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BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL - Isognomon Bicolor

Por:   •  8/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  936 Palavras (4 Páginas)  •  319 Visualizações

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BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Isognomon Bicolor

        É notório nos dias atuais o aumento do número de estudos que estão sendo realizados sobre os efeitos causados  por espécies invasoras nos ecossistemas marinhos brasileiros, porém, se comparado ao grandioso número de pesquisas realizadas nos ecossistemas terrestres, podemos perceber que esse número é irrelevante levando-nos a pensar que é vasto o campo e inúmeras pesquisas ainda podem ser feitas. As espécies exóticas ao se estabelecerem em novos ambientes, geram interações negativas que resultam no favorecimento expansional e distributivo da espécie introduzida, ou seja, há um aumento na população dessa espécie e como consequência, aumento na potencialidade invasora. Porém outros fatores são culminantes na expansão como fatores físicos ou habilidade competitiva entre as espécies (Soledade, m. I 2008). Em contrapartida tais espécies invasoras podem encontrar novos predadores no ambiente invadido. Em recentes trabalhos foi observado que predadores nativos, principalmente os de dieta generalista, predam espécies invasoras indicando uma potencial resistência da comunidade nativa contra os invasores (Soledade, m, I 2008). No cenário atual as invasões biológicas representam grande ameaça a biodiversidade marinha por alterar em geral as estruturas da biodiversidade nativa.

        Neste trabalho explanaremos sobre o Isognomon Bivalve espécie esta que faz parte do filo molusca, e são membros da familia dos isognomonidae.

        Cientificamente este molusco é conhecido como Isognomon Bivalve, mas  popularmente também é conhecido como Bivalve Bicolor. Esta espécie de molusco é oriunda do Caribe que é parte constituinte do continente americano. O clima nesta região é tropical variando sua temperatura entre 27~38ºC. O índice pluviométrico nesta região é maior no verão e a pluviosidade anual nesta região está em torno de 958 mm. O mês de março que é o mais seco apresenta precipitação de 31 mm, o mês de junho apresenta o maior índice pluviométrico beirando os 149 mm. A temperatura do mar caribenho varia de 25~28ºC na superfície e 4ºC no fundo, e apresenta salinidade de 35 a 36 partes por mil (vide web grafia 1). Em média esse  molusco mede em torno de 3,5 cm e o tamanho e comprimento de sua concha são altamente variáveis em função de sua densidade e do habitat em que crescem. O Bivalve Bicolor tem como habitat as regiões entremarés podendo ser encontrado em fauna associada a substratos biológicos, recife de arenitos e em costões com alta energia de ondas. Podem ser encontrados em profundidades de até 10 metros. Possui habito alimentar planctívoro, ou seja, se alimentam de organismos planctônicos.

        É incerto ainda a forma ao qual esta espécie foi introduzida no litoral brasileiro, porém, alguns pesquisadores afirmam que ela foi introduzida através da água de lastro dos navios e/ou incrustação em cascos de navios.

        A ocorrência desta espécie invasora no Brasil se difunde por quase toda a costa brasileira, podendo ser encontrado no Rio Grande do norte, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Esta espécie conseguiu se adaptar muito bem na costa brasileira, pelo fato de ter encontrado clima, temperatura da água, salinidade e alimento semelhantes aos  encontrados em sua região nativa. Esta espécie possui apenas duas espécies de predadores que são encontrados abundantemente na costa brasileira o Trachypollia nodulosa e Stramonita haemastoma.

        O impacto real ocasionado pela invasão desse molusco na biodiversidade marinha é difícil de ser detectado, pois, não há existência de dados pretéritos á introdução. Para tentar dimensionar tal impacto, os pesquisadores comparam áreas relativamente próximas que foram invadidas com áreas que não foram invadidas.  

        As espécies invasoras podem ocasionar impactos ambientais diretos ou indiretos na microbiota, mudando a disponibilidade das presas nativas e/ou se tornando presas com maior ou menor valor nutritivo modificando o habito alimentar dos predadores nativos. Outro tipo de impacto ocasionado por espécies invasoras, pode ser caracterizado como mudança na estrutura física podendo maximizar ou minimizar a complexidade do sistema, denominando as espécie invasora como engenheiro ecossistêmico. O termo "engenheiro ecossistêmico foi introduzido por jones et al (1994).

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