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Sociedade escravista

Por:   •  14/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  459 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL – FSSO

FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO BRASIL

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ÉRICA BEZERRA DA ROCHA

EXERCÍCIO DE FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO BRASIL: A SOCIEDADE ESCRAVISTA NO BRASIL.

MACEIÓ

2014

A Sociedade Escravista no Brasil

  1. Como é que se desenvolveu a acumulação primitiva (ou originária) de capital na era colonial, na era de transição neocolonial e na era de emergência e expansão de um capitalismo dependente?

Durante a Era Colonial temos uma acumulação primitiva que se desenvolve através do controle direto da Coroa e pelos efeitos do antigo sistema colonial na organização do espaço ecológico, econômico e social, temos um senhor de escravo subordinado à acumulação mercantil onde o excedente econômico produzido não servia apenas ao senhor e sim a uma rede que beneficiava também a Coroa e os demais negociantes e temos aí uma acumulação originária externalizada.

Já no que diz respeito à Era Neocolonial que se inicia com a chegada da família imperial e a abertura dos portos e a Independência, temos uma escravidão que mantém seu caráter mercantil que está se desvencilhando da “cadeia colonial ”  e agora o único beneficiário da rotação histórica passar a ser o setor senhorial e a expansão da plantação vem para mostra a magnitude dessa  diferença econômica na vida do senhor que agora pode “dispor livremente” do produto da força do trabalho escravo, temos também o aparecimento de um mercado moderno que favorece a internalização dos negócios negreiros e seu impacto sobre a acumulação de capital agora dentro do país.

Chegando então na Era da emergência e expansão de um capitalismo dependente, que tem seu nascimento no crescimento e consolidação do “setor novo da economia”, que se configura primeiro como uma economia urbano-comercial com funções satelizadoras em relação ao campo e, em seguida, se reorganiza, transfigura e redefine como uma economia urbano-industrial, com funções integrativas de escala nacional e tendências metropolitanas, era que vai da sexta década do século XIX aos nossos dias, chega-se a uma crise da escravidão, porém, a mesma não exclui o fato de que só se chegou até aqui graças à escravidão mercantil que ainda gera um excedente econômico proveniente do trabalho escravo nas plantações e agora a escravidão mercantil exerce influencias construtivas que não existiam nas eras anteriores por não ter o meio capitalista consolidado que se tinha nesse momento, o objetivo era então colocar a acumulação de capital gerada pela escravidão a serviço da revolução burguesa.

  1. Por que a escravidão colonial e mercantil no Brasil não pode ser entendida como negocio “privado” em sentido estrito?

A escravidão colonial e mercantil no Brasil não pode ser entendida como negócio “privado” em sentido estrito porque embora o escravo fosse uma propriedade do senhor o excedente econômico vindo do trabalho escravo não era desfrutado apenas pelo senhor, mas, sim por um circuito onde a Coroa extraía sua parte por um sistema de extorsão de associação, concessões e tributos, a Metrópole também extraía sua parte em seu cenário comercial e financeiro onde se desenvolviam os negócios e a parte substancial ficava com os núcleos estrangeiros que mesmo que indiretamente e distantes manipulavam a mercantilização dos produtos coloniais, logo a escravidão colonial devia produzir e reproduzir um butim a ser compartilhado pelo senhor, pela Coroa e seus funcionários, pelos negociantes metrolopolitanos e ultramatropolianos.

  1. Qual é a particularidade do Estado no Brasil na era colonial, na era de transição neocolonial e na era de emergência e expansão do capitalismo dependente?

Na Era Colonial temos um Estado Nacional, voltado aos interesses da Coroa e que beneficiava uma economia externalizada que prendia e subordinava Colônia à subordinação colonial metropolitana. Já na Era de transição neocolonial onde temos a emancipação nacional, e onde a ordem senhorial escravocrata é reintegrada no Império, temos a conversão do Estado nacional em um Estado senhorial, ou seja, escravista que vem trazer uma revolução política de profundas consequências econômicas que elimina o controle direto e a mediação econômica da Metrópole e a apropriação do produto do trabalho escravo era agora determinada a partir de dentro e voltada aos interesses coletivos da aristocracia agrária.

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