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A PRÁTICA ANTROPOLÓGICA, O MULTICULTURALISMO E A PRÁTICA ESCOLAR

Por:   •  3/3/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  153 Visualizações

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A PRÁTICA ANTROPOLOGICA, O MULTICULTURALISMO E A PRÁTICA ESCOLAR.

        

        Por volta do século XVIII, a Antropologia adquire a categoria de ciência, partindo das classificações de Carlos Lineu e tendo como objetivo a analise das “raças humanas”.

        No inicio do século XIX Boucher e Perther utilizaram o termo homem pré-histórico para discutir como seria sua vida cotidiana, a partir dos achados arqueológicos. Em 1865, John Lubock reavaliou numerosos dados a creca da Cultura da Idade da Pedra e copilou uma classificação em que enumerava as diferenças culturais entre o Paleolítico e Neolítico.

        No século XX, Franz Boas desenvolve a ideia de que cada cultura tem uma história particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte.

        Segundo Boas cada cultura estaria associada a sua própria história e para compreendê-la seria preciso reconstruir a sua história. Assim surgia o culturalismo também conhecido como “particularismo histórico”.

        Na década de 1980, o debate na antropologia ganhou novas dimensões, muitas críticas, surgiram questionando o método e as concepções antropológicas. No geral os debates privilegiaram algumas ideias: A realidade é sempre interpretada, vista sob uma perspectiva subjetiva, para a antropologia seria uma interpretação de interpretações.

ETINOLOGRAFIA -  É a coleta direta e a mais minuciosa possível, dos fenômenos que se observarmos, por uma impregnação duradoura e continua é um processo que se realiza por aproximações sucessivas.

ETINOLOGIA – Consiste em um primeiro nível de abstração, analisando os materiais colhidos, fazer aparecer a lógica específica da sociedade que estuda.

        A antropologia consiste em um segundo nível de intergibilidade, construir modelos que permitam comparar as sociedades entre si.

        

A ESCOLA E A PLURALIDADE CULTURAL

        A escola é a porta de entrada para todas as relações sociais formadas por diversas instituições como: a igreja, família, meios de comunicação onde fazem parte do ambiente escolar crianças pertencentes  a classes sociais, costumes, aspectos físicos e culturais diferentes que estão em processo de aprendizagem. Começamos a notar a importância que a escola desempenha com relação as questões das muitas culturas, não cabendo a escola perpetuar nenhuma cultura sobre a outra, valorizando-a mais, mas cabe a escola fazer a junção de todas elas, mostrando a necessidade de cada uma, sua importância vem desencadeando o respeito há diversas culturas, que são carregadas de várias formas de vivências, pensamentos e hábitos que são únicos. Mas infelizmente vemos o oposto, cada vez mais se é valorizado uma cultura em relação as demais, gerando uma segregação e fomentando atos de desrespeito e preconceito, onde deveria haver o oposto.

        Menezes coloca “a escola como um espaço de disseminação quanto ao meio eficaz de prevenção de diminuição do preconceito”. A escola dissemina o preconceito quando em seus currículos são aplicados, métodos de ensino, apresentação de imagens, caricaturas negras em cartazes ou livros didáticos através da linguagem não verbal.

        O professor deve ser critico, reflexivo, humano, fazendo questionamentos do que ele vai ensinar aos seus alunos e propor reformas pedagógicas já que ele é o mediador do conhecimento, ouvindo as dificuldades dos seus alunos, incentivar  trabalhos que os levem à pesquisar sua realidade local.

        A visão etnocêntrica coloca sua própria cultura como ponto de comparação com as outras. Por outro lado o relativismo usa o choque cultural para problematizar a questão do certo e errado, tentando entender a diversidade e como ela se manifesta. Esse entendimento trata-se de um enorme desafio, uma vez que o mundo se globaliza, a cultura se mundializa, os mercados se unificam, os grupos se deslocam no tempo e no espaço, em diferentes espaços e latitudes, as particularidades se reafirmam, diferentes povos, grupos, regiões e culturas se reivindicam um lugar próprio e singular.

        O multiculturalismo é a convivência pacífica de várias culturas em um mesmo ambiente. É um fenômeno social diretamente relacionado com a globalização e as sociedades pós-moderna. Ele surgiu com alunos de Ruth Benedict e de Margareth Mead, M.herkovits, R. Redefild e C. Kluckhohn ainda nos anos de 1940, motivada pelo crescente reconhecimento da diversidade social humana exposta em duas guerras mundiais e pelas lutas de libertação dos povos coloniais.

        Não se tratava de um perspectiva crítica em profundidade caberia distinguir a diferença entre os termos multiculturalidade (fato constatável que abrange toda a diversidade humana) e multiculturalismo (abordagem que intenta explicar a multiculturalidade)  e propor formas de intervenção e contexto multicultural.

O relativismo cultural é uma perspectiva da antropologia que vê diferentes culturas de forma livre do etnocentrismo, Também conhecido por culturalismo essa tendência foi idealizada pelo teuto-americano Franz Boas, cuja teoria tem foco na ideia de cultura, como forma de pensar, línguas, mitos, arte. Cada cultura constitui a forma de viver, pensar, se comportar, sentir. Essa corrente fortaleceu-se com Ruth Benedict e Margaret Mead, abordando o relativismo cultural, como forma de respeitar cada cultura, entende-las “por dentro”, desneutralizando os comportamentos e as formas de pensar e sentir, onde a personalidade é culturalmente moldada.

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