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A Histologia é a anatomia microscópica que estuda os tecidos de animais e plantas

Por:   •  19/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  866 Visualizações

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Informação histórica:

Dois cientistas alemães Theodor Schwann e Mathias Shleiden propuseram a teoria celular, a qual afirma que todos os organismos vivos são compostos por unidades de organização similares denominadas células. Em razão dessa observação sobre as células animais normais, Schwann é conhecido como o pai da histologia moderna. Posteriormente o renomado patologista alemão Rodolph Virchow, propôs que a doença se origina nas células e não nos tecidos ou órgãos. Por ter sido o primeiro a usar o microscópio e espécimes histológicos como base para o estudo da patologia, ele é considerado o fundador da citopatologia moderna. Com o avanço nas ciências medicas mais de um século mais tarde, o conhecimento das características das células a microscopia de luz (microscopia optica) e a microscopia eletrônica se torna fundamental para o estudo dos tecidos, diagnostico, o tratamento, o acompanhamento clinico de muitas doenças comuns e raras.

Introdução:

A histologia é a anatomia microscópica que estuda os tecidos de animais e plantas, ela engloba as estruturas microscópicas dos tecidos, células, órgãos e os sistemas de órgãos.

Ela não só estuda as estruturas do corpo, como também estuda suas funções.

O corpo humano está organizado em quatro tecidos básicos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso, que contem células e matriz extracelular associada. A célula é a unidade funcional e estrutural comum em todos os organismos vivos. Existem cerca de 200 diferentes tipos de células, cujo formato e tamanho variam amplamente, mas todas tendo um plano comum de estrutura.

O tecido epitelial apresenta como características: ausência de espaço entre as células, ausência de vascularização e grande capacidade de renovação celular. Sua função principal é proteger o corpo contra a penetração de microrganismos, substâncias químicas e agressões físicas. Ele se encontra recobrindo o corpo externamente (epiderme e córnea) e a superfície interna dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, nariz, pulmão, boca, útero, bexiga, etc. Além disso, ele é o responsável pela formação de glândulas (fígado, pâncreas, glândulas salivares, etc.).

O tecido conjuntivo possui espaço entre as células, é ricamente vascularizado, possui baixa renovação celular e material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares), possui também o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos). Entre suas várias funções, este tecido possui uma importantíssima: unir e separar órgãos ao mesmo tempo. Abaixo de todo tecido epitelial, deve haver, obrigatoriamente, um tecido conjuntivo.

O tecido muscular possui células especializadas para a contração. Sua função é permitir o movimento, realizar a manutenção postural e a produção de calor. Ao contrário dos tecidos citados acima, este não possui renovação celular.

O tecido nervoso é formado por células nervosas (neurônios) e também por células protetoras e de sustentação, chamadas neuroglias. Assim como ocorre no tecido muscular, este é formado por células que não se renovam.

Existem várias etapas desenvolvidas para preparar os tecidos para serem estudados. As etapas envolvidas: fixação, desidratação, diafanização, inclusão, microtomia, montagem e a coloração.

Histologia - Montagem de Lâminas Histológicas

Fixação:

A fixação é o tratamento do tecido com agentes químicos que retardam as alterações do tecido subsequentes a morte, mas também mantem sua arquitetura normal. Os agentes fixadores mais comum utilizados é o formol e o líquido de Bouin.  

A base de uma boa preparação histológica é a fixação que deve ser completa e adequada. Para tanto é preciso tomar algumas precauções que são obrigatórias:

* O material coletado deve ser imerso rapidamente no fixador;

* O volume de fixador deve ser em torno de 30 vezes maior que o volume da peça coletada.

Os principais objetivos da fixação são:

* Inibir ou parar a autólise tecidual;

*Coagular ou endurecer o tecido e tornar difusíveis as substâncias insolúveis;

*Proteger, através do endurecimento, os tecidos moles no manuseio e procedimentos técnicos posteriores;

*Preservar os vários componentes celulares e tissulares;

*Melhorar a diferenciação óptica dos tecidos;

*Facilitar a subsequente coloração.

Desidratação e diafanização:

Como uma grande fração de tecidos é composta por agua, utilizasse uma serie de banhos de álcool em concentração crescente, começando com o álcool a 50 %, aumentando gradualmente a 100 % com a intenção de remover a agua. Após isso os tecidos são tratados com Xileno, um produto químico miscível com a parafina fundida. Este processo é conhecido como diafanização, porque os tecidos se tornam transparentes no xilol.

