Representações Sociais de Suicídio Juvenil Pelos Assistentes Sociais

PROJETO DE PESQUISA

TÍTULO: 

Representações sociais de suicídio juvenil pelos Assistentes Sociais que atendem jovens em situação de vulnerabilidade na região de Apucarana.

TEMA:

Uma análise das representações sociais de suicídio juvenil pelos Assistentes Sociais que atendem jovens em situação de vulnerabilidade na Região de Apucarana, bem como das consequências dessas representações no contexto atual.

ORIGEM E DELIMITAÇÃO DO TEMA:

O suicídio pode ser causado por vários fatores, incluindo, mas não se limitando ao sofrimento excessivo, definido como uma atitude individual em relação ao extermínio da própria vida, causado muitas das vezes pela depressão aguda ou delirante. É um ato voluntário e deliberado que visa acabar com a vida do praticante, após certo grau de reflexão, planejamento e ação, sob a ótica de que a morte é o fim de tudo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica três características psicopatológicas comuns no estado psicológico de um possível suicídio. São eles: Ambivalência: O desejo de viver e morrer confunde-se no assunto. Muitos não se esforçam realmente para morrer, mas sim para sair do sentimento momentâneo. Se o devido apoio for dado é possível fortalecer a vontade de viver e a intenção suicida e o risco de suicídio podem diminuir. Impulsividade: o suicídio, independentemente de como planejado, é parte de um ato que geralmente é motivado por eventos negativos. O desejo de cometer suicídio é temporário e dura alguns minutos ou horas. Abraçar a pessoa durante a crise com a ajuda empática apropriada pode quebrar esse desejo. Rigidez: quando uma pessoa opta por acabar com sua vida, seus pensamentos, sentimentos e ações são muito restritivos, ou seja, ela está constantemente pensando em suicídio e não consegue ver outras formas de enfrentar ou sair do problema.

A literatura destaca muitos fatores explicativos do suicídio que podem ser citados, como: a situação econômica, o nível de desigualdade, o gasto público em saúde, a região geográfica, a idade e sexo da pessoa, a saúde mental, o nível de escolaridade, o grau de urbanização, a taxa de desemprego, problemas com a identidade sexual, o contato com armas de fogo, a perda de vidas, a exposição a situações extremas de estresse (por exemplo, abuso sexual, instabilidade familiar) e o histórico familiar. Nos dias atuais, a busca por novos paradigmas para a saúde pública deve ser acompanhada pelo desenvolvimento de métodos que incluam a dimensão do lugar, como expressão da dinâmica social do espaço, a educação, mas também a identificação de situações problemáticas para a saúde e, a partir dela, o planejamento e a organização das ações.

No Serviço Social a saúde mental tem sido uma das áreas na qual se tem constantemente enfrentado desafios pelos profissionais diante das expressões da questão social, como as diversas formas de violação dos direitos sociais. As expressões da questão social na saúde mental decorrem de vivências de desigualdade social em pessoas com transtornos mentais, na impossibilidade de esxercício dos direitos sociais, na privação de sua vida social e de sua não inclusão no mercado de trabalho. Essa realidade apresenta o usuário como se este fosse um inepto, incapaz de se “encaixar” numa  sociedade capitalista, preconceituosa e conservadora.

Em 1990, Vasconcelos (2000) observa que enquanto órgãos como a Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde têm incentivado grandes mudanças na política de saúde mental brasileira, o serviço social brasileiro e o campo da saúde mental possibilitaram uma abordagem com princípios positivos voltados para a abordagem psicossocial de cada usuário.

É preciso compreender o suicídio como um problema crescente da saúde pública no Brasil e discutir o problema principalmente nas faixas etárias mais jovens. São necessária intervenções educacionais e de suporte socioemocional que estimulem a construção de traços de resiliência e habilidades para o enfrentamento de frustrações e da adversidade.

Diante destas questões, nos deparamos com o seguinte problema de pesquisa:

COLOCAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA:

Quais são as representações sociais de suicídio juvenil adotada pelos Assistentes Sociais que atendem jovens em situação de vulnerabilidade na Região de Apucarana e quais as consequências de tais s representações no contexto atual?

JUSTIFICATIVA 

O trabalho de que se trata o presente projeto justifica-se na medida em que se levam em consideração os seguintes fatores:

a) Que eu tive uma experiência pessoal de sofrimento mental que colou-me pessoalmente frente as questões aqui abordadas, o que interessou-me pelo assunto;

b) A necessidade de descobrir qual o posicionamento dos assistentes sociais diante do suicídio, para que se possa construir um conhecimento que lhes sirva de apoio em sua atuação cotidiana;

c) Pelas pesquisas realizada na biblioteca da Unespar e na internet, percebi que não se encontram trabalhos sobre a temática;

d) Meu compromisso pessoal na luta pela prevenção do suicídio e preservação da vida.

OBJETIVO GERAL

Analisar as representações sociais de suicídio juvenil pelos Assistentes Sociais que atendem jovens em situação de vulnerabilidade na Região de Apucarana, bem como das consequências dessas representações no contexto atual.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

1. Caracterizar e definir teoricamente o suicídio;
2. Estabelecer as relações entre o suicídio e a juventude em situação de vulnerabilidade;
3. Identificar a compreensão da categoria assistente social acerca do suicídio;
4. Contribuir para a qualificação do trabalho do assistente social na prevenção do suicídio juntos a jovens em situação de vulnerabilidade.

METODOLOGIA 

-Tipo de Pesquisa: Qualitativa

- Método Geral: Dialética Marxista

- Método específico: Estudo de caso

- Instrumento de coleta de dados: Entrevista semiestruturada

- Procedimento para análise dos dados: análise de conteúdo

- Amostragem: 3 assistentes sociais.

CRONOGRAMA 

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