político. A atuação do profissional de Serviço Social dentro MST está para além do exercício da profissão. Ela irá se manifesta muito mais como militante do que como Assistente Social. Onde não existe somente o papel do Serviço Social, mas sim uma colaboração unificada de todos que estão dentro do movimento, todo mundo faz de tudo um pouco, já que o movimento representa um interesse coletivo.
        Pode-se dizer ainda que existem duas perspectivas profissionais dentro do movimento onde há profissionais de Serviço Social que exercem a profissão dentro dos assentamentos e acampamentos com projetos específicos de assistência técnica, que acompanham de forma técnica as famílias assentadas, e há Assistentes Sociais que se declaram militantes do movimento que contribuem não só com o exercício da profissão, mas também colaborando com o movimento como um todo.

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