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Pesquisa Qualitativa

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Por:   •  2/4/2014  •  3.718 Palavras (15 Páginas)  •  536 Visualizações

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O uso de entrevista, observação e

videogravação em pesquisa qualitativa

Renata Aparecida Belei

Sandra Regina Gimeniz-Paschoal

Edinalva Neves Nascimento

Patrícia Helena Vivan Ribeiro Matsumoto

Resumo

Trata-se de uma revisão de literatura sobre uso de entrevista, observação e videogravação

(filmagem) na coleta de dados em pesquisa qualitativa, detalhando-se o caminho percorrido na

utilização destas três técnicas. Foram pesquisados artigos com os termos “entrevista”, “filmagem”,

“observação” e “métodos de coleta de dados” disponíveis on line nas bases de dados MEDLINE,

LILACS e BIREME, no período de 1977 a 2005, e acervo bibliográfico. Após análise do material

selecionado, concluiu-se que a utilização destas três técnicas, de forma complementar, pode

nortear o método utilizado pelos pesquisadores na coleta de dados.

Palavras-chave: Pesquisa qualitativa, Entrevista, Observação, Videogravação.

The use of interview, observation and video recording in

qualitative research

Abstract

This paper is a literature review of the use of interviews, observation and video recording (filming) to

collect data for a qualitative research, and gives details about how these three techniques were

applied. We looked for papers with the terms “interview”, “observation”, “filming” and “data collection

methods” available on line in the databases MEDLINE, LILACS and BIREME, from 1977 to 2005,

and in the bibliographical catalog. After having analyzed the material, we concluded that the use of

these three techniques, in a complementary manner, could guide the method researchers use for

data collection.

Key words: Qualitative Research, Interview, Observation, Video recording.

Cadernos de Educação | FaE/PPGE/UFPel | Pelotas [30]: 187 - 199, janeiro/junho 2008

Cadernos de Educação | FaE/PPGE/UFPel

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Introdução

Esse artigo de revisão trata sobre o uso de entrevista,

observação e videogravação (filmagem) em pesquisa qualitativa.

Embora ele não responda todas as questões sobre métodos de coleta de

dados, contribui para o avanço no debate sobre o uso complementar de

estratégias e auxilia no melhor entendimento da realidade estudada.

A maioria das pesquisas em educação ou qualitativas utiliza

apenas palavras e números captados por meio de entrevistas, mas é

questionado se este método deve ser visualizado como a única

possibilidade.

Desde 1990, a pesquisa educacional passou a indagar sobre

temas e aspectos relacionados à cultura visual e educacional, o que

reforçou o impacto do uso de filmes, televisão e anúncios na

transformação do conhecimento (FISCHMAN, 2004).

As imagens passaram a fazer parte da vida cotidiana e

adentraram também na vida acadêmica, modificando a maneira de

ensinar e de aprender. Com as imagens, os fatos e as informações

tornaram-se mais atrativos, tirando-se o foco da palavra escrita, do texto.

O uso de entrevista

Duarte (2004) afirma que, embora não haja obrigatoriedade do

uso de entrevistas em pesquisa qualitativa, ela ainda é muito requisitada.

A sua utilização requer, no entanto, planejamento prévio e

manutenção do componente ético, desde a escolha do participante, do

entrevistador, do local, do modo ou mesmo do momento para sua

realização (BICUDO, 2006).

Pesquisas com uso de entrevista envolvem necessariamente

seres humanos. Desta forma, o projeto precisa ser encaminhado

previamente para análise e parecer de um Comitê de Ética em Pesquisa e

estar de acordo com o roteiro preconizado pelo Ministério da Saúde,

Conselho Nacional de Saúde e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(BRASIL, 1997).

A proposta do trabalho tem que atender as exigências éticas e

científicas, implicando em autonomia, beneficência, não maleficência,

justiça e equidade aos participantes (HOSSNE, 1999, COZBY, 2003).

Orientar os entrevistados sobre o objetivo das informações coletadas, o

direito ao sigilo profissional e a interrupção da entrevista. Somente ao

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término destas orientações e após o livre consentimento e autorização

expressa (FALCÃO; TÉNIES, 2000) é que as entrevistas são iniciadas.

Segundo Manzini (2004) existem três tipos de entrevistas:

estruturada, semi-estruturada e não-estruturada. Entende-se por

entrevista estruturada

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