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Análise da vazão e distribuição de macrófitas aquáticas em transeções longitudinais do rio Curú

Por:   •  17/5/2015  •  Resenha  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  395 Visualizações

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Bianca Vasconcelos; Caroliny Soares Silva; Renata Cândido Carvalho

 

Título: Análise da vazão e distribuição de macrófitas aquáticas em transeções longitudinais do rio Curú.

Título resumido: Relação entre profundidade, vazão e macrófitas aquáticas.   

Resumo: A definição do termo macrófita aquática não é consensual, gerando discussão desde o inicio dos estudos desses organismos. De qualquer forma, essas plantas agrupam-se em comunidades que foram negligenciadas no inicio dos estudos limnológicos, que priorizavam as comunidades planctônicas (ESTEVES, 2011). Contudo, essa visão começou a mudar quando houve um reconhecimento que a maioria dos ecossistemas aquáticos é rasa, logo, a contribuição das macrófitas aquáticas para a estrutura e funcionamento do ecossistema é mais fundamental que a das comunidades fitoplanctônica. Pelo fato de as macrófitas aquáticas constituírem um grupo muito extenso, são geralmente classificadas em 6 morfotipos ecológicos,  no ambiente aquático. Esses morfotipos são: 1) Fixas emergentes ; 2) Fixas com folhas emergentes ; 3) Fixas com folhas flutuantes ; 4) Fixas com folhas subemersas ; 5) Livre abaixo da lâmina d’água ; 6) livre lâmina d’água. Já vazão, seria o volume de água que passa entre dois pontos por um certo período de tempo. Pode ser influenciada por processos bióticos e abióticos, como as estações do ano e a quantidade de sedimentos na coluna d’água. Tem relação estabelecida com a biomassa das macrófitas. Este trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar a distribuição dos morfotipos de macrófitas aquáticas em um ecossistema , assim como o calculo da vazão, a identificação da ordem do rio, todos em relação ao rio Curú, localizado no município de Pentecoste, Ceará, Brasil. Esse município está inserido no bioma caatinga. E é onde está localizado o rio Curú, situado em uma planície aluvial plana. Para a coleta de dados das macrófitas, primeiramente devem-se fazer dois quadrantes com canos de PVC, que tenham de área 1x1. Devem estar localizado um na margem do rio e outros ao longo do canal. Para tal experimento, foram coletados ao todo quatro quadrantes, dois localizados na margem e os outros dois no canal do rio. Com a coleta, é possível identificar, quando possível, nomes as espécies de macrófitas presentes em cada quadrante ou atribuir nomes as espécies desconhecidas. Logo após cada espécie deverá ser contabilizada e classificada quanto ao hábito. Então, as macrófitas deverão ser colocadas em sacos plásticos e separadas de acordo com sua forma de vida para serem pesadas e ser possível identificar sua biomassa. Já para a coleta de dados da vazão do rio Curu foram calculados dados para o possível calculo da vazão, dados como largura, profundidade e velocidade do rio. Quanto à vazão, foi-se definida uma seção do rio de 5 metros, com uma pedra amarrada a um barbante com medições foi aferida a profundidade em cinco intervalos entre a margem do rio e sua largura total. Quanto à largura do rio, foi feito uma média das larguras aferidas das seções que percorreram de uma margem a outra do rio nos 5 metros definidos. Para conclusão da metodologia, deve ser calculada a velocidade do rio, para isso foi usada uma bolinha simples de PVC, a mesma utilizada em jogos de ping-pong, sendo esta colocada na superfície da água e percorrendo a distancia dos 5 metros traçado anteriormente. Do inicio da saída do ponto zero até o ponto final (que estão 5 metros estalecidos) foi medido o tempo que a bola percorreu. Logo após, é possível calcular a vazão do rio de acordo com a fórmula:  D = wdal/t ; D = vazão (m3/s), w = largura média do rio (m), d = profundidade, média do rio (m), a = coeficiente do leito ( rugoso = 0,8 - liso = 0,9), l = distância percorrida pelo objeto, t = tempo percorrido.

Resultados:

Os morfotipos encontrados de macrofitas aquáticas foram variados. No quadrante I, localizado na margem, foram encontrados morfotipos : I – emersa (fixa com folhas flutuantes) ; II – flutuante na lâmina d’água e III – flutuante abaixo da lâmina d’água, com as biomassas respectivamente 350 gramas, 15 gramas e 15 gramas. No quadrante II, também localizado na margem, porém com a diferença de um metro do anterior, foram encontrados os morfotipos: I – flutante (fixa com folhas flutuantes) e II – emersas (fixas com folhas submersas), com as biomassas respectivamente 100 gramas e 290 gramas. No quadrante III, localizado no canal do rio, com distancia de dois metros da margem, foram encontrados os morfotipos: I – flutuante (fixa com folhas flutuantes). Por fim, no quadrante VI, localizado também no canal do rio, mas com distancia de três metros da margem, foram encontrados os morfotipos: I – flutuante (livre na lâmina d’água). De acordo com a tabela a seguir:

Tabela da distribuição de macrófitas aquáticas em quadrantes longitudinais no Rio Curú

 

Emersas

Flutuantes

Quadrante I

Fixas com folhas flutuantes

Flutuante na lâmina d’água e flutuante abaixo da lamina d’água

Quadrante II

Fixas com folhas submersas

Fixas com folhas flutuantes

Quadrante III

x

Fixas com folhas flutuantes

Quadrante IV

x

Livre na lâmina d’água

(Tabela 1)

Pode ser observada uma variação nas macrófitas aquáticas emersas ao longo do leito do rio, sua tendência é diminuir (conforme o gráfico 1: Variação da biomassa de macrófitas emersas em transectos longitudinais do Rio Curú). Já para as macrófitas aquaticas flutuantes observasse uma tendência de aumento em relação aos números iniciais (conforme gráfico 2: Variação da biomassa de macrófitas flutuantes em transectos longitudinais do Rio Curú). Comparando as biomassas de macrófitas emersas com as flutuantes, pode se perceber uma tendência de aumento e outra de diminuição (conforme gráfico 3: Variação da biomassa das macrófitas em transectos longitudinais do Rio Curú).

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