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RESENHA COM O TEMA: “A crise da sociedade de Bem Estar Social, o fim do Fordismo e a ascensão do Neoliberalismo”

Por:   •  1/5/2020  •  Resenha  •  2.205 Palavras (9 Páginas)  •  196 Visualizações

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Aline Victório Vieira - 1873293-3

RESENHA COM O TEMA:

“A crise da sociedade de Bem Estar Social,

o fim do Fordismo e a ascensão do Neoliberalismo”

Turma / Curso: 5ºB - Serviço Social

Disciplina: Política Social no Neoliberalismo

Campus: São Miguel

Professora: Denis Barreto

Período: Noturno

Universidade Cruzeiro do Sul

São Paulo

 2020

A crise da sociedade de Bem Estar Social, o

fim do Fordismo e a ascensão do Neoliberalismo

Para entendermos o contexto da crise da sociedade de bem estar social “Welfare State”, o fim do Fordismo e a ascensão do neoliberalismo, devemos partir do pressuposto das sociedades pré-capitalistas, que estão entre o feudalismo e a Revolução Industrial, ou seja, na transição do processo de trabalho artesanal, corporações de ofício, ou seja, a questão do trabalho manufatureiro.

À partir da Revolução Francesa, onde deu-se o fim do feudalismo e início ao trabalho livre, não existiam políticas sociais. Nas sociedades pré-capitalistas, não havia o privilégio da lei do mercado, não havia concorrência, pois não existia um contingente de pessoas o suficiente para dar conta das necessidades do trabalho.

No contexto das sociedades pré-capitalistas, a qualidade de vida e as condições de trabalho eram precárias, isso fazia com que o contingente de trabalhadores fosse escasso e não havia um exército de reserva. As doenças, como a peste negra, também dizimaram o contingente populacional, pois não havia vacinas e remédios, na transição do século XVI para o século XVII.

Surgem então as leis que tratam o trabalho como uma questão moral. Essas leis eram punitivas e obrigavam as pessoas a trabalhar, para construir a riqueza da classe dominante. As leis tinham caráter coercitivo e regulador e não garantiam direitos, eram criadas para impedir a circulação de pessoas e obriga-las a trabalhar, pois não havia mão-de-obra. Quem não trabalhava era tido como “vagabundo” e as punições tinham consequências físicas, como por exemplo, cortar as mãos e pedaço da orelha.

Dentre essas leis, existia uma lei denominada “lei dos pobres” que separava os pobres “merecedores” de auxílio, dos não merecedores, que eram triados conforme suas habilidades físicas, que os impossibilitavam para o trabalho ou não.  Caso fosse idoso ou tivesse alguma deficiência física, tinham algum tipo de recurso, que era repassado pelo Estado.

Aqueles que possuiam condições mínimas para o trabalho, eram obrigados a trabalhar, geralmente nas “work houses” (casas de trabalho), onde conseguiam o mínimo para sua sub-existência. Tudo isto vai configurar o que Marx chama de “venda da força de trabalho.                              

Durante a Revolução Industrial, com o surgimento das máquinas, acontece o contrário, o trabalho vivo (mão de obra) é substituído pelo trabalho morto                (máquinas).  Com o surgimento das máquinas, alguns trabalhos eram mais valorados em relação a outros, pois quem fosse considerado apto e qualificado para operar máquinas era melhor remunerado.

As políticas sociais são desenvolvidas à partir do desenvolvimento da Revolução Industrial e mais acentuadamente depois do segundo pós guerra, com a reinvindicação da classe trabalhadora, na sociedade Capitalista.

Com o surgimento do processo de Industrialização, inicia-se a migração dos feudos para as cidades, levantando assim a questão da falta de moradia, higiene, trabalho infantil, saneamento básico irregular, doenças e pestes e consequentemente dando início à questão social.

O trabalho foi perdendo o valor, os salários foram reduzidos, as horas de trabalho aumentadas, causando a precarização do trabalho, dando início a reinvindicação da classe trabalhadora para melhores condições de trabalho.

Em suma, as políticas sociais surgem como forma de enfrentamento às expressões da questão social, como uma resposta do Estado e do Capitalismo, às múltiplas expressões da questão social.

O Liberalismo se inicia no auge da Revolução Industrial e vai ser utilizado como base para regular as relações do Estado em relação às necessidades da questão social. É o pensamento que é base do modo de produção Capitalista.

Neste cenário, o estado não intervém na economia, apenas na garantia de segurança, propriedade...; ou seja, o Estado é mínimo.

O Liberalismo tem o predomínio do individualismo, pautado na tese de que as pessoas se dão bem por si só, por seus próprios esforços. Valoriza a participação individual e não coletiva, da sociedade.

Enfatiza que o mercado é autorregulado, não necessitando da ajuda do Estado como mediador, tendo como exemplo, a lei da oferta e da procura. Isso tudo ocorre na sociedade Capitalista Concorrencial, que é fundada no mérito, em que há o pensamento de que todos somos capazes, há uma naturalização da miséria, ou seja, não importa se o indivíduo é rico ou pobre, vence o melhor.

Os Liberalistas acreditam que as Políticas Sociais estimulam as pessoas ao ócio e à vadiagem e que devem ser um paliativo, dando apenas o necessário para sua sub existência, nos casos mais agudos.

Durante o Capitalismo, começa ocorrer o processo de Monopolização, concentração do capital para àqueles que têm mais dinheiro, inviabilizando o crescimento individual, havendo a necessidade de desenvolver políticas sociais, que seriam então, fruto das lutas da classe trabalhadora, fazendo surgir as primeiras intervenções do Estado.

As primeiras formas de política social surgiram com a participação dos trabalhadores, do Estado e dos empresários. Os trabalhadores fabris do século XIX enfrentavam longas jornadas de trabalho que, muitas vezes, ultrapassavam 12 horas diárias. Eles não tinham direito a descanso remunerado, como férias e descanso semanal, além de não terem previdência e uma remuneração satisfatória que lhes permitisse uma vida digna. Os trabalhadores viviam na miséria, passavam fome, e a situação ficava ainda mais grave entre os desempregados. 

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