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O problema da produção de artesanato no Brasil

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Por:   •  15/9/2013  •  Artigo  •  480 Palavras (2 Páginas)  •  286 Visualizações

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O artesanato é uma atividade herdada da colonização que veio ao longo dos séculos sendo transmitida de geração em geração. Hoje, o Brasil possui um rico legado artístico e artesanal, onde boa parte dessa herança cultural está nas regiões do Nordeste, no Ceará, por exemplo, existe uma vasta e variada produção artesanal, sendo as regiões do interior do Estado responsáveis por sua perpetuação.

Apesar de um contexto aparentemente favorável, a produção do artesanato vem sendo ameaçada pela desvalorização econômica que acaba fazendo com que as novas gerações busquem outras atividades que proporcionem maior garantia de subsistência.

Paralelamente, a busca pela identificação pessoal e pelo status na sociedade vem difundindo a utilização do artesanato das mais variadas formas, este passa a ser associado a um sentimento de identificação e de valorização cultural.Como reflexo deste movimento pendular, percebem-se, na atualidade, tendências a uma significativa flexibilidade das funções mais tradicionais dos segmentos governamentais e econômico-sociais. Tal circunstância favorece que entes públicos e privados, Estado e sociedade, mercado e consumo passem por um amalgamento político e institucional, com a redefinição, ainda que imprecisa, de suas competências históricas.

A transformação em curso exige das organizações uma atualização estratégica para assumir responsabilidades compartilhadas, determinantes ao desenvolvimento e ao bem-estar coletivo. Com repercussões políticas e organizacionais relevantes, mercado, Estado e sociedade passam a ser remodelados, de acordo com uma versão mais integrativa, para a geração de resultados no campo econômico e social.

Esta dinâmica apóia-se, entre outros argumentos, na tentativa de possibilitar a inclusão social de densos segmentos populacionais excluídos dos benefícios dos modelos de desenvolvimento adotados. Por outro lado, o próprio esgotamento dos arranjos econômicos vigentes, além de suas externalidades negativas, impõe a necessidade de reformulação dos seus paradigmas de orientação e de sustentação.

Nesse sentido, enquanto a expansão do consumo comparece como um imperativo para a sobrevivência do sistema econômico, os modelos de produção artesanal resplandecem como uma oportunidade para estimular o surgimento de mecanismos não convencionais de participação produtiva. Ambos, articulados, fomentam a adesão de grupos e elementos ainda não absorvidos pelas correntes dominantes na geração de ocupação e renda.

O objetivo deste texto é defender o argumento de que, no mundo globalizado, os núcleos de produção artesanal não representam apenas estratégias de sobrevivência de grupos sociais, marginais ao sistema econômico. As organizações de artesanato são esquemas produtivos diferenciados que sobreviveram, paralelamente, ao processo de industrialização, embora não tenham sido consideradas pela teoria das organizações. A literatura sobre gestão concentrou preocupações nas organizações industriais e nos arranjos empresariais.

Conclui-se que, na atualidade, para se manterem como esquemas produtivos diferenciados, as organizações de artesanato enfrentam um dilema: devem manter o distanciamento que as preservou ao longo do tempo e, simultaneamente, devem estar sintonizadas aos sistemas

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