Preciosa

Filme: Preciosa - Uma História de Esperança

 

Marina Alves de Oliveira

O Filme mostra o drama social da adolescente, Claireece Precious Jones (Preciosa). Que mostra a rotina diária de diversos lares, nos quais crianças e adolescente estão expostas a situações de extrema violência sexual, física e psicológica.

Preciosa é uma adolescente de 16 anos de idade que vive no Harlem, em 1987; no inicio do filme podemos perceber que Preciosa possui uma imaginação muito fértil onde busca refugio dos preconceitos sofridos diariamente por sua cor e obesidade.

 Preciosa vive com sua mãe uma mulher extremamente desequilibrada e violenta.  Ela sofre de abusos sexuais desde os três anos de idade pelo seu pai, sendo este pai da primeira criança que é portador da Síndrome de Down e pai do segundo filho que ela esta gestando; por estar grávida de um segundo filho ela é expulsa da escola e encaminhada para uma escola alternativa que trabalha com jovens que tem problemas sociais.

No decorrer do filme é mostrado que a mãe de Preciosa desvia o dinheiro da assistência social destinado para Preciosa se manter, cuidar do seu filho e acompanhamento medico durante a gravidez, para seu uso próprio, deixando Preciosa a mercê de seus direitos, percebemos também que ela cultiva um ódio imenso pela filha, culpando-a das violências sofridas pelo seu companheiro, nutrindo ainda uma suposta disputa por esse homem inescrupuloso.

Em um segundo, momento do filme vemos surgir à oportunidade de Preciosa pensar e apropriar de sua realidade, com o apoio recebido pela professora da nova escola, a qual se empenha em acompanhar as dificuldades de preciosa, sendo facilitadora dessa nova fase de sua vida; com o suporte social que recebe ela consegue instrumentos para enfrentar as dificuldades que enfrenta em sua casa.

Mas o objetivo central desse resumo é falar do trabalho do assistente social mostrado em duas etapas no filme, a primeira assistente social que aparece no filme é uma assistente meramente executora, burocrática, que não tem visão totalitária da situação apresentada, sendo enganada pela família de Preciosa com uma aparente normalidade familiar; ela não consegue ver os pormenores que se escondem, sua visão é muito limitada.

A segunda assistente social tem uma postura profissional diferente, ela ouve os relatos de vida da usuária e corta o beneficio da assistência social, mas não trabalha no sentido de intervir e mudar a situação posta; no filme o diferencial é a professora da escola alternativa que mesmo não sendo assistente social, tem atitudes intervencionistas na vida de Preciosa fazendo com que esta mude os rumos de sua vida, dando lhe condições para enfrentar as dificuldades e reorganizar sua vida com dignidade, autoestima e aprendendo a buscar seus direitos como cidadã.

Segundo Iamamoto, temos que ser profissionais propositivos e não meros executores das políticas publicas.

Hoje temos o ideário que defende um projeto social que acredita no protagonismo dos usuários, na defesa dos direitos humanos, na luta dos movimentos sociais. Devemos ter no nosso dia a dia senso critico enfrentamento de valores autoritários e conservadores que estão incorporados nas instituições em que desempenhamos nosso trabalho e para isso não podemos dissociar do projeto ético político da profissão instrumentar e ter um conhecimento continuado para sustentar o combate a toda forma de preconceitos e opressões e na ampliação de direitos sociais; não podemos olhar as famílias com um olhar conservador e moralista, precisamos respeitar as novas configurações de famílias e a maneira que elas funcionam.

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