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Analisando Dados De Uma Pesquisa Qualitativa

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Por:   •  26/5/2014  •  421 Palavras (2 Páginas)  •  534 Visualizações

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por Luiz Carlos Azenha

Um dado bem ruim da pesquisa Datafolha, apontado pelo Antônio David — para quem acredita em pesquisa.

Em caso de segundo turno, Dilma tem 43% entre os entrevistados de renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, contra 39% de Aécio Neves. Ou seja, empate técnico.

A presidente ainda lidera com 37%, contra 20% do tucano Aécio Neves e 11% de Eduardo Campos, do PSB.

Vai ao encontro do que escrevi recentemente, de que a eleição será decidida justamente por aqueles que ascenderam ao longo dos últimos 11 anos, que são vulneráveis ao discurso da mídia — especialmente da Globo — de que tudo vai muito mal no Brasil e que não encontram serviços públicos adequados às suas pretensões.

Parte deste contingente se juntou à classe média nas manifestações do ano passado, especialmente nas regiões metropolitanas, onde a crise urbana é grave. Eles querem mudança.

A Copa, neste sentido, é o pior legado que o ex-presidente Lula poderia ter deixado à presidente Dilma Rousseff. Este público vê os estádios maravilhosos recém construídos e certamente se pergunta: se é possível fazer isso para o futebol, por que não é feito para as escolas, os hospitais e as creches das quais precisamos — para não falar do transporte público?

Gente próxima do governo Dilma analisou a pesquisa e viu o copo meio cheio e meio vazio. Vazio porque aumentou a chance de segundo turno; cheio porque a presidente teria deixado de cair.

“O efeito simultâneo de queda [de popularidade] nos municípios pequenos e de subida nos grandes é a ‘curva indicadora’ mais clara do movimento de recuperação”, escreveu um deles.

Eu, Azenha, que não sou analista político mas apenas observador curioso, estou certo de que vai haver segundo turno. O eleitorado está bastante volúvel e será muito difícil fazer previsões. Porém, meus contatos com o público, na condição de repórter, me surpreendem. Não é nada científico, mas tenho a impressão de que a oposição avançou muito no convencimento do que poderíamos chamar de classe média baixa de que chegou a hora de trocar de governo.

Noto que pessoas que seriam eleitores em potencial do PT adotaram o mesmo discurso de criminalização do partido que se vê, ouve e lê na mídia corporativa. Dilma é uma figura extremamente distante do cotidiano destas pessoas, que não parecem ter com ela qualquer identidade de classe como tinham com o ex-presidente Lula.

Trocando em miúdos, será uma campanha de reeleição dificílima, com um potencial de crescimento grande inclusive da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, quando e se houver polarização extrema entre Dilma e Aécio Neves.

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