Professores De Ensino Superior Da área Da Saúde E Sua Prática Pedagógica

Referencia: CASTANHO, M.E. Professores de Ensino Superior da área da Saúde e sua prática pedagógica. Interface, Comunic, Saúde, Educ, v.6, n.10, p.51-62, 2002.

*A autora do artigo é professora da Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica de Campinas/PUCCAMP.

O presente estudo trata-se de uma pesquisa desenvolvida com professores de ensino superior que atuam na área da saúde, com o objetivo de encontrar marcas distintas na atuação enquanto docente na área da saúde.

Para alcançar o objetivo à autora optou por utilizar a metodologia da história oral temática, foram entrevistados onze professores da área da saúde, entre eles também estavam professores que desenvolviam atividades de coordenadores e diretores da área da saúde. Foi realizada uma entrevista gravada, que posteriormente foi transcrita e realizadas as analises. Para melhorar a compreensão os resultados e as conclusões foram divididos em três blocos: sobre tornar-se professor e sobre professores marcantes; sobre técnicas de ensino; e sobre a função de coordenador/diretor.

Sobre tornar-se professor e sobre professores marcantes

Para a maior parte dos entrevistados, tornar-se professor não foi à opção inicial. Vários Entrevistados relatam que o trabalho como docente iniciou por necessidade financeira, por estar desempregado etc.

No que se refere a professores marcantes, destaca-se como mais forte nos depoimentos a postura, a atitude de educador, não ensinando apenas o conteúdo específico, mas, também, atitudes diante da vida.

Sobre técnicas de ensino

De modo geral, pelos depoimentos é possível perceber que as técnicas utilizadas na área da Saúde baseiam-se, de modo geral, em dois grandes modelos: o das aulas teóricas, e o das aulas práticas. Nas aulas teóricas a lousa é utilizada, assim como são usadas aulas expositivas, em vários casos com o apoio de retroprojeção, projeção de slides, apresentação de esquemas e afins. As técnicas de trabalhos em grupo nas classes com número grande de alunos dificilmente são utilizados.

Vale destacar que também foi mencionada pela autora, a ideia de que o conhecimento é uma somatória, ou seja, que os alunos devem ler vários livros para memorizar e posteriormente conseguir uma reprodução das informações para o professor, como forma de comprovar o conhecimento.

Foi observada também a preocupação com o conceito de mercado. A autora ressalta que é sombrio pensar que a educação esteja em função, não da sociedade ou do interesse público, mas do “mercado”, lugar onde se vendem competências e se compram aptidões.

Acredito que todo profissional deve ter uma formação generalista, o que inclui conhecimentos teóricos e práticos. Discordando um pouco da ideia da autora considero que o aluno deve ter uma formação também voltada ao mercado de trabalho, uma vez que o ensino não pode estar desvinculado da prática profissional. Uma preparação prévia do aluno para o mercado de trabalho é positiva e construtivo para o futuro profissional, no entanto também não pode-se prejudicar a formação técnica em alguma área.

Sobre a função de Coordenador/Diretor

Nesse bloco é possível notar diversidade de opiniões e de aspectos considerados,

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