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VIOLÊNCIA CONTRA NEGROS: GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA

Por:   •  19/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.327 Palavras (22 Páginas)  •  242 Visualizações

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Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – ICSA

VIOLÊNCIA CONTRA NEGROS: GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA

Camila Martins, Emile Gracielle, Marlon Oliveira, Nayara Lorrayne, Nayara Mendes, Vitoria Nogueira

Mariana

Junho/2019

Camila Martins, Emile Gracielle, Marlon Oliveira, Nayara Lorrayne, Nayara Mendes, Vitoria Nogueira

VIOLÊNCIA CONTRA NEGROS: GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto, a professora Cristiane Anny, para obtenção de nota parcial para a disciplina de Introdução a História do Brasil.

Mariana

Junho/2019

Resumo

Na parte histórica brasileira, a população negra foi deixada às margens da sociedade, consequência dos 388 anos de escravização e também do racismo institucional, essa população é sujeita a todo tipo de violência e segregação social. A partir deste trabalho, pretendemos fazer um recorte em na história do Brasil desde a época da escravização até os dias de hoje, mostrando as teorias racialistas, racismo institucional, exclusão social e violência, sobretudo aquela que atinge e tem provocado o genocídio da juventude negra. As pesquisas nos mostraram que os principais fatores que contribuem com essa violência atual são a criminalização da pobreza e o racismo institucional e que estes não são fatores recentes e sim uma realidade constante em um país que carrega a herança da segregação racial em virtude dos quase 388 anos de escravidão.

Palavras-chave: Negro, Genocídio, Violência.

SÚMARIO

⦁ INTRODUÇÃO

O genocídio da juventude negra no Brasil é um fato social recorrente, ainda que a mídia e o Estado pelos seus meios de divulgação, tente omitir. Podemos dizer que esta situação é uma das consequências de uma sociedade construída sobre 388 de escravização de um povo e sobre a ideais de embranquecimento, que ficaram ainda mais fortes nos momento de pós abolição, em que eram usados teorias racialistas para justificar o extermínio da população negra.

Estudos atuais, como o Mapa da Violência de 2019, que é elaborado desde 1998 com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e o Governo Federal do Brasil, o atlas realiza o levantamento das taxas de mortalidade em regiões brasileiras com número superior a 10.000 habitantes. Essas pesquisas demonstram como a violência permanece atingindo massivamente a população jovem negra.

Esse trabalho tem como objetivo mostrar que o genocídio contra a população negra, tem um contexto histórico, que a essa violência na contemporaneidade uma herança de outras violências cometidas no passado de diversas outras maneiras, através de uma discussão histórica, também como o intuito de contribuir com o debate sobre racismo institucional, violência e criminalização da pobreza, fatores que atingem de forma alarmante e preocupante as populações negras e contribuem com a marginalização destes indivíduos.

No primeiro item do trabalho abordaremos o genocídio da população negra durante a escravização. No item seguinte discutiremos sobre as teorias racialistas durante a Eugenia, como elas contribuíram para a perpetuação do racismo, e de que forma justificam o extermínio das populações negras. Por fim, no último item demonstraremos dados sobre racismo e violência realizada pelo estado, através de agentes de segurança pública e também apresentaremos as ações de grupos militantes negros que denunciam o genocídio que atinge os jovens.

É uma prioridade social e nacional combater a violência contra as populações negras, sobretudo no que se refere aos jovens, que são as maiores vítimas. Os governos devem ser responsabilizados judicialmente por suas ações e omissões. Mecanismos de proteção e reparação devem ser criados, com o objetivo de dar fim ao extermínio da população afrodescendente.

⦁ O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE E POPULAÇÃO NEGRA: 388 ANOS DE ESCRAVIZAÇÃO

A escravidão foi uma instituição que se estabeleceu no Brasil por volta da década de 1530, quando as primeiras medidas efetivas de colonização foram implantadas até então não havia colonização, na fase pré-colonial a economia se baseava apenas em extrativismo vegetal com extração do pau brasil, com mão de obra indígena baseada no escambo(troca) a princípio o brasil não era um plano principal para a burguesia portuguesa ,pois, a extração do pau brasil trazia um lucro baixo e não imediato quando comparado as especiarias asiáticas e produtos africanos como ouro e marfim. Porém, as coisas mudaram um pouco e no final da década de 1520, Portugal via uma dupla necessidade de iniciar a colonização no Brasil. Por um lado, o reino passava por sérios problemas financeiros com a perda do monopólio do comércio das especiarias asiáticas. Por outro lado, a crescente presença estrangeira, notadamente francesa, no nosso litoral, ameaçava a posse portuguesa no novo mundo. Nesse sentido, o governo português enviou ao Brasil em 1530, a primeira expedição colonizadora, sob comando de Martim Afonso de Sousa. Essa expedição visava povoar a terra, defendê-la, organizar sua administração e sistematizar a exploração econômica; enfim, colonizá-la.

2.1. O início

Não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.

Eles

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