Inclusão:

A fim de distinguir as células sobrepostas e a matriz extracelular em um tecido, o histologista precisa incluir os tecidos em um meio apropriado (meio de inclusão) e em seguida secciona-la em cortes finos. Para a microscopia optica, o meio de inclusão mais comum é a parafina. O tecido é colocado em um recipiente adequado contendo a parafina fundida até ficar completamente infiltrado. Uma vez impregnado pela parafina, o tecido é colocado em um pequeno recipiente coberto com parafina fundida, deixando ate endurecer, formando um bloco de parafina contendo o tecido.

Microtomia:

Para se obter cortes de material incluído em parafina ou por congelação é necessário um instrumento especial: o micrótomo. Os micrótomos variam de acordo com os fabricantes e tem como fundamento duas peças principais: o suporte ou mandril (onde é fixada a peça a cortar) e a navalha. O suporte é sempre encaixado a um parafuso micrométrico ou a uma  espiral metálica que o faz adiantar segundo seu eixo, em medida conhecida e que pode ser regulada à vontade. Esta medida tem como unidade o micrômetro que corresponde à milésima parte do milímetro. Normalmente um micrótomo faz cortes cuja espessura varia de 1 a 50 micrômetros, mas a espessura mais utilizada em microscopia óptica é de 4 a 6 micrômetros. Há vários tipos de micrótomos: rotativo, tipo Minot, de congelação e o destinado a trabalhos de microscopia eletrônica.

Montagem :

Colagem do Corte à Lâmina

As fitas de cortes de parafina são estiradas cuidadosamente e os cortes individuais são separados por um bisturi. Na superfície de uma lâmina de vidro é feito um ponto de

aderência (normalmente com albumina de ovo) e o corte de parafina é colocado em banho-maria (água morna) de forma que as dobras provocadas pelo corte no tecido desapareçam.

Após o que o corte é “pescado” com a lâmina, preparada com albumina, na qual se adere.

Coloração :

É a técnica tintorial empregada para facilitar o estudo dos tecidos sob microscopia. A coloração é de importância fundamental em histologia, pois os tecidos não tratados têm pouca diferenciação óptica. As colorações de um modo geral se efetuam por processos físico-químicos ou puramente físicos e podem ser consideradas, segundo a modalidade, a ação, o caráter, o grau de ação, o tempo, o número de corantes e a cromatização.Quanto à cromatização, ou seja, de acordo com o número de cores conferidas às estruturas pelas colorações simples ou combinadas, estas tomam a denominação de colorações monocrômicas (uma cor), bicrômicas (duas cores), tricrômicas (três cores) e policrômicas (mais de três cores).Para se corar convenientemente a célula, deve-se recorrer a um método de coloração sucessiva do núcleo e do citoplasma. A combinação mais comum de corantes usada em Histologia e Histopatologia é a Hematoxilina e Eosina (HE). A hematoxilina é um corante natural obtido da casca de pau campeche. Ela não é realmente um corante e deve ser oxidada em hemateína a fim de tornar se um corante. Ademais, o corante que resulta (hematoxilina-hemateína) não tem afinidade para os tecidos. Deve ser usado um mordente, como o alumínio ou o ferro, juntamente com a mistura de hematoxilina antes que ela possa corar os tecidos. A mistura cora em azul-púrpura. A eosina é um corante sintético e produz uma coloração vermelha.Nas células coradas com HE os ácidos nucléicos presentes no núcleo são corados pela hematoxilina, dando ao núcleo um tom azul-púrpura. A eosina é atraída pelos elementos básicos da proteína do citoplasma da célula, corando-o de róseo a vermelho. Os componentes dos tecidos que se coram prontamente com os corantes básicos são chamados basófilos; os elementos básicos da proteína do citoplasma de maneira acidófila. Antes que o corte seja corado, a parafina em que ele foi incluído deve ser removida. O corte, que já foi aderido à lâmina de vidro (pescagem em banho-maria), é banhado no xilol para dissolver a parafina. Devido ao fato de muitos corantes serem solúveis em água, torna-se  necessário remover o xilol do tecido e substituí-lo por água (hidratação). O corte é imerso em uma série de concentrações decrescentes de álcool etílico até que esteja hidratado. Depois que o corte estiver hidratado procede-se à coloração propriamente dita. No caso da HE, o tecido é imerso primeiramente em hematoxilina, lavado com água para retirada de excedente, depois imerso em eosina e, após isto também se faz lavagem do tecido.

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