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Bem Estar Animal Aplicado à Criação De Suínos

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Por:   •  9/10/2014  •  1.213 Palavras (5 Páginas)  •  620 Visualizações

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TRABALHO DE APS

14 de Maio de 2014

Goiânia-Go

Faculdade Objetivo

Curso: Medicina Veterinária

Aluno: Valleska Vieira Santos Rodrigues Veiga

RA: 02290004397

Profª: Úrsula

Bem estar animal aplicado à criação de suínos

Introdução

Atualmente, o conforto do suíno vem sendo alterado pela intensificação da produção, caracterizada pela restrição de espaço, movimentação e interação social, o que traz como conseqüência secundária o detrimento de seu conforto térmico, assim como da sua produtividade. No sistema intensivo de suínos, os animais passam toda sua vida em instalações fechadas com espaço reduzido podendo gerar diversas situações de estresse. Esse sistema valoriza pouco o bem estar animal e isso pode ser melhorado através do “enriquecimento ambiental” que consiste em introduzir melhorias no sistema de confinamento tornando o ambiente mais adequado aos animais. O uso de baias coletivas para porcas em gestação, colocação de objetos como correntes e “brinquedos” sobre as baias para quebrar a monotonia do ambiente, manejo diário com os animais de maneira que o tratador se relacione com os animais sem gritos e a densidade são algumas medidas utilizadas para melhorar o ambiente em que o animal vive. Alguns manejos como o corte dos dentes, corte da calda, a castração e o manejo pré abate também estão sendo discutidos.

Os animais são retirados de seu habitat natural e são manejados em espaços restritos, ou seja, transferidos para um sistema tradicional de confinamento podem manifestar alguns distúrbios comportamentais em conseqüência ao estresse. Na realidade o estresse não é uma causa, mas sim uma conseqüência, uma vez que consiste em uma tentativa do organismo de manter uma homeostase.

Esses animais possuem uma unidade social que gira em torno do grupo maternal, ou seja, uma associação entre mães e sua prole. É muito comum observar grupos contendo de dois a seis indivíduos. Uma das justificativas da vida em grupo deve-se em parte a uma estratégia comportamental contra predadores.

A gestação das porcas gira em torno de 114 dias e durante esse período já é possível observar uma grande mudança de comportamento. Alguns estudos relatam que essa mudança pode começar dias antes da parição, quando a porca tende a se isolar do restante do grupo por longos períodos. Aparentemente essas fêmeas manifestam essa tendência ao isolamento na busca de um local apropriado para a realização do ninho.

Após ter escolhido o local adequado para se fazer o ninho começa uma nova fase, as fêmeas passam de 16 -20 horas buscando grama ou outro material para construir o ninho, para que os leitões tenham um maior conforto possível.

Diferentemente de outros mamíferos, durante o parto as fêmeas não precisam cortar o cordão umbilical ou livrar os leitões das membranas fetais. O parto dura em média de 4 a 6 horas e, logo após o nascimento, os leitões buscam dos tetos da porca, assim ingerindo o colostro, permanecendo então no ninho. Para avisar os leitões no momento da mamada, a porca grunhe insistentemente, de modo que todos os leitões mamam ao mesmo tempo.

Nos dias atuais, predomina o sistema de confinamento total na maioria das granjas brasileiras. Neste sistema, as porcas são separadas na fase de inseminação, permanecendo durante a gestação em gaiolas, onde são alojadas, pelo menos 10 dias antes do parto. Em seguida, serão transferidas a maternidade e ali permanecem até o desmame dos leitões, por volta de 4 semanas.

Esse período de permanência das porcas em gaiolas pode gerar inúmeras conseqüências para o animal desde uma imunossupressão, que poderá acarretar uma maior susceptibilidade a doenças, como também são observados comportamentos anômalos, que poderiam levar a uma redução na produtividade.

As porcas desenvolvem distúrbios comportamentais por estarem em um local sem motivação ambiental, podendo morder as barras da gaiola, expressando, por exemplo, fome, ou desejo de alimentar-se. Neste sentido, estudos com relação ao enriquecimento ambiental em várias espécies são conhecidos. Além disso, o confinamento em gaiolas que permitem pouca mobilidade gera estresse crônico, e compromete ainda mais o bem-estar dessas fêmeas.

Ainda mais, o momento do desmame dos leitões é o ponto culminante após todo o período de estresse de confinamento. Além das conseqüências para a fêmea, o efeito da separação de leitões da mãe gera problemas para leitões, uma vez que quando desmamados com menos de 4

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