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Biodisponibilidade Dos Nutrientes

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Por:   •  9/10/2013  •  1.725 Palavras (7 Páginas)  •  2.049 Visualizações

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BIODISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES

O nutrientes são substâncias químicas presentes nos alimentos que, ao serem absorvidas, vão promover o crescimento e a manutenção e produção de energia, equilibrando as diversas funções orgânicas. No dia a dia, conhecemos os nos referimos constantemente a eles quando falamos em carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, água e fibras.

A questão da biodisponibilidade dos nutrientes, refere-se às diversas alimentações rotineiras que são mal combinadas, uma refeição saudável rica em nutrientes, não é necessariamente sinônimo de equilibrio nutricional, nutrientes ingeridos de forma incorreta no mesmo cardápio podem inibir todo o seu potencial no metabolismo, e se ingeridos em grande quantidade pode até causar sérios danos ao organismo. O termo biodisponibilidade indica a proporção do nutriente que é realmente utilizada pelo organismo (SOUTHGATE et al., 1989).

Os fatores antinutricionais quando ingeridos em altas quantidades e de forma crônica podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de quadros de carências nutricionais devido uma não utilização orgânica dos nutrientes ofertados pelos alimentos. Desta forma, deve-se aplicar alguns tratamentos sobre os alimentos possuidores destes compostos antagônicos à utilização orgânica dos nutrientes, de modo que atuem como formas de evitar o surgimento de distúrbios orgânicos decorrentes de uma insatisfatória biodisponibilidade de um ou mais nutrientes.

Muitos fatores influenciam a absorção de nutrientes de um alimento particular ou de uma refeição, dentre eles estão os relacionados à própria fisiologia do indivíduo, assim como fatores relacionados ao alimento.

Na dieta do brasileiro, várias são as combinações que podem trazer resultados poderosos, o consumo da feijoada com a laranja é um exemplo típico de que a sabedoria popular pode ter fundamento científico e faz parte do nosso hábito. Outra opção é o consumo de saladas com vegetais crus antes da refeição principal, que irá estimular a produção de enzimas digestivas para o que se consumirá depois, beneficiando assim a digestão.

Desta forma, uma dieta equilibrada não exige suplementação, a não ser que o indivíduo tenha necessidades muito específicas de nutrientes específicos, que podem ser controladas por outros meios. Em todo caso, só um profissional da área médica é capaz de indicar de maneira precisa as quantidades e o período de uso destes produtos. Veja abaixo o perigo de exagerar em algumas vitaminas:

Vitamina A: o excesso provoca problemas no fígado, diminuição da densidade óssea e problemas congênitos. Como é possível obter a quantidade necessária de vitamina A através de alimentos como leite, ovos e cenoura, a suplementação raramente é recomendada.

Vitamina C: é muito comum a indicação de doses elevadas de vitamina C para prevenir o resfriado comum, alguns tipos de câncer e a aterosclerose. No entanto, essas recomendações não têm base científica. Doses muito altas por dia causam diarreia, litíase renal (nos indivíduos susceptíveis) e alterações do ciclo menstrual.

Vitamina D: o alto consumo prolongado de vitamina D pode causar intoxicação, acarretando um aumento da concentração de cálcio no sangue. Os sintomas iniciais da intoxicação pela vitamina D são a falta de apetite, a náusea e o vômito, os quais são acompanhados pela sede excessiva, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial.

Vitamina E: nos adultos, as doses elevadas produzem pouquíssimos efeitos adversos apreciáveis, exceto o aumento das necessidades de vitamina K, o qual pode causar hemorragia nos indivíduos que fazem uso de medicamentos anticoagulantes.alguns estudos mais catastróficos apontam que dosagens muito altas estão relacionadas ao aumento dos riscos de mortalidade.

Fatores intrínsecos ou fisiológicos: relacionados com a capacidade digestória, ou seja, integralidade da mucosa, eficiência metabólica, integridade renal, variam com a idade e presença de desnutrição e/ou patologias, a má absorção pode acontecer na presença de desordens gastrintestinais ou outras doenças específicas;

Fatores extrínsecos ou dietéticos: relacionados ao alimento ingerido, a composição química e o estado físico nos quais os nutrientes se encontram no alimento, afetam diretamente sua absorção. Essas propriedades podem ser influenciadas pelos efeitos do processamento do alimento com possíveis conseqüências na absorção de seus nutrientes. Alguns componentes da própria refeição podem retardar ou aumentar a absorção dos nutrientes; sendo assim, a composição da dieta é um fator importante. Do mesmo modo, outras substâncias ingeridas, como álcool e drogas, podem interferir nos mecanismos fisiológicos de absorção. Portanto, como a biodisponibilidade pode ser influenciada por um grande número de parâmetros, a quantidade de nutriente realmente disponível pode variar consideravelmente.

Os fatores que a determinam devem ser considerados sob os aspectos que influenciam sua absorção, distribuição para os tecidos, transformações metabólicas e excreção renal. O conhecimento das diversas interações permite avaliar a utilização biológica real dos nutrientes pelos indivíduos, sob condições dietéticas específicas, nos diferentes períodos da vida, auxiliando o aconselhamento nutricional. (COELHO,1995).

O Cálcio dos alimentos existe basicamente em complexo com outros fatores – fitatos, oxalatos, fibras, lactatos, ácidos graxos – dos quais o cálcio necessita ser liberado para ser absorvido. Os constituintes vegetais da dieta, em particular, podem reduzir a biodisponibilidade do cálcio, de maneira que pessoas que não consomem produtos lácteos ficam menos propensos a obter quantidades adequadas de cálcio. Os oxalatos presentes em alguns alimentos normalmente se ligam ao cálcio nos intestinos, e o organismo excreta os dois em conjunto, limitando portanto a absorção do cálcio e sua disponibilidade. Pesquisas recentes demonstraram que a biodisponibilidade do cálcio provinda do carbonato de cálcio, suplemento amplamente utilizado, é similar ao do leite “in natura”, porém o produto natural leva vantagens sobre o artificial. Também foi demonstrado que a deficiência em vitamina B6 pode reduzir a disponibilidade do cálcio.

A deficiência do Ferro está amplamente disseminada pelo mundo inteiro e é a maior causa da incidência de anemia em populações suscetíveis, especialmente nos grupos cuja demanda é alta, como crianças em desenvolvimento ou gestantes. Muitos fatores, incluindo componentes dietéticos como fitatos, taninos, fosfatos e ingestão rica em cálcio, exercícios, menstruação e maturidade, podem aumentar ou reduzir a disponibilidade

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