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Resíduos sólidos

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Por:   •  29/10/2014  •  2.001 Palavras (9 Páginas)  •  1.276 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

RAFAELA FAGUNDES CARMONA RODRIGUES

ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINO FUNDAMENTAL I

SOBRE O DESCARTE CORRETO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

ARAÇATUBA

2013

RAFAELA FAGUNDES CARMONA RODRIGUES

ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINO FUNDAMENTAL I

SOBRE O DESCARTE CORRETO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Nas brincadeiras, uma criança age de acordo com sua visão do mundo

- Jean Piaget.

Trabalho de atividades prática supervisionada,

Do curso de Ciências Biológicas, apresentado

à Universidade Paulista - UNIP.

ARAÇATUBA

2013

1. INTRODUÇÃO

O uso de atividades lúdicas dentro do contexto escolar não é recente, pois existem docentes que utilizam desse método pedagógico para melhor ensinar os seus alunos. Sabemos que brincar faz parte da vida cotidiana das crianças e para isso precisamos exercer a sua imaginação, onde a criança pode aprender a lidar com os problemas que lhe foram apresentados, seus interesses e demais necessidades, isso faz com que a criança construa um mundo de acordo com sua maneira, onde ela tem total liberdade de criar e refletir suas verdadeiras intenções dentro de um mundo feito por eles.

O jogo ou qualquer outra atividade lúdica tem todo o seu valor educativo, seu caráter pedagógico, portanto, através disso, procuramos explorar sua importância para melhor ensinar aos alunos sobre o descarte de resíduos sólidos.

1.1 HISTÓRICO DO LÚDICO

Destacamos, inicialmente com Angotti (2008), que “a interação com as atividades lúdicas como o jogo, os brinquedos e as brincadeiras, poderá contribuir para [ a criança na ] sua liberdade no sentir, imaginar, observar, elaborar, criar” (Inclusão nossa –p. 501)

Araújo (1992), afirma que o jogo e uma atividade importante em todos os tempos, inclusive na época anterior a cristo. Onde diz da seguinte forma:

Revendo a história do jogo, certificamo-nos de que sua importância foi percebida em todos os tempos, principalmente quando se apresentava como fator essencial na construção da personalidade da criança. Desde a época anterior a cristo já havia uma preocupação em discutir o valor proeminente do jogo na vida das crianças. Nos escritos de Leis, Livro VII, Platão preconizava o valor educativo do jogo, apesar de dar à criança a liberdade do jogo somente até aos seis anos de idade.

(ARAÚJO, 1992, p. 13).

Diversas concepções sobre jogos foram sendo formulados na era cristã, alguns de modo significativo, outras descriminavam além das crianças, qualquer outro interesse sobre atividades lúdicas.

Para Rizzo (1982), Comenius ( 1592 – 1 670 ), em sua obra Escola da

infância, que reconheceu a importância da infância e do brinquedo para um bom aprendizado. Para ele, era importante valorizar as experiências afetivas e o interesse da criança no currículo e no planejamento.

Ressaltou também a “importância da saúde, sono, alimentação, e vida ao ar livre para um crescimento completo e sadio.” (pag. 13)

Com o passar do tempo foram surgindo novas idéias e conceitos sobre as atividades e jogos lúdicos, e a importância dessas atividades na vida das pessoas, principalmente nas crianças.

1.2 FUNDAMENTOS DO LÚDICO NA VIDA DO SER HUMANO

De acordo com Leontiev, 1978:

Os seus representantes, chamados de australopitecos, eram animais que levavam uma vida gregária; conheciam a posição vertical e servia-se de utensílios rudimentares, não trabalhados; é verossímil que possuíssem meios extremamente primitivos para comunicar entre si. Neste estágio, reinavam ainda sem partilha as leis da biologia. (LEONTIEV, 1978, p. 262)

Leontiev descreve que, no principio os homens viviam e agiam como os demais animais, onde no s

egundo estágio eram passados por etapas, mostrando então o “ da passagem do homem” . Depois foi marcado pela descoberta de fabricação de instrumentos, e a forma de convívio em sociedade, mas ainda assim, eram marcados pelas leis biológicas; Leontiev expressa da seguinte forma:

A Formação do homem ainda estava submetida, neste estágio, às leis biológicas, que quer dizer que ela continuava a traduzir-se por alterações anatômicas, transmitidas de geração em geração por hereditariedade. (p.262)

Ainda há o terceiro estágio, que para Leontiev, é o estágio do homem atual

– O homo

sapiens.

É o momento, com efeito, em que a evolução do homem se liberta totalmente da sua dependência inicial para as mudanças biológicas inevitavelmente lentas, que se transmitem por hereditariedade. Apenas as leis sócio-históricas regerão doravante a evolução do homem. (grifo no original p. 263)

Nessa passagem o autor diz que nesse estágio, o homem já possui suas características biológicas fundamentais, e um desenvolvimento ilimitado na parte sócio-histórica.

