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Os Moradores de Rua, Invisibilidade Pública

Por:   •  12/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.343 Palavras (6 Páginas)  •  251 Visualizações

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     Como deve atuar o assistente social junto ao Estado no auxílio á aqueles que estão em situação de rua?

  Moradores de rua são crianças, adolescentes, adultos, velhos e idosos, estes se encontram nas ruas na maioria das vezes por abandono família, situação econômica entre outros.

      A vida nas ruas se torna muito difícil, pois eles baseiam-se apenas no hoje, muitas vezes deixando seus sonhos e a esperança de mudança para trás. Nas noites frias das grandes capitais eles se protegem como podem, basicamente conseguem se proteger com papelões e plásticos, as barreiras a enfrentar são muitas e a principal delas é a fome e para matar a mesma, passam a pedir, roubar ou catar comida no lixo colocando a própria saúde em risco, entretanto há verdadeiros anjos que os alimentam todas as noites, são ONGs, entidades sociais, grupos religiosos e outras pessoas que por conta própria ajudam essas pessoas e fazem um trabalho admirável.

     Segundo informações do site Moradores de rua.org. br, o IBGE realizou, no ano de 2013, uma pesquisa piloto no Estado do Rio de Janeiro sobre os quantitativos dos moradores de rua. E os dados são alarmantes e vergonhosos, atualmente no país do futebol, da cerveja e do carnaval há aproximadamente, um milhão e oitocentos mil (1.800.000) moradores de rua.

     Ver pessoas se aglomerando nas calçadas sem ter para onde ir, sem dignidade e invisíveis para a maioria das pessoas é muito triste, essa indignação foi comprovada nas palavras de Erisevelton Silva Lima, Doutor em Educação pela Universidade de Brasília – UnB que presenciou uma situação desagradável.

    “... Certo dia, um comerciante solicitou ao policial militar que retirasse um senhor que dormia na calçada em frente ao seu estabelecimento. Indignei-me e perguntei ao comerciante o porquê da atitude, ele me respondeu: “essa gente fede”. Não resisti: __ E o senhor? Sem tomar banho, sem abrigo, sem comida, sem lugar para trocar suas roupas e um banheiro para fazer as necessidades fisiológicas, por acaso ficará cheiroso?”

É lamentável, esse tipo de situação se repete diariamente, mas é como diz aquele velho ditado o que os olhos não veem o coração não sente e é isso que a maioria das pessoas prefere fazer, preferem tirar o lixo do alcance da visão, porém essa frase deveria tomar o lugar de outra que todos conhecem muito bem, aquela que está presente em nossa bandeira, ordem e progresso.

Essas vidas não podem nem ser chamadas de cidadão ou cidadã por não terem direito ao básico da cidadania:

Saúde- sem médicos e sem remédios, moradia- a casa é a rua, saneamento básico, higiene, alimentação, educação, emprego e lazer, onde não tem nenhum tipo de lazer, muitos se drogam para esquecer os problemas em especial o álcool. E ainda tem pessoas que reclamam da comida, da cama, do colchão e do travesseiro.

Como foi dito por Erisevelton a “essa gente que fede” só resta se apoiar nas esperanças e no tempo de política, pois os governantes só aparecem e prometem algo quando lhe convém, depois somem.

Não devemos tornar essas pessoas invisíveis, deve-se abrir os olhos para esse e outros problemas sociais para enfrenta-los de frente e procurar dar um “banho” e “perfumar” o Brasil.

Em nosso país a atenção do poder público para com as pessoas em situação de rua é mínima, é visível o descaso e o abandono desse segmento populacional. Trata-se da pobreza visível todos os dias, em meio ao ritmo do cotidiano frenético das cidades, esse problema social vem sendo divulgado com frequência pelos meios de comunicação, que, em alguma medida, refletem a indignação da população em geral. Mudar esse quadro é nossa preocupação, e o que nos remete a este estudo, é discutir a contribuição do Serviço Social na perspectiva de efetivação dos direitos sociais da população de rua.

O Assistente Social trabalha em prol da demanda nessa questão social, visando estimular a qualidade de vida e o exercício pleno da cidadania dessas pessoas tão marginalizadas, proporcionando e promovendo a inclusão social desses moradores de rua adotando uma abordagem de atenção integral. Esse profissional é de extrema importância, pois busca disponibilizar informação e orientar no acolhimento e apoio do morador de rua, bem como encaminhar de forma correta o assistido. O Assistente Social se capacita fazendo pesquisa e estudos sobre a temática na efetiva intervenção profissional. Os assistentes sociais são desafiados a desenvolver uma interpretação critica do seu contexto de trabalho, um atento acompanhamento teórico - metodológico e ético - político diferenciado.

Os moradores de rua tem seu estado psicológico e emocional afetados com essa situação de abandono diante disso no âmbito das possibilidades e limites da intervenção profissional do Assistente Social, a situação de rua não constitui um problema isolado, devendo contribuir para que as pessoas,já marginalizada por uma política econômico-cultural e social que exclui, possam vir construir sua autonomia.

O tratamento deve ser acessível a todos aqueles que dele necessitarem. O assistente social pode agir em diferentes frentes para auxiliar aqueles que estão em situação de rua, tais como:

  • O colhimento – Ajuda oferecida a pacientes e familiares para refletirem e melhorarem seu relacionamento interpessoal, autoconfiança, entre outros valores:
  • Anamnese da Ajuda Social – O assistente utiliza instrumentos técnico-operativos como diagnósticos, plano de tratamento psicossocial, atendimento individualizado, anamnese social, acompanhamentos, visitas aos locais, hospitalares e institucionais, anotações em prontuários, entrevistas, teste específicos, relatórios, grupo, oficinas terapêuticas, supervisão clinicas, encaminhamentos para especialistas, terapia de orientação sistemática, estudo tri geracional de vivencias (danças, exercícios, caminhadas, relaxamento);
  • Atendimento e orientação: As etapas de atendimentos caracterizam-se a partir da recepção do paciente, ate os procedimentos de encaminhamento, Frisa a importância da família na recuperação do paciente, envolvendo-a no tratamento caso o paciente tenha família para faze-lo se sentir de novo parte da sociedade.
  •  Atendimento ambulatorial com encaminhamentos para CAPS;
  • Atendimentos aos familiares e promoção da reintegração social;
  • Acompanhamentos ambulatoriais;

As ações profissionais devem estar comprometidas com uma cidadania revolucionária e democrática, que vise à transformação social, em um trabalho politicamente engajado na potencialização das reivindicações e interesses presentes nos conflitos de forma a estabelecê-los como direitos, não se reduzindo à cidadania que se dá apenas no direito a “cesta básica”.

HISTÓRIA VERÍDICA DE UMA EX-MORADORA DE RUA

 

         Uma adolescente, aos treze anos de idade, foi estuprada na sua terra natal. Seu pai, ao saber, expulsou-a de casa, pois não acreditava que a filha fora vítima de tamanha atrocidade.Várias vezes ela tentou voltar, mas ele não permitiu. Então, sem ter apoio de ninguém, foi morar na rua. Aos dezesseis anos, sempre na rua a pedir para comer, conheceu um carreteiro e este lhe perguntou como uma menina tão bonita estava a morar pelas ruas. A menina, então, lhe explicou tudo que tinha acontecido.O carteiro, bastante sensibilizado, perguntou-lhe se queria mudar de vida, se teria coragem para mudar de cidade. A menina aceitou o convite e veio para Salvador. Chegando à capital baiana, ganhou vestido e sandálias novas, dado que estava suja e descalça.

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