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Teoria De Gestao De Carteiras

Trabalho Escolar: Teoria De Gestao De Carteiras. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/10/2014  •  3.448 Palavras (14 Páginas)  •  735 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A complexidade do mercado accionário exige, actualmente, um elevado grau de profissionalização do gestor financeiro, o qual deve buscar estratégias financeiras para a minimização do risco e maximização do retorno do investidor, conseguindo actuar tanto nos períodos de alta quanto de baixa das Bolsas de Valores.

Uma das alternativas para a escolha de activos que poderão compor uma carteira são os modelos financeiros teóricos, utilizados para a formação e gestão de carteiras de investimentos. Entre os modelos que se podem citar estão: o modelo de Gestão de Carteiras de Markowitz (1952), o modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model) de Sharpe (1964), Lintner (1965) e Black (1972).

Estes modelos estão sendo utilizados pelos gestores financeiros em todo mundo como suporte na tomada de decisão de investimentos, de forma a racionalizar os seus investimentos e qualificar a gestão dos seus activos.

As teorias sobre estrutura de capital sugerem diversas variáveis como determinantes das decisões de financiamento das empresas. Os gestores financeiros, ao se depararem com oportunidades de investimento que possam maximizar o valor da sua empresa precisam escolher entre a utilização de capital próprio e capital de terceiro.

Outro factor importante a levar em consideracao é a politica de dividendos, pois ocupa um lugar central entre as politicas de investimento e de financiamento tendo em vista a geração de novas alternativas de investimentos que satisfaçam o perfil de cada investidor

2. MODELOS FINANCEIROS DE AVALIAÇÃO DE ACTIVOS

2.1 Teoria de Gestão de Carteiras

A Teoria de Carteira foi desenvolvida por Harry Markowitz (Markowitz, 1952). Secundado por Pinheiro (2002, p. 84), esta teoria se baseia nas seguintes hipóteses:

 Os investidores actuam de acordo com as previsões de rentabilidade/risco de cada aplicação, assim como, de suas correlações e covariâncias;

 Todos os investidores se situam logicamente em fronteiras eficientes;

 Qualquer investidor pode emprestar ou pedir emprestado qualquer tipo de activo sem limite algum e expostos ainda a uma mesma taxa de juro.

O risco de uma carteira de investimentos, para Pinheiro (2002, p. 87), pode ser definido em função de três factores:

 Proporção, ponderação, peso de cada valor na carteira;

 A variância de cada activo;

 A covariância e o coeficiente de correlação entre cada par de activos.

Corroborando com este pensamento, Sharpe (1963, p. 02) comenta que “deve haver uma carteira de acções que maximize o retorno esperado e minimize a variância, e esta deve ser a carteira recomendada para um investidor”.

2.2 O Modelo CAPM

Este modelo, Segundo Vieito J. e Maquieira C. (2010, p. 201) “ foi desenvolvido por Sharpe (1964), Lintner (1965) e Mossin (1966) num contexto de mercado de capitais perfeito e num mundo com dois periodos” Os principais pressupostos do modelo são:

 Não existem custos de transacção;

 Os activos são infinitamente divisiveis e os investidores podem tornar qualquer posição em termos de investimentos, dependendo apenas da sua riqueza pessoal;

 Os individuos não podem afectar o valor das acções no Mercado através do volume de ordens de compra ou venda que efectuam no mercado (existe concorrência perfeita);

 Os investidores tomam decisões apenas com base nos valores esperados e no desvio-padrão dos retornos das suas carteiras;

 São permitidas operações de short selling sem limites;

 Os individuos podem pedir emprestado, e emprestar, sem limites, à taxa de juro sem risco;

 Existe uma homogeneidade de expectativas entre os investidores, já que se espera que estejam todos preocupados apenas com as médias e variâncias dos retornos dos activos da carteira;

 Pressupõe se que todos os activos são vendáveis no mercado;

 Existem N activos com risco e um activo isento de risco na economia;

 Os investidores tem preferencia quadráticas, com diferentes graus de aversão ao risco e diferentes niveis de riqueza.

Neste sentido, o CAPM surgiu com o objetivo de ampliar a análise proporcionada por Markowitz (1952 e 1959) sobre a relação risco e retorno dos investidores, utilizando, para isso, o conceito e a medição do risco sistemático. Enquanto que a teoria de carteiras se concentra na diversificação de activos para a redução do risco, o CAPM visa identificar o risco global do mercado e ainda o risco individual de cada activo em relação ao risco total do mercado.

A principal contribuição do modelo CAPM pode ser expressa pela fórmula , a qual dá origem a Reta de Segurança de Mercado (Security Market Line – SML).

Rj - Rf = α + βi * [ Rm – Rf]

Onde:

Rj = rentabilidade esperada do ativo;

Rf = taxa livre de risco;

Rm = rentabilidade média do mercado;

α = parâmetro linear da reta de regressão (aporte inicial ao modelo);

βi = medida de risco de um título relacionado ao mercado.

“Para Assaf Neto (2001, p. 294) o alfa indica o retorno esperado em excesso de um activo na hipótese do retorno em excesso da carteira de mercado ser nulo”, isto é, indica o prêmio pelo risco oferecido pelo activo.

Com relação ao coeficiente Beta, ele é a principal contribuição para a teoria financeira do modelo CAPM. O “β” expressa o risco sistemático de um activo em relação ao mercado, admitindo que uma carteira possa conter unicamente o risco sistemático, sendo este risco compreendido por um beta igual a “1”. O beta de uma carteira pode apresentar três diferentes configurações:

1) β = 1, indica que o risco da acção é igual ao risco sistemático

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