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Por:   •  8/2/2015  •  3.045 Palavras (13 Páginas)  •  690 Visualizações

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CAPÍTULO 3: O DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A INTERATIVIDADE.

A pedagogia é considerada uma ciência de maior importância, por estar encarregada do desenvolvimento das capacidades expressas na educação, com práticas e cuidados que possibilitam a integração entre os aspectos do desenvolvimento infantil .

A criança deve ter oportunidade de realizar atividades que proporcionam o seu desenvolvimento global, ou seja, um desenvolvimento social, cognitivo e motor. Porém ao discutirmos sobre a importância da educação infantil, abre um leque de perguntas e indagações, tentando entender onde está a necessidade da criança com uma idade inferior a 8 anos que frequenta a escola. É relevante compreender que a criança precisa de um ambiente que permita que ela se desenvolva de forma espontânea.

De acordo com Piaget (2009), o desenvolvimento ocorre em cinco estágios, que vão desde o nascimento até os onze anos e depois assim por diante. O primeiro é o estágio sensório-motor que vai do nascimento aos 2 anos, em seguida vem o estágio de período-simbólico que dura dos 2 aos 4, terceiro é o estágio de período intuitivo que vai dos 4 aos 7 anos, o estágio operatório-concreto que vai dos 7 aos 10/11 anos e por último o estágio operatório-formal que vai dos 11 anos em diante. Abordado o 3º estágio e os seus anteriores que contemplam nosso projeto, podemos dar segmento.

Dando início com evolução da coordenação motora, entendemos que na criança nas fases iniciais os movimentos não são apenas movimentos, servem também como meio de comunicação, a criança interage utilizando a movimentação interligada com o apoio do corpo. O ato motor faz-se presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.

O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. (WAJSKOP, 1998, p. 18)

Gisela Wajskop faz complemento afirmando que:

A dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos.” (WAJSKOP, 1998, p. 18)

No início é predominante a dimensão de movimentos, na maneira como desenvolvemos as decisões e produzimos atividades motoras. A capacidade de movimentos permite respostas adaptativas ao ambiente, isto implica que a nossa orientação de atenção se concentre mais nas ações que fazemos do que nos movimentos propriamente ditos, assim intera-se o movimento junto com o meio social em que se inclui. Apenas após determinado tempo que desenvolve a noção de ambiente (noção espacial), onde se integra sobre o espaço e o meio físico. A cultura tem forte influência no desenvolvimento do movimento. De acordo com a cultura os movimentos desenvolvidos têm significados diferentes. A atividade motora é desenvolvida conforme o ambiente cotidiano/escolar. (Segurar o lápis, a pá no parquinho, a colher etc.) (WAJSKOP, 1998).

Em nosso projeto a noção motora, é estimulada através dos livros interativos com peças magnéticas, que promovem a atividade motora por meio do aluno que pode retirar a peça magnética do livro e adicioná-lo a lousa para ilustrar os passos do que está acontecendo na história que ele está lendo, onde o aluno tem um contato maior com o professor e com os colegas através da metodologia do DI, que envolve o uso de novas tecnologias em suas metodologias de ensino.

A criança tem liberdade de movimento, o gesto de aprender a caminhar é natural, e não tem qualquer ato intencional nesse movimento. Viktor Lowenfeld (1970) confirma isso em seu livro:

As crianças muito pequenas têm liberdade de agir independentemente do montante de conhecimentos que a humanidade já acumulou a respeito de tal ação. Elas aprendem a caminhar, sem nenhuma compreensão intelectual do controle motor envolvido. (LOWENFELD; BRITTAIN, 1970, p.16)

Piaget complementa; é só a partir de determinado tempo (6-7anos) que o movimento de impulsionar o movimento do outro é tentado ou buscado, é a partir desse momento que se começa a assimilar novas situações e vão se adaptando a essas situações. O autor ainda complementa afirmando que a partir de certo estágio novas situações surgem como se a coordenação dos meios e das finalidades se renovasse a cada situação imprevista. (2009, p.17)

Observamos que o movimento corporal acontece, como um conhecimento corporal, mas esses movimentos não acontecem com um objetivo. A coordenação dos movimentos vai ocorrendo progressivamente Mas permanecem parciais por um tempo, enquanto isso vai se ampliando a noção de espaço. O que abre uma chave para nossa próxima linha de estudo: noção espacial .

A noção espacial vem do cálculo do movimento e de uma série de outros fatores ligados a coordenação que a criança já tem desenvolvido. A criança já executa uma estratégia de que movimentos precisa realizar para se locomover no espaço a fim de obter o objetivo.

Por exemplo, para saltar um obstáculo, as crianças precisam coordenar habilidades motoras como velocidade, flexibilidade e força, calculando a maneira mais adequada de conseguir seu objetivo. (WAJSKOP, 1998, p. 34/35)

Para Lowenfeld e Brittain (1970) aos cinco anos a crianças são vistas como egocêntricas, pois apenas fazem as coisas do seu ponto de vista. A partir dos sete ela amplia sua noção e integra objetos no mesmo ambiente que ela, mas todos vistos de frente, mostrando a visão que ela tem do objeