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SERVIÇO SOCIAL E RELIGIÃO: INFLUÊNCIA RELIGIOSA NO EXECÍCIO PROFISSIONAL DE ASSISTENTES SOCIAIS EM MOSSORÓ/RN

Por:   •  30/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  879 Palavras (4 Páginas)  •  907 Visualizações

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SERVIÇO SOCIAL E RELIGIÃO: INFLUÊNCIA RELIGIOSA NO EXECÍCIO PROFISSIONAL DE ASSISTENTES SOCIAIS EM MOSSORÓ/RN

O Serviço Social ao longo de sua história se afirma como uma profissão laica, ou seja, assume a laicidade para orientar seu exercício profissional. Isso significa dizer que as fundamentações e os princípios religiosos não podem influir no exercício profissional, visto que, defendem a liberdade de direitos igualitários aos indivíduos de crença, descrença e religião.

Segundo a constituição Federal de 1988 em seu artigo 19 e inciso I afirma que “é vedada as relações de dependência ou aliança do Estado com qualquer religião”( art. 19, Constituição Federal de 1988) , deixando claro que, pelo menos no papel, o Brasil assume a defesa do Estado laico,isto é, não adota nenhuma religião como sendo oficial, mas permitindo a ampla liberdade religiosa. No entanto, não é bem isso que acontece na prática, pois constatamos uma infinidade de feriados religiosos, inclusive da Igreja Católica, como também a presença de imagens de santos católicos em diversas instituições públicas, fortalecendo assim a percepção e condutas de defesa de uma única religião.

Ainda na Constituição Federal de 1988, observamos no artigo 5 e inciso VIII que não se pode privar nenhum indivíduo de seus direitos por razões religiosas; não se pode usar a religião, crença ou descrença como razão de descumprimento da lei ou extinção de punibilidade.

Desde sua gênese, o Serviço Social está intimamente ligado a Igreja Católica. A profissão surge diretamente vinculada ao desenvolvimento capitalista, tendo marcas da opressão, alienação, exploração e desigualdades resultantes desse sistema.

Com a evolução do capitalismo, os antagonismos entre as classes sociais que se formam nesse contexto – proletariado e burguesia – marcadas pelos conflitos produzidos pela contradição capital e trabalho se acentuam, agudizando as expressões da questão social. Inicialmente a questão social é vista como problema do indivíduo e não sendo reconhecida como fruto das relações do trabalho no modo de produção capitalista, e é ai, que o Serviço Social surge como forma de enfrentamento da questão social, ligada a iniciativa da Igreja Católica, assumindo um caráter caritativo, filantrópico e assistencialista, tendo por base filosófica o Neotomismo e suas práticas orientadas inicialmente pela influência conservadora da moral religiosa como também inspiradas teoricamente em traços do Positivismo e Funcionalismo. Na verdade, o Serviço Social emerge quando o trabalhador é reconhecido como mercadoria, coisa pública, como resposta à questão social e com a ilusão de servir, a fim de apaziguar conflitos de classes e tratar o indivíduo, pois as expressões da questão social eram tratadas como ações morais, como forma de tratar e encaixar o ser humano à sociedade vigente.

Vale ressaltar também as contribuições de Mary Richmond e o Serviço Social de Caso, método influenciado pela Medicina, Psicologia e Sociologia com viés funcionalista que propunha mudar a personalidade do indivíduo a fim de ajustá-lo à sociedade, reforçando a noção de ajuste social.

À medida que as ideias socialistas e comunistas se expandem, a Igreja começa a perceber que está perdendo seus domínios e que o indivíduo começa a buscar na razão o que antes era explicado pela religião, como  conformasse de que quem nasce pobre morrerá pobre porque Deus assim quis, assim como quem é rico permanecerá rico. Temendo perder mais espaço, a Igreja intervém com a publicação de documentos – as encíclicas papais – que guiarão a conduta dos indivíduos, no caso principalmente a classe trabalhadora. As encíclicas eram uma espécie de manuais  que, afirmando serem em prol do trabalhador que eram explorados por seus patrões, mas que na verdade, favoreceria a própria Igreja e claro, defender os interesses do grande capital, pois a mesma não queria perder seus domínios. As encíclicas Rerum Novarum e a Quadragésimo anno, entre outras coisas apresentavam o comportamento do trabalhador em relação ao seu patrão, exigindo respeito sem prejudicá-lo,defendia o direito a propriedade privada e o papel do Estado como regulamentador dos direitos, além de induzir os trabalhadores a não se unirem para reivindicar seus direitos por meio de greves.

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