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Positivismo

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Por:   •  26/10/2013  •  Seminário  •  3.161 Palavras (13 Páginas)  •  325 Visualizações

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Positivismo

A sociedade é como um organismo combinado de partes integradas e coisas que funcionavam harmonicamente, conforme um modelo físico ou mecânico de organização. O positivismo foi denominado de organicismo; também é definido como darwinismo social, isto é, a crença científica de que as sociedades mudariam e evoluiriam segundo padrões históricos permanentes e passagem de um estado inferior para outro superior de civilização, no qual o organismo social se mostraria mais evoluído, mais adaptado e mais complexo (influências de Charles Darwin).

Consciência Coletiva: ―entende-se a soma de crenças e sentimentos comuns à média dos membros da comunidade, formando um sistema autônomo, isto é, uma realidade distinta que persiste no tempo e une as gerações. A consciência coletiva envolve quase que completamente a mentalidade e moralidade do individuo: o homem ―primitivo‖ pensa, sente e age conforme determina ou prescreve o grupo a que pertence. Durkheim acusa a existência, em cada individuo, de duas consciências, a coletiva e a individual; a primeira, predominante, compartilhará com o grupo; a segunda, peculiar ao indivíduo. Nas sociedades ―primitivas‖, a consciência coletiva subjuga a individual, e as sanções aplicadas ao individuo, que foge às normas de conduta do grupo, são extremamente severas.

Á medida que as sociedades se tornam mais complexas, a divisão de trabalho e as consequentes diferenças entre os indivíduos conduzem a uma crescente independência das consciências. As sanções repressivas, que existem nas sociedades ―primitivas‖, dão origem a um sistema legislativo que acentua os valores da igualdade, liberdade, fraternidade e justiça. A coerção social não desaparece, pois a característica da sociedade moderna – os contratos de trabalho – contem elementos predeterminados, independentes dos próprios acordos pessoais. Exemplo: cabe ao Estado determinar a duração do período de trabalho, o salário mínimo e as condições em que se realiza o trabalho físico.

As ―primitivas‖ coletividades humanas são caracterizadas pela solidariedade mecânica, que se origina das semelhanças entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. Essas sociedades não podem tolerar as disparidades, a originalidade, o particularismo, tanto nos indivíduos quanto nos grupos, pois isso significaria um processo de desintegração. Todavia, o progresso da divisão de trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme.

O principio da divisão de trabalho está baseado nas diversidades das pessoas e dos grupos e se opõe diretamente à solidariedade por semelhança. A divisão do trabalho gera um novo tipo de solidariedade, baseado na complementação de partes diversificadas. O encontro de interesses complementares cria um laço social novo, ou seja, outro tipo de principio de solidariedade, com moral própria, e que dá origem a uma nova organização social,...denominada de solidariedade orgânica. Sendo seu fundamento a diversidade, a solidariedade orgânica implica maior autonomia com uma consciência individual mais livre (LAKATOS,p.40-42).

Objeto, neutralidade, fato social, organicismo, holístico, darwinismo social, papel do cientista, a sociedade se sobrepõe ao indivíduo.

Texto 01

Émile Durkheim (1858-1917)

Durkheim nasceu um ano depois da morte de Auguste Comte (criou a palavra sociologia em 1838). Para esse sociólogo francês tudo está em equilíbrio, quando todos os órgãos estão funcionando corretamente, a sociedade seria como um organismo, um corpo humano, por exemplo. Continua o pensamento de Comte (só que no lugar da física utiliza a biologia). Ambos eram positivistas, só que Durkheim se preocupou mais com problemas sociológicos, escreveu obras sobre a sociedade e enquanto que Comte só escreveu filosofia. Além disso, Durkheim vai mostrar que a Sociologia é uma ciência vai dar-lhe um método e um objeto pesquisa partindo de modelos teóricos das ciências naturais. Explica o que é o fenômeno social, briga pela cientificidade da sociologia. Argumenta que ela não é filosofia, mas uma ciência.

Ele viveu um período onde a sociedade capitalista já estava desenvolvendo e consolidando-se, e também as contradições do capitalismo (a desigualdade social). O capitalismo selvagem, período em que o Estado é totalmente liberal, não tem qualquer influência na economia. Os trabalhadores se organizam. Período de muitos conflitos, mas o capitalismo tem grandes vitórias. Grandes avanços na tecnologia, na produção.

Durkheim compreendia a emergência da questão social, mas discordava do conteúdo das soluções que começavam a ser propostas pelo pensamento socialista.

Para ele, os problemas sociais vividos pela sociedade eram de natureza moral e não de fundo econômico, e que este eram consequências da fragilidade decorrente da longa época de transição do período. Quanto ao problema da relação indivíduo-sociedade, ele entendia que a sociedade predominava sobre o indivíduo, uma vez que ela é que imporia ao indivíduo normas de conduta social.

Assim a Sociologia deveria ser um instrumento científico de busca de soluções para os desvios da vida social, desta forma tem como objetivos: explicar os códigos de funcionamento da sociedade e intervir neste funcionamento por meio da aplicação de antítodos que resolvessem os males da vida social, pensando a sociedade como um organismo vivo tem períodos normais e patológicos. O período saudável ou normal é quando há harmonia na sociedade e entre as sociedades. O período mórbido ou patológico é caracterizado por fatos que colocassem essa harmonia em risco. Desta forma, a Sociologia, parece ser uma medicina social, e precisava de um objeto que lhe dessem condições de explicar os códigos de funcionamento da sociedade: os fatos sociais. Durkheim, que buscava compreender o seu objeto para trazer a normalidade da vida social, transformando dessa maneira em um tipo técnica de controle social voltada a manutenção da ordem do sistema capitalista.

Fato social: Consiste em maneiras coletivas de pensar, sentir e agir (consciência coletiva) externa ao indivíduo e dotadas de um poder de coerção em virtude do que está sendo imposto pela sociedade. Características do fato social: generalidade, exterioridade e coerção. A coerção social seria a obrigação que os fatos sociais teriam sobre os indivíduos, induzindo-os a aceitar regras vigentes na sociedade, deixando de lado seus anseios e opções pessoais. A subordinação às leis. A coerção

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