Portanto, como a cultura estará cada vez mais elevada, a hereditariedade, e leis biológicas não serão mais necessárias, com isso o ser humano poderá prosseguir com o seu processo de desenvolvimento, como um todo.

De maneira ampla, vejamos Oliveira (2004, p.115) uma série de funções que podem ser desenvolvidas a partir do uso do lúdico, dentre elas as possibilidades de funções dos jogos podemos destacar o desenvolvimento corporal como a coordenação motora, visual e verbal, O jogo, segundo a mesma autora, colabora para o desenvolvimento social, estabelecendo vínculos afetivos, controlando a impulsividade, no aprendizado de observação de regras, entre outros benefícios. A autora destaca também a importância desse tipo de atividade no desenvolvimento intelectual e contribuição geral a cultura, destacando entre eles, a simbolização, fantasia, linguagem, criatividade, valores e regras.

Uma revisão conceitual sobre os jogos lúdicos mesmo com seus

diferentes enfoques, percebemos sua importância para tal desenvolvimento no intelecto. Nas visões de Benjamim, Piaget, Froebel e Vygotsky, mesmo que não tenha uma teoria universalmente conhecida sobre o jogo, todos eles apontam sua importância no desenvolvimento do ser humano.

Para finalizar, iremos destacar a posição de Piaget que estrutura o jogo em três categorias: O Jogo de Exercício, no qual o objetivo é exercitar a função em si, o Jogo Simbólico, também chamado faz-de-conta, e o Jogo de Regra. Mesmo assim essas modalidades não ocorrem simplesmente acompanhando as etapas das estruturas cognitivas, para Piaget, a prova concreta do desenvolvimento da criança é ela ser capaz de fazer uso dos jogos de regras, sendo que estes pressupõem relações sociais ou interpessoais e substituem o símbolo.

2. O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O descarte correto dos resíduos sólidos e fundamental para o processo da reciclagem e para evitar uma serie de prejuízos ao meio ambiente e à população, como as poluições visuais, do solo, do ar e do lençol freático, além de danos à saúde humana.

A separação de resíduos sólidos é bem mais simples do que se imagina. É essencial separar os secos (plásticos, vidros, papelão, etc.) dos úmidos ( orgânicos, como resto de comida).

“Se os resíduos são misturados, em geral, apenas 1% pode ser reciclado. Se há a separação correta, obtemos 70% de reaproveitamento ou mais.” – Explica a

diretora-executiva da Brasil Ambiental, Marialva Lyra.

2.1 REPRESENTAÇÕES DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Neste quadro existem algumas distinções feitas por alguns professores sobre resíduos sólidos e lixo.

REPRESENTAÇÃO

A

A Da lógica capitalista com o princípio de que ser feliz é poder

Consumir.

B

De meio ambiente que inclui os resíduos, a produção de lixo e o

processo industrial.

C

Lixo – o que está para ser descartado e que não tem mais

utilidade;

Resíduo – ligado a indústria e a grande quantidade.

D

Hábitos de consumo e modelo de uso e abuso dos recursos

Naturais.

E

Lixo - o que não tem um procedimento de retorno à reciclagem.

Resíduo – material que pode ser reciclado e reutilizado.

F

Matéria-prima, idéia de totalidade.

G

Resíduo – oportunidade.

Lixo – problema.

H

Aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais e culturais.

I

A ponta do iceberg do metabolismo industrial moderno.

J

Resíduo – tudo aquilo que geramos como sobra.

Lixo – é apenas uma fração desse universo que nasce quando

fazemos um descarte comum de um resíduo gerado.

K

Resultado direto de nossa necessidade elementar de consumir

bens para nossa subsistência, que se transformou na mais

expressiva e visível apresentação de nossa sociedade do excesso.

L

Imagem de desperdício

Quadro 1. A representação de resíduos sólidos e lixo.

Organização: Sobarzo, L.C.D

2.2 METODOLOGIA DE TRABALHO APLICADO A ATIVIDADES

LÚDICAS

Portanto para a construção dessa educação, entramos de acordo com CARVALHO (2004), quando precisamos rever alguns hábitos e costumes da nossa sociedade. É necessário trocar as nossas lentes .

Segue o quadro 2:

Representação Resíduos sólidos:

Tudo aquilo que geramos em uma atividade

qualquer, mas que no atual modelo de desenvolvimento pautado

no consumo e no desperdício, tornou-se motivo de preocupação

por estar entre as raízes da crise ambiental.

CONCEITOS

Resíduos, consumo e desperdício – e as relações e contradições

presentes nesses conceitos.

METODOLOGIAS DE TRABALHO

- Construir a idéia do que é lixo e resíduo a partir do dia-a-dia do

aluno.

- Explicar a origem dos materiais presentes nos resíduos (ex:

papel – evidenciar o processo de extração e transformação da

matéria-prima pelo processo industrial e dar visibilidade aos

impactos ambientais).

