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Tratamento De Esgoto

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Por:   •  16/8/2014  •  3.452 Palavras (14 Páginas)  •  282 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Com o crescimento populacional e o aumento nas atividades industriais, o problema ambiental tem se tornado cada vez mais acentuado. Assim é necessária a aplicação de recursos que ajudem a reduzir os impactos ambientais causados por agentes poluidores de forma mais rápida.

O tratamento dos esgotos tem como principal objetivo remover as impurezas físicas, químicas, biológicas, e os organismos patogênicos, reduzindo as substâncias químicas indesejáveis.

As tecnologias aeróbias e anaeróbias são adotadas como métodos eficientes de tratamento de efluentes domésticos e industriais, os quais fazem a degradação da matéria orgânica em grande quantidade de forma mais rápida que o processo normal de depuração da natureza.

O tratamento de efluentes biologicamente via anaeróbica (sem oxigênio molecular) gera como subprodutos o lodo, o efluente tratado e o biogás. O efluente tratado pode ser utilizado como recurso para irrigação ou reutilização em processos industriais que não necessite de água potável. O lodo é o resultado da remoção da concentração da matéria orgânica contida no esgoto, e apresenta nitrogênio, fósforo e micronutrientes, podendo ser utilizado diretamente ao solo, em áreas de reflorestamento e produção de compostos orgânicos. O biogás é a mistura de gases produzidos através do processo de tratamento anaeróbio que tem como constituinte principal o gás metano, o qual pode ser utilizado como fonte de geração de energia elétrica para utilização na própria indústria, reduzindo custos na produção de bens e serviços, além do uso como gás doméstico ou combustível para veículos.

IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS

O meio ambiente constitui hoje um dos temas essenciais da política governamental que busca o estabelecimento de padrões rigorosos com relação à emissão de poluentes industriais, além de se tornar uma das maiores preocupações dos cidadãos. A consciência política e social neste assunto é um fato, os problemas ambientais são inúmeros e das mais variadas ordens, tornando assim uma ameaça a saúde e ao bem-estar social.

A maioria dos problemas relativo aos contaminantes ambientais estão de certa forma associados ao crescente processo de industrialização, sendo estes contaminantes denominados riscos tecnológicos decorrentes das atividades desenvolvidas pelo homem, os quais costumam produzir variadas formas de degradação e poluição, afetando o equilíbrio ecológico, a qualidade de vida e os aspectos econômicos, sociais e políticos (PHILIPPI e PELICIONI, 2005).

Em curso normal a natureza se renova, entretanto, à medida que o processo de acúmulo de poluentes vai aumentando, há também a necessidade de implantar sistemas de gestão ambiental a fim de controlar e minimizar a contaminação por poluentes gerados tanto na indústria como da população em geral. O tratamento por processos químicos, físicos e biológicos dos resíduos são alternativas eficazes para reduzir o volume de poluentes tornando mais fácil a dispersão e a degradação dos resíduos no meio ambiente e, dentro de um caráter preventivo evitar a contaminação da atmosfera (BRILHANTE e CALDAS, 1999).

Para Andreoli (2001), uma das finalidades do tratamento de esgoto doméstico e industrial é a remoção do material orgânico, o qual geralmente é feito por processos biológicos. Neste sistema de tratamento, normalmente as bactérias são responsáveis pela degradação ou estabilização da matéria orgânica, sendo na sua maioria, heterotróficas, ou seja, que usam o material orgânico como fonte material e como fonte de energia.

A produção de esgotos vem aumentando a cada dia, colocando em risco pelos seus contaminantes, o homem, animais e plantas. Os esgotos muitas vezes são lançados nos chamados corpos receptores como córregos, rios, lagos e represas sem qualquer tipo de tratamento. O sistema natural já não é mais suficiente, em relação aos aspectos de diluição dos esgotos, necessitando de alternativas para ajudar a controlar a poluição gerada (TACHIZAWA, 2005).

Com a implantação de medidas de tratamento, é possível garantir melhores condições de saúde para a população, evitando a contaminação e a proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação do meio ambiente.

Questão Legislativa

A legislação ambiental, juntamente com as instituições ambientais e as atividades de controle da contaminação realizadas por estas em todos os níveis, limitam a liberdade das empresas em contaminar. O Estado utiliza a legislação como instrumento legal para proteger a saúde das pessoas e o bem comum, representado pelo meio ambiente natural (DIAS, 2007).

Para Reis (1995), a norma BS 7750 trata de requisitos para o desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental para garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais.

Se, por um lado a legislação ambiental brasileira é bastante ampla e adequada à preservação, conservação e proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, por outro, sua aplicação também depende da capacidade das instituições comprometidas com o planejamento e a implantação de projetos de desenvolvimento e com a conservação ambiental (TACHIZAWA, 2005).

A Lei de Crimes Ambientais nº 9.605 de fevereiro de 1998 , discorre sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Em seu artigo 54, parágrafo 2º, inciso V, penaliza o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. No parágrafo 3º do mesmo artigo, a lei penaliza quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreparável.

O Quadro 01 estabelece padrões de lançamento de efluentes tratados conforme a resolução Conama 357/2005, como segue:

Parâmetro Valor (mg/L)

DBO 50

DQO 125

Toxicidade FT para Daphnia magna 8 (12,5%)

FT para Vibrio fischeri 8 (12,5%)

Óleos e graxas 50

Quadro 01 - Condições e padrões de lançamento de efluentes

Fonte: Resolução Conama 357 (2005)

A Resolução Conama 237/1997 estabelece

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