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Sistema De Irrigaçao

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Por:   •  11/6/2014  •  1.811 Palavras (8 Páginas)  •  311 Visualizações

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Sistema de Irrigação

É um conjunto de técnicas que visa distribuir agua para as plantas em quantidades adequadas para promover um desenvolvimento vegetal adequado, com o mínimo de perdas.

Os principais sistemas de irrigação são: por superfície, por aspersão e localizada.

A irrigação por superfície compreende os sistemas de irrigação nos quais a condução da água no sistema de distribuição (canais ou tubulações) até qualquer ponto de infiltração, dentro da parcela a ser irrigada, é feita diretamente sobre a superfície do solo. Durante o processo de infiltração, a água pode ser acumulada sobre a superfície do solo, acumulada e movimentada sobre a superfície ou somente movimentada sobre a superfície do solo. Os principais tipos de irrigação por superfície são:

-Irrigação por sulco – sistema de irrigação que se adapta à maioria das culturas, principalmente as culturas em fileiras. Consiste na condução da água por pequenos canais situados paralelos as fileiras das plantas. A água infiltra na direção lateral e vertical, ao mesmo tempo em que é conduzida para as partes baixas. Somente uma parte da superfície do solo é coberta com água, em geral 20 a 60%.

A área molhada por sulcos depende do tipo de solo, da vazão aplicada, da declividade do sulco e do tempo de irrigação. Conforme a topografia do terreno, a porcentagem de área molhada por planta pode ser duplicada após um ano de idade, abrindo-se um sulco de cada lado da fileira de plantas. Nos solos tipo latossolo, pode-se ainda abrir um segmento de sulco obliquo aos sulcos principais, no sentido de aumentar o volume de solo molhado por planta. Trata-se de um sistema de irrigação que pode adaptar-se bem à exploração de culturas frutíferas em solos argilosos.

-Irrigação por inundação – é o sistema de irrigação mais simples usado no mundo. É o principal sistema usado na cultura de arroz e com manejo intermitente pode ser usado em culturas como: algodão, feijão, cebola, frutíferas, milho, aveia e forrageiras. Não deve ser usado em culturas sensíveis à saturação do solo na zona radicular ou em solos que formam crosta dura na superfície, quando saturado. Consiste na aplicação de água por meio de bacias ou tabuleiros (áreas quase planas, de tamanho variado, limitadas por diques ou faixas).

O sistema de irrigação por inundação é usado onde a água é barata e abundante, é caracterizado pela necessidade de nivelamento da área e a aplicação de água em alto volume, devido a sua baixa eficiência.

A irrigação por aspersão é o sistema de irrigação, no qual a água sob a forma de gotas é distribuída sobre a superfície do solo, assemelhando-se a chuva. A formação de gotas é conseguida pela passagem do fluxo de água sob pressão por meio de aspersores de modelos e características variáveis. A pressão necessária para o fracionamento de água é obtida com a utilização de conjuntos motobombas que acionam todo o sistema.

Este sistema de irrigação pode ser empregado em quase todos os tipos de culturas, e em quase todos os tipos de solos, devido a diversidade na capacidade de descarga dos aspersores, sendo mais indicada para solos com alta permeabilidade e baixa capacidade de retenção de água, por exigirem irrigações freqüentes e aplicações com menor quantidade de água. A flexibilidade do equipamento torna-o viável em, praticamente, todas as condições topográficas, sem a necessidade de sistematização cara e discutível para solos rasos. Os componentes principais de um sistema de aspersão são:

-ASPERSORES – são os responsáveis por lançar o jato de água no ar, fracionado em gotas, que cairão sobre o terreno em forma de chuva. Podem ser de giro completo ou do tipo setorial, usado em áreas periféricas do campo ou sob condições especiais.

Quanto ao ângulo de inclinação do jato com a horizontal, podem ter uma inclinação de 20 a 30°. Normalmente são caracterizados pelo diâmetro de seus bocais. Para cada combinação de pressão e diâmetro de bocais, obtemos vazões por aspersor, diâmetro e intensidade de precipitação diferentes;

-TUBULAÇÕES – a condução d ‘água na motobomba até os aspersores é efetuada por meio das tubulações de diversos tipos de materiais, tais como: aço, cimento amianto, aço zincado, alumínio e PVC rígido. Em geral, tem um comprimento padrão de 6 metros; o peso, a pressão de serviço e a espessura da parede variam com o material de que são constituídos.

O conjunto de tubulações constitui-se da linha principal e das linhas laterais. A principal conduz água da motobomba até as linhas laterais e normalmente são fixas. As laterais conduzem água das principais até os aspersores, ou seja, são as linhas nas quais estão instaladas os aspersores; nestas linhas deve-se usar tubulações leves com engates rápidos;

-CONJUNTO MOTOBOMBA – é de fundamental importância no sistema. A bomba normalmente utilizada é do tipo centrifuga de eixo horizontal. Quando se usa água subterrânea, utiliza-se a bomba do tipo turbina para poços profundos. Os motores são elétricos, a diesel ou outros combustíveis;

-ACESSÓRIOS – os acessórios mais comuns usados no sistema de irrigação por aspersão são: tubos de subida, acoplamentos, registros, válvulas, curvas, reduções, braçadeiras, cotovelos ou derivações, etc.

No sistema de irrigação localizada, a água é aplicada ao solo, diretamente sobre a região radicular, com pequenas vazões, mas com alta freqüência, de modo a manter a umidade do solo, na camada radicular, ao nível da capacidade de campo ou próximo dele. A este volume de solo umedecido chamamos de bulbo úmido, que varia com o tipo de solo: solos arenosos o bulbo é de menor diâmetro; em solos argilosos o bulbo é de maior diâmetro.

Basicamente são três os métodos de irrigação localizada: a irrigação por gotejamento, por microaspersao e por difusor. Este sistema oferece um grande potencial de benefícios, principalmente, se pretendido um manejo racional da lavoura aonde se aplica a água nas quantidades e épocas adequadas, podendo-se adicionar fertilizantes nas épocas e quantidades que as culturas realmente exigem.

-irrigação por gotejamento- sistema mais usado nesse tipo de irrigação que é utilizado principalmente para plantações de grande espaçamento. Suas funções consistem basicamente em dissipar a água por meio de orifícios e os emissores dissipam a água de forma constante independente do seu nível de pressão.

-microaspersao- nesse sistema os microaspersores emitem a água através de borrifo. Assim como o de gotejamento não molha toda a superfície do solo e é adequado a pomares. É um sistema com custo alto. Um grande impasse para esse tipo de irrigação é o entupimento das saídas ou dos ductos que, assim como no gotejamento, torna a distribuição da água incoerente e prejudica o desenvolvimento das plantas. A manutenção também é cara e uma alternativa para a microaspersao e o gotejamento seria de antes da distribuição de água pelos ductos de irrigação que houvesse uma filtração dessa água afim de diminuir a taxa de entupimento.

A escolha do sistema de irrigação a ser usada deve ser baseada na viabilidade técnica, econômica e social. De uma maneira geral, os sistemas de irrigação por superfície são os de menor custo de investimentos, os de aspersão de custo médio e a localizada de maior custo por unidade de área.

Para essa escolha, devem ser considerados os seguintes pontos:

-Uniformidade da superfície do solo: Terrenos com declividade acentuada limitam o uso da irrigação por superfície, permitindo a irrigação por aspersão ou localizada (gotejamento ou microaspersão);

-Tipo de solo: Em solos com baixa capacidade de retenção de água, os sistemas de irrigação por aspersão e localizada tem um manejo mais fácil que o sistema por superfície.

Solos com alta capacidade de infiltração permitem maiores intensidades de aplicação com a conseqüente diminuição do tempo de irrigação por posição, ou seja os sistemas por superfície são restritos, pois ocorrem grandes perdas por percolação.

A desuniformidade nas características do solo dificultam bastante o projeto e o manejo de um sistema de irrigação por superfície, ao contrário dos demais;

-Quantidade e qualidade da água: A quantidade, a qualidade e o custo da água também influem na escolha do sistema de irrigação. Quanto mais elevado o seu custo ou mais limitada a sua quantidade, maior eficiência no seu uso é exigida.

As irrigações localizadas proporcionam melhores eficiências e os sistemas de superfície as mais baixas. Água com muitas partículas sólidas em suspensão tem uso limitado na aspersão e localizada, (a ultima principalmente), requerendo filtros eficientes e caros. O cloreto de sódio, quando presente em concentrações mais elevadas na água de irrigação, torna desaconselhável o sistema de aspersão por problemas de corrosão nas tubulações e queima da parte aérea dos vegetais;

-Clima: Em regiões com grandes incidência de ventos (velocidade maiores que 4 m/s) não é recomendado a irrigação por aspersão, pois ocorrera muita perda de água por deriva com alteração do perfil e desuniformidade na distribuição.

Em condições com baixa umidade relativa do ar e alta temperatura, esse sistema também se apresenta pouco indicado, devido às grandes perdas por evaporação;

-Cultura: Deve-se estudar as características da cultura, área e o manejo do equipamento para a escolha do sistema de irrigação que melhor se adapte, pois não há um sistema de irrigação mais eficiente, mas sim aquele que melhor se adapta sob essas condições.

De modo geral, para culturas que exigem irrigações freqüentes, melhores resultados são obtidos através de irrigação por aspersão ou localizada, enquanto que para culturas que se desenvolvem bem em solos saturados, a irrigação por inundação é de mais fácil manejo;

-Manejo da irrigação: Em termos de operação no campo os sistemas de aspersão e localizada apresentam-se mais simplificados devido à maior automatização e eficiência, decorrentes do menor grau de interferência do irrigante. Por outro lado, os cuidados de reparo e manutenção dos equipamentos são maiores nesses casos.

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