- Evidenciar os diferentes destinos dos resíduos após sua geração

(lixão, aterro controlado, aterro sanitário, usina de incineração) e

os impactos ambientais e sociais gerados.

- Apontar alternativas para a questão dos resíduos sólidos

- questionar hábitos de consumo e desperdício;

- propor alternativas de uso e reuso dos resíduos;

- reciclagem.

Demonstrar quem são os sujeitos envolvidos nesse processo e

sinalizar que ele - o aluno, também faz parte dessa cadeia como

agente transformador que tem o compromisso de agir com

consciência e responsabilidade na

preservação do meio ambiente

As proposta apresentadas nesse quadro a cima, foi mostrada por professores universitários; de uma determinada pesquisa organizada por Sorbazo. L.C.D.

Entendemos então que os professores tem interesse em incentivar e ajudar aos alunos a reconhecer a tão importância sobre meio ambiente e o nosso papel dentro dela. Por isso, mostraremos logo a baixo alguns projetos que podem ser realizados e feitos pelos professores, dinâmicas que podem ajudar no trabalho de aprendizagem sobre o que são resíduos sólidos e o que pode ser mudado quanto à questão de lixo e poluição.

3. DINÂMICAS

A primeira dinâmica apresentada aqui será a gincana ecológica.

O Objetivo da gincana ecológica é agrupar alunos de 5° e 6° ano durante um mês, onde será necessário que esses alunos possam juntar os seguintes materiais: Tampinhas de plástico em geral, filtro de papel para café usados, e papéis usados. Para 7° e 8° ano os materiais pedidos além das tampinhas nas duas primeiras semanas do mês serão: Pilhas, lâmpadas fluorescentes, e olho de cozinha.

É importante ressaltar que cada material possui pontuação, como será mostrada na tabela a baixo:

TABELA 1. DE PONTUAÇÃO DA GINCANA ECOLÓGICA PARA 5° E 6° ANO.

M

A

T

E

R

I

A

I

S

PONTUAÇÃO

Tampinhas plásticas

Embalagens Tetrapak

Filtros de café

Papel

Um ponto para cada tampinha

Um ponto para cada embalagem

Um

ponto para cada filtro de café

Dez pontos para cada caixa de sapato cheia

Tabela 2 – Pontuação dos materiais pedidos na

gincana ecológica, para as 7ª e 8ª séries

M

A

T

E

R

I

A

I

S

PONTUAÇÃO

Tampinhas plásticas

Pilhas e lâmpadas fluorescentes

Óleo de cozinha

Um ponto para cada tampinha

Um ponto para cada pilha e dez pontos para cada lâmpada

Dez pontos para cada litro de óleo

3.1 OFICINA PARA OS ALUNOS

Depois de obter todos os materiais necessários através da gincana com os alunos, a idéia é de montar uma oficina onde pode trabalhar o artesanato.

As atividades que foram feitas nas oficinas foram:

Caixas de presentes

Molduras de quadro com filtro de café

Bonecos de tampinha com refrigerante

Sabão com óleo de cozinha

Parte desses trabalhos feitos podem ser utilizados depois na sala de aula pelos alunos e professores como material didático, como por exemplo: os bonecos para os alunos na parte de educação infantil.

4. CONCLUSÃO

Existe um grande problema que está sendo enfrentada na humanidade, de trazer melhorias para se viver no mundo, principalmente a questão ambiental, onde afeta todos, em todas as classes sociais sem distinção nenhuma.

A busca de interagir do homem e a natureza não é recente, e como foi citada no começo do projeto, necessitamos trocar as nossas lentes, precisamos buscar soluções, e

começar a transferir todo o conhecimento possível para as próximas gerações.

O trabalhar lúdico, dentro ou fora da sala de aula, facilita essa interação, pois, sabemos que precisamos do convívio social, do interagir, entendemos de suas respectivas importâncias, principalmente intelectual para que saibamos lidar com os problemas que vem sendo enfrentados no mundo atual.

Portanto, existem sim maneiras fáceis, divertidas, e coerentes para se realizar um projeto, dinâmicas ou jogos; e sua suma importância na educação, como um todo, e um desenvolvimento social e intelectual do individuo.

REFERÊNCIAS.

SATO, M.; MEDEIROS, H. (Coords.) Revista brasileira de educação ambiental.

Rede Brasileira de Educação Ambiental. (nov.2004). Brasília: Rede Brasileira

de Educação Ambiental, 2004. Disponível em: , Acesso em: 15 julho 2008

OLIVEIRA, Maria Ângela Calderari. Intervenção Psicopedagógica na escola. Curitiba: IESDE, 2004

ABNT 10.004 DE 2004

HENARES, Érica Lopes. Educação ambiental e resíduos sólidos: a ação da COOPERLIX

em Presidente Prudente-SP. 2006. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.

TRISTÃO, Martha. A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. São Paulo: Annablume, 2004.

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