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Vidros

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Por:   •  26/9/2013  •  Tese  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  516 Visualizações

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Introdução

Os vidros estão massivamente presentes em nosso cotidiano, seja por meio de embalagens, nas esquadrias e fechamentos de nossas casas, na arte.

No nosso campo de atuação, ou seja, na construção civil, inúmeras são as suas aplicações: podem garantir mais luminosidade, transparência, segurança, acabamento e decoração.

São encontrados no mercado em diversos formatos, composições, tipos e sob as mais variadas formas de produtos, contudo, sua escolha deve ser criteriosa. Na escolha deve-se observar e relacionar os mais diversos pontos como, por exemplo, tipo, funcionamento, dimensões, especificações do fabricante e aplicação a qual se destina, atentando-se sempre às normas técnicas correlatadas e se o fabricante possui certificações da ISO.

Origem do vidro

Fenícios, egípcios, persas, romanos, bizantinos, chineses. São numerosos os povos que disputam o privilégio da descoberta e da fabricação do vidro na antigüidade.

Embora não exista dados precisos, alguns historiadores afirmam que a descoberta do vidro ou cristal, como foi chamado, foi feita pelos fenícios em uma praia do Mediterrâneo, no litoral do Líbano atual, mais de 2000 anos antes da Era Cristã, quando estes improvisaram uma fogueira utilizando blocos de salitre e soda e, algum tempo depois, notaram que do fogo escorria uma substância brilhante que se solidificava imediatamente

Mas, conforme pesquisas arqueológicas, o vidro já era conhecido há pelo menos 4.000 anos antes da Era Cristã como mostram os objetos cerimoniais e adornos encontrados dentro de tumbas de faraós, em pirâmides do Egito.

Ainda na Era Cristã, próximo ao ano 100, as técnicas de fabricação se desenvolveram, quando os sírios inventaram a técnica do vidro soprado desenvolvendo a atividade vidreira, melhorando na qualidade e na diversidade dos produtos, principalmente na fabricação de frascos e garrafas, difundindo essa técnica pelo mediterrâneo, pela Europa ocidental e Oriente.

Com essa difusão da atividade vidreira, diversas províncias e cidades do Império Romano se transformaram em centros de produção e comércio de utensílios domésticos, objetos de decoração, adornos, que eram mais fáceis de fabricar com a técnica do sopro em molde. O uso de vidros nas janelas era restrito as casas patrícias e as igrejas, devido a sua complexidade da produção naquela época

Desenvolvimento

Depois de dominar a técnica do sopro, os Romanos passaram a usar o vidro combinado com o ferro e o chumbo, melhorando sua produção, que agora se destacava com os vasos ornamentais e os mosaicos, que seriam fundamental para a arte dos vitrais.

Durante parte da Idade Média, devido a algumas instabilidades, muitos vidreiros se refugiaram em Constantinopla, onde puderam desenvolver sua arte, que por sua vez tiveram influência helenística e árabe alcançando alto nível na produção de vidros de cor. E a partir do século 13, Veneza torna-se o grande centro vidreiro europeu, mais precisamente na Ilha de Murano, onde produziam vasos, frascos, garrafas, copos, compoteiras, espelhos, lentes e chapas de vidro que eram distribuídas por toda a Europa.

A alto desempenho da produção em Veneza, impulsionou outros centros de produção, que vieram a desenvolver novas técnicas de sopro que possibilitava a fabricação de chapas de vidro, que mesmo ainda sendo imperfeitas por sua ondulação e grande variação na cor, no tamanho e espessura, eram bastante utilizadas nos vitrais das catedrais góticas, dos quais se destacavam, principalmente, França, Alemanha, Bélgica e Boêmia.

Com a Renascença e o princípio da Era Industrial novas pesquisas referentes ao processo produtivo e aos equipamentos são efetuadas para que possa ser desenvolvida a meta do vidro perfeito, que será aplicado principalmente nos acabamentos frascos de perfume e nas folhas dos vidros para espelhos e vidraças.

Nos séculos 17 e 18, foi a vez da França de estar à frente da manufatura européia de vidro, com a criação empresas estatais, como a Manufacture Royale des Glasses de France, além de induzirem a criação de empresas privadas, como a famosa fábrica de Saint-Gobain, que foi quem fez os espelhos do Palácio de Versalhes.

Na sequência, os séculos 19 e 20, são marcados pela troca da manufatura vidreira pela grande indústria do vidro e a fabricação do vidro plano, dando lugar a novos competidores nesse mercado, como Inglaterra, Alemanha e Bélgica e depois os Estados Unidos, que já em 1900 assumem a condição de maior produtor mundial de vidro plano. O ano de 1952, foi marcado pelo desenvolvimento do vidro Float, conhecido como cristal, pela Pilkington na Inglaterra.

Vidro no Brasil

No Brasil, a primeira oficina de vidro foi montada por quatro artesão, que acompanhavam o príncipe Mauricio de Nassau, no período das invasões holandesas entre 1924 e 1935, em Olinda e Recife. A oficina que fabricava copos, jarras, frascos e vidros para janelas, não teve vida longa, pois foi fechada com a saída dos holandeses das terras brasileiras.

Em 1810, o vidro voltou a fazer parte da economia do Brasil, quando o português Francisco Inácio de Siqueira Nobre recebeu autorização do Regente D. João para instalar uma fabrica de vidros em Salvador, BA, que produziria vidros lisos, frascos, garrafões e garrafas. Mas a fabrica não teria tido vida longa, fechando em 1825, atingida pelos conflitos e combates da Independência, muito acesos na Bahia.

Pouco tempo depois, é fundada pelo italiano Folco, a Fábrica Nacional de Vidros São Roque, no Rio de Janeiro, onde 40 operários italianos e brasileiros operavam fornos à candinhos alem dos processos manuais.

Já em 1861, foi realizada pelo governo imperial no Rio de Janeiro a “1ª Exposição Nacional de Produtos Naturais e Industriais” para mostrar aos estrangeiros a variedade de produtos fabricados pela industria vidreira brasileira.

A Fabrica Vidros e Cristais do Brasil, também no Rio de Janeiro, foi fundada em 1882 por Francisco Antonio Esberard, e utilizava cinco fornos entre grandes e pequenos, maquina a vapor e elétrica, para fabricar vidros de embalagem e vidros planos. Cresceu rapidamente e em pouco mais de dez anos de funcionamento, contava com cerca de seiscentos operários. Sua

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