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A ECONOMIA PÓS KEYNES

Por:   •  24/9/2019  •  Ensaio  •  881 Palavras (4 Páginas)  •  225 Visualizações

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  1. A ECONOMIA PÓS KEYNES

A partir da década de 70, a teoria econômica, até então marcada principalmente pela corrente keynesiana, começou a passar por mudanças e questionamentos. Sobretudo em decorrência de crises econômicas que assolavam os países na época, no qual as ideias de Keynes não eram mais capazes de solucionar tais problemas. Três características marcam esse período. Primeiro, existe uma consciência maior das limitações e possibilidades de aplicação da teoria. O segundo ponto diz respeito ao avanço no conteúdo empírico da economia. Finalmente, observamos uma consolidação das contribuições dos períodos anteriores (SHERMAN; HUNT; 1977). O desenvolvimento da informática permitiu um processo de informações em volume e precisão sem precedentes. A teoria econômica passou a ter um conteúdo empírico que lhe conferiu mais aplicação prática. Por um lado isso permitiu um aprimoramento constante da teoria existente; por outro, abre novas frentes teóricas importantes. É nesse período que surgem novas correntes com novas ideias que se opunham as de Keynes tais como: a teoria monetarista, que tem como principal pensador Milton Friedman, considerado como uma oposição às ideias keynesianas. A teoria defendia que o Estado deveria se desviar da Economia deixando o mercado se autorregular.

Surgem também outras escolas com notória importância que foram as dos novos clássicos, cujas ideias são parecidas com as dos monetaristas, e também podemos citar os novos keynesianos, que buscavam uma reformulação das principais ideias de Keynes, com base em conhecimentos teóricos mais sólidos.

Cabe destacar que, apesar das diferenças entre as várias correntes, há consenso quanto aos pontos fundamentais da teoria, uma vez que todas são baseadas no trabalho de Keynes. Além destes, é preciso ressaltar também os institucionalistas, que incluíram o papel das tecnologias e das instituições. Em que muitas instituições sociais e de poder que influenciam na formação dos preços e na alocação de recursos na economia. Assim, o mercado não seria o único a influenciar os preços e as demais variáveis econômicas (PINHO; VASCONCELLOS; GREMAUD, 2003).

  1. O monetarismo

O monetarismo é uma teoria econômica cujo principal percursor é Milton Friedman (1912-2006).  O pensamento monetarista é uma espécie de oposição aos preceitos de Keynes. Essa teoria econômica acredita que é necessário manter a estabilidade de uma economia utilizando-se de ferramentas monetárias, pelo controle da moeda em estoque e outras formas de pagamentos.   O monetarismo se norteia na chamada teoria quantitativa da moeda, buscando elucidações a partir desta teoria para a política monetária mais adequada.  Isto é, a inflação, para os monetaristas, é fruto de um excesso de moeda em circulação.

De acordo com o pensamento monetarista chegou-se há algumas conclusões: que havia uma relação, entre o crescimento da oferta monetária e o aumento da renda nominal, que por ventura levava certo tempo até que o aumento da oferta de moeda afetasse a renda. Para os monetaristas, controlar o estoque de moeda, com o intuito de manter uma oferta monetária estável, era o que permitiria um controle do processo inflacionário, e é claro, levaria as economias ao equilíbrio. Sua ênfase também era em políticas de longo prazo, ao contrário do que pensavam os keynesianos (GREMAUD, 2003; BLANCHFIELD,1987).

A teria monetarista acreditava que o Estado deveria se manter longe da economia e que não deveria interferir nela, pois acreditavam que a economia capitalista se autocontrolava, permitindo assim que as forças econômicas funcionassem. Entretanto essa política de auto regulação e da não interferência do Estado na economia criou problemas sociais, tais como concentração de renda e desigualdades.  Pode-se dizer que algumas medidas dos monetaristas resultaram positivamente nos países centrais, mas de maneira efêmera.

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