Características de algas unicelulares

Introdução

A principio as algas eram contidas no reino Plantae, só que com o a modernização dos estudos ficológicos (ciência que estuda as algas), estas plantas marinhas foram encaixadas no “Reino Protistas”, que seria uma espécie de coletivo para os protozoários e as próprias algas.

São plantas muito simples que não possuem raízes, caule e folhas verdadeiras, constituem-se na maioria dos casos de talos. Seu nome deriva do latim que significa erva marinha. São vegetais muito antigos, pois as plantas primitivas eram bem semelhantes a elas, as algas verdes são exemplos disso, pois seu modelo evolutivo é quase idêntico às plantas terrestre, de acordo com vários cientistas, é como se a alga verde estivesse ainda em evolução, o restante tem linha de desenvolvimento evolutivo diferente mais paralelo entre si.

As algas produzem sua energia através da fotossíntese e outras de pequeno porte através da quimiossíntese, algumas espécies podem ser unicelulares ou multicelulares. Essas plantas podem ser encontradas tanto em mares e oceanos, como em rios, lagoas e pântanos.

Existem inúmeras espécies de algas que são parasitas, que se alimentam da energia produzida por outras plantas. Uma característica bem peculiar de algumas algas unicelulares é que elas formam a parte vegetal do plâncton, e isso a torna alimento para inúmeras espécies de animais aquáticos.

Algas

 Algas procarióticas

Nas teorias essas seriam as algas azuis (figura 1.1 e 1.2), sua cor pode ser azul ou dependendo de sua pigmentação azul avermelhado, são chamadas atualmente de cianobactérias, são as primeiras bactérias do reino monera que apresentou nos primeiros tempos a fotossíntese, sendo assim tendo o papel de formar o oxigênio na atmosfera primitiva, possibilitando assim a evolução da vida.

“Não podem ser consideradas nem como algas e nem como bactérias comuns. São microorganismos com características celulares procariontes, porém com um sistema fotossintetizante semelhante ao das algas, ou seja, são bactérias fotossintetizantes. Existe uma confusão na nomenclatura destes seres, pois a princípio pensou tratar-se de algas unicelulares, posteriormente os estudos demonstraram que elas possuem características de bactérias (Amabis, José Mariano, 2004 p. 274).”

Para que os seres pudessem evoluir houve e há até os dias atuais a grande dependência da camada de ozônio (O3), que por conseguinte foram estes seres responsáveis pelo acumulo de O2 podendo assim ter dado origem ao O3. As grandes características destes micro-organismos está na sua adaptação a determinados habitats como por exemplo: em lagos frios com temperaturas próximas de 0°C, e em locais de temperaturas com cerca de 74°C, outras já vivem sobre rochas e solos úmidos. As cianobactérias ainda podem deixar gosto ruim na água e um odor desagradável, não podendo ser tirado pelos sistemas de tratamento de água nem pela fervura pois este tipo de micro-organismo libera toxinas que não podem ser retiradas por nem um destes processos. Essas toxinas são responsáveis por agir em defesa das algas combatendo assim os céus devoradores; isto tem uma fonte de preocupação para o sistema de tratamento águas pois essas algas tem se proliferado nos mananciais de água potável das cidades.

A reprodução das cianobactérias é assexuada normalmente ocorre quando estas não são coloniais, já as formas filamentosas podem reproduzir-se assexuadamente por bipartição (figura 1.3).

 Algas eucarióticas

Todos os restantes que são classificados como algas são eucarióticos, pois esta possui uma membrana nuclear verdadeira, e seu processo de fotossíntese é realizado através da organela cloroplasto. Pensa-se que o cloroplasto é a linha evolutiva das cianobactérias. As algas eucarióticas são divididas em seis grandes grupos, cada um com seu próprio tipo de pigmento fotossintetizante, substância de reserva e forma corporal (tabela1).

 Euglenophyta

Também conhecidos por euglenoides, do gênero Peramena e Euglena, possuem corpo alongado, com invaginação e possuem flagelos (figura 2.1).

Os indivíduos deste grupo vivem em ambientes marinhos, em solo úmido e água doce. Reproduzem-se assexuadamente por divisão binária longitudinal e apresentam dois flagelos.

“O citóstoma (abertura para entrada de alimentos) está na base da invaginação e ligado a uma citofaringe (Araujo, Marília. 2003).”

Muitos euglenoides, não necessita, exclusivamente da fotossíntese para conseguir energia, por exemplo, a Peranema é um dos indivíduos que se alimenta das Euglenas de forma predatória.

Os euglenoides apresentam uma estrutura chamada estigma, que serve para orientar o mesmo para onde há luz, quando em pouca quantidade, quando em excesso ele recua, ou seja, o estigma é um mecanismo de orientação fotossintetizante.

 Dinoflagelados

“Esse grupo também é denominado Dinophyta (Dino = terrível) ou Pyrrophyta (Pyrro = fogo). A maioria dos dinoflagelados vivem no mar, mas existem algumas espécies de água doce (Lopes, Sônia, p117, 2010).”

Esses indivíduos são unicelulares, normalmente eles têm em geral dois flagelos com características distintas, sendo uma delas responsável pelo seu giro, e a outra o ajuda a se locomover (figura 3.1).

Alguns dinoflagelados não fazem fotossíntese, outros fagocitam organismos que contém cloroplastos. Alguns produzem bioluminescência que é o caso do Noctiluca scintillans e podem dar verdadeiros espetáculos na água durante a noite com a produção de luz azul-esverdeada daí o nome Pyrrophyta (figura 3.2).

A reprodução dos dinoflagelados pode ser assexuada ou sexuada, ou seja, por divisão binária ou pelos gametas.

“Podem se reunir estabelecendo colônias, produzindo toxinas em quantidade suficiente para provocar grande mortandade de peixes e outros animais (Fonseca, Krukemberghe, 2007).

Existem espécies de dinoflagelados que são tóxicos, o fenômeno conhecido como maré vermelha (figura 3.3) é ocorrência da liberação das toxinas de uma colônia do mesmo. Essas toxinas são capazes de matar peixes e animais, e se algum animal que está contaminado for consumido por uma pessoa, está pode vir a morrer.

 Diatomáceas

“Organismos com parede celular desprovidas