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Psicologia social

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  156 Visualizações

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A INVISIBILIDADE É PÚBLICA E NEM TODA HUMILHAÇÃO É SOCIAL

Há sem dúvidas muitas maneiras de uma pessoa ser humilhada. Nós mesmos podemos contar vários fatos envolvendo um ato de humilhação. Porém, muita das vezes as pessoas são humilhadas diariamente e ninguém percebe, não é algo “gritante” aos olhos da sociedade, porque já estão acostumados com tal situação.

Como por exemplo, a introdução do artigo lido, onde o autor descreve a imoralidade de professores que traçam uma linha entre dois mundos: Os “sábio” e os “impuros”. É como se os garis não fossem seres humanos e não tivessem realizando o seu trabalho para o bem de toda comunidade. Professores, formadores, portadores de conhecimento se deixam levar por uma arrogância acadêmica, algo que os fazem se sentirem melhores que os outros e ainda que não falassem nada, só os olhares já bastavam para distinguir tamanha humilhação que esses trabalhadores sofriam.

E desse modo, eram considerados “invisíveis”, porque era irrelevante a presença deles naquele ambiente, ninguém os percebia como seres humanos. Esse tipo de situação acontece diariamente em vários lugares, mudam-se apenas os personagens, mas a história é a mesma.

A humilhação social acontece sempre em uma situação de desigualdade, em que um primeiro rebaixa, deprecia, desrespeita, fere a autoestima do segundo e o trata como subalterno, sem que haja reciprocidade.

 Sabemos que a sociedade marginaliza, ou seja, coloca as margens aqueles indivíduos que não se encaixam em um modelo de vida pré estabelecido pelo mundo capitalista. E esses são os que mais sofrem de humilhação, pois já estão marginalizados e são a todo tempo discriminado por suas condições de vida e por estarem exercendo papeis ditos “insignificantes” por boa parte da comunidade social em que estamos inseridos. Porém, não tão somente são os únicos a sofrerem dessa humilhação, pessoas com um poder aquisitivo maior, são humilhados por aqueles que tem ainda mais.

E no universo dos que estão as margens da sociedade podemos encontrar humilhações entre eles, pois reproduzem o que recebem, porque é uma forma de se sentir “vingado”, ou seja, um trabalhador que possui subemprego e se encontra numa luta diária para sobrevivência consegue se sentir melhor do que um morador de rua, porque ele tem uma casa e assim, ele reproduz o que ouviu de um supervisor: “Você não é nada!”. Com isso, observamos que a humilhação social é um ciclo vicioso, a sociedade nos coloca em situações desmotivadoras e nos empoe viver uma vida em seus padrões e quando não atingimos esses padrões nos frustramos e desempenhamos um papel de ser “invisível” e não respeitado.

Reforçando esse fato de que a humilhação social não acontece somente entre os ditos “superiores” para com os menos favorecidos, mas também de um menos favorecido com outro da mesma classe social. Relatamos uma experiência vivenciada por um dos nossos integrantes do grupo. Em seu local de trabalho uma auxiliar de serviços gerais destratou um aluno que é além de desprovido de recursos financeiros, é negro, pobre e aluno da rede pública. Ele esqueceu uma camisa na sala de informática onde estava fazendo uma atividade extra classe e a funcionária achou, levou até a sala de aula dele, mostrou a camisa com desgastes e o tecido já muito surrado de tanto uso e perguntou de quem era aquele pano de chão. O aluno ficou muito constrangido e todos os demais alunos também, tomando as “dores” dele foram reclamar com a direção, onde se descobriu que ele não tem condições de comprar o uniforme, fato que comoveu a todos os funcionários da escola que providenciaram uma “vaquinha” para aquisição do mesmo.

De alguma maneira essa funcionária se achou superior o bastante para humilhar aquele aluno, mas ela não parou para pensar no mal que estava causando aquele individuo em formação. É uma maneira que ela encontrou de retribuir o que a sociedade fez e ainda faz com ela todos os dias, mas ao invés de manifestar-se de maneira positiva contra isso, ela preferiu ser mais uma pessoa que fortalece esse mal social.

Pessoas tão invisíveis que não se tem direito a saúde, alimentação, saneamento básico, entre outras coisas. São descriminados até pelo poder público, porque eles não conseguem enxergar tamanha miséria e degradação entre os seres humanos.

Ao ler a pesquisa, constatamos que a marcas para definir a humilhação social, reconhecendo um contraste de valores mediante uma sociedade onde prevalece o poder aquisitivo e o ser humano é julgado por sua aparência e valores financeiros.

Vimos que a humilhação social é uma das mazelas da sociedade dita capitalista, onde as pessoas não sabem ou melhor não querem saber o mal que causam para si e consequentemente ao outros, tratando os semelhantes com indiferença e desumanidade.

Percebemos que o tempo passa, não importa a época, sempre haverá relatos, pesquisas e depoimentos de pessoas contando experiências vivenciadas na sua vida e também no dia a dia de alguém.

GARIS - COLETORES DE LIXOS E NÃO LIXOS!

[pic 1]

Os profissionais da limpeza pública conhecidos como garis, trabalham tanto no sol quanto na chuva, com turnos de oito horas por dia, com seus uniformes laranja, para beneficiar a própria sociedade.

Os garis são esses homens que passam dia e noite vasculhando as ruas, à cata de entulhos. Compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo, no nosso benefício, eles apenas trabalham. Sempre os encontramos inclusive nos veículos coletores de lixo.

Mas eles passam despercebidas, como se fossem apenas sombras.  Estão expostos a riscos na saúde, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros e produtos ácidos, contaminações do lixo hospitalares e outros tipos de desgraças.

Uma profissão digna como qualquer outra, porém tratada de forma preconceituosa. Trabalhadores, assim como nós, que buscam diariamente o seu pão de cada dia, mas que são visto como inferiores, como imundos, como bichos. [pic 2]

Muitas vezes são humilhados e maltratados, trabalhadores que nos prestam um inestimável serviço. Não é tarefa fácil correr oito horas de dia ou de noite, no sol ou na chuva, atrás de um caminhão coletor de lixo, e são os nossos lixos.
Ainda existem pessoas que nunca se aproximam deles e os vê como se fossem portadores de doenças transmissíveis pelo simples olhar, pelo sorriso, pelas mãos sujas e calejadas, pelas roupas surradas. Nunca os cumprimentam, com medo de comprometer a sua imunidade ou identidade pessoal.

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