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Os Redimensionamentos da profissão: O mercado e trabalho e as condições de trabalho

Por:   •  18/6/2018  •  Resenha  •  1.131 Palavras (5 Páginas)  •  174 Visualizações

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Os redimensionamentos da profissão: o mercado e trabalho e as condições de trabalho

  • O mercado de trabalho mostra que um setor de grande inserção dos assistentes sociais tem sido o setor público, sendo a administração direta a que mais emprega, principalmente nas esferas estadual, seguida da municipal. Constata-se uma interiorização da demanda que apresenta uma necessidade de maior atenção a questão regional e ao poder local. Com as Reformas do Estado, a profissão vem sofrendo os efeitos da precarização das relações de trabalho tais como a redução dos concursos públicos, demissões, contenção salarial, terceirização com contratação precária, temporária e com perdas de direitos.
  • Outra área de inserção é a da saúde. A assistência social foi reconhecida como política pública, a ampliação de políticas públicas abriram novos caminhos de inserção profissional, a abrangência de novas formulações de gestão e controle das políticas sociais representaram a ampliação das possibilidades de trabalho profissional. Um dos mecanismos privilegiados foram os Conselhos de Saúde, Assistência Social e Previdência, assim como os Conselhos Tutelares e Conselhos de Defesa de Direitos dos segmentos prioritários para a assistência social:  Criança e Adolescente, Idoso e Deficiente. A qualidade da participação das sociedade civil não se encontra previamente definida, podendo encontrar versões atualizada de “coronelismos”, “clientelismos” e “populismos” simplificando o uso da coisa pública à interesses pessoais.
  • Um campo que merece destaque é o da gestão social ou gerência pública, tende a ser a qualificação demonstrada em um mercado competitivo o que indica a melhor profissional para o exercício das funções requeridas e não um mero diploma, considera-se que o treinamento para vida pública requer exigências específicas. Uma nova gerência deve contribuir para o aperfeiçoamento democrático, a obtenção de transparência nos atos do poder público e para que se tenha um efetivo controle social mediante a participação dos cidadãos.
  • Ampliou-se o crescimento de parcerias do Estado com Organizações Não-Governamentais as quais atuam na área da formulação, gestão e avaliação de programas e projetos sociais. Esse é um dos meios da terceirização de serviços sociais. A diferenciação interna das categorias de trabalhadores vendo tendo sérias consequências na fragilização do movimento sindical, atinge também os profissionais universitários, entre eles os assistentes sociais. Muitas vezes o investimento em dinheiro e mão-de-obra por parte das empresas realiza-se em busca de uma melhor imagem social, para ampliar vendas e conquistar o mercado, em preocupação com a própria sobrevivência empresarial. O empresariado passa a atribuir um novo significado às chamadas “ações sociais ou filantrópicas”, trata-se de um tendência das empresas de apresentarem uma face social inscrita em suas estratégias de marketing. O foco deles não é o interesse público, mas sim o interesse privado, isto é, da lucratividade ou da acumulação ampliada de capital.
  • A área de Recursos Humanos tem crescido como espaço ocupacional dos assistentes sociais, os quais tem sido chamados para atuar em programas de “qualidade de vida no trabalho”, saúde do trabalhador, gestão de recursos humanos entre outros. Os novos requisitos de qualificação tem ido além do campo empresarial, envolvem a capacitação para atuar em equipes interdisciplinares, para atuar em programas de qualidade total e para a elaboração e realização de pesquisas. A tendência de desregulamentação, por parte do Estado de atividades até então sob sua responsabilidade aumentam a transferência de funções do de Estado para a Sociedade Civil atribuindo-lhes funções de caráter público.
  • È preciso esforços coletivos na identificação de algumas perspectivas, para a defesa do projeto político profissional, para manter a qualidade dos serviços sociais prestados a respeito dos cidadãos que a eles tem acesso, para a preservação do emprego e, se possível a ampliação de postos de trabalho e do espaço ocupacional dos assistentes sociais, que vem sido profundamente atingidos pela opção de política econômica social assumida pelos governantes.

Em busca da consolidação do projeto ético-político do Serviço Social na contemporaneidade

  • A sociedade humana cada vez mais vem perdendo seus valores e princípios éticos-políticos, em razão dos indivíduos viverem numa sociedade cada vez mais capitalista, que se impõe e sobrepõe às necessidades e direitos humanos e sociais. Porém a diferenciação de ideias  não impede que haja produção e reprodução de desigualdades de todas as cores e naipes, decorrentes dos processos concentracionistas de renda, terra, poder, ciência e cultura. A consolidação do poder ético-político profissional luta na contracorrente, formando forças que impulsionem mudanças na rota dos ventos e na vida da sociedade. A liberdade vem sempre querendo ser reconhecida como valor ético central, o que implica desenvolver o trabalho profissional para reconhecer a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, sempre reforçando princípios e práticas democráticas.
  • Democracia envolve a luta pela ampliação da cidadania, com vistas à efetivação dos direitos civis, políticos e sociais de todos os cidadãos. Uma cidadania para todos, extensiva ao conjunto de segmentos trabalhadores na sua heterogeneidade, mas também uma cidadania impulsionadora de novos direitos que contribua na luta para a ampliação da legalidade institucional. A luta pela efetivação da democracia e da cidadania é indissociável da esfera pública, em que se discutem interesses sociais distintos, enquanto ultrapassa a lógica privatista no trato social, em favor de interesses da maioria adquirem visibilidade, tornando-se possíveis de serem considerados e negociados no âmbito das decisões políticas.
  • Reafirma-se o fato de tornar os espaços de trabalho do assistente social, de fato públicos, alargando os canais de interferência da população na coisa pública, permitindo maior controle, por parte da sociedade, nas decisões que lhes dizem respeito. Orientar o trabalho profissional nos rumos aludidos requisita um profissional culto e atento às possibilidades descortinadas pelo mundo contemporâneo, capaz de formular, avaliar e recriar propostas ao nível das políticas sociais e da organização das forças da sociedade civil. Para responder a esse perfil exige uma competência crítica que supere o teorismo estéril, o pragmatismo, quanto o mero militantismo. A afirmação profissional de novo tipo comprometido com sua atualização permanente, profissional que também seja um pesquisador, que invista na em sua formação intelectual e cultural e no acompanhamento histórico-conjuntural dos processos sociais para deles extrair potenciais propostas de trabalho.

Comentário Crítico

O texto apresenta as principais áreas de inserção profissional, como o setor público, a área da saúde, previdência entre outros e as diversas problemáticas da profissão, o serviço social vem sofrendo uma precarização por conta de inúmeras mudanças causadas por reformas no Estado. Empresas tem usado o lado social pra se promover tornando assim a assistência social com um caráter filantrópico. A formação profissional tem demandado uma qualificação para que os assistentes sócias concorram de igual para igual no mercado de trabalho que cada vez mais aumenta a sua concorrência. Também é citado a necessidade da consolidação dos direitos serem construídos para que possamos ter uma sociedade mais igualitária em que todos possam desfrutar da sua cidadania, isso só será possível através da participação de profissionais capazes de criar políticas sociais que atendam a sociedade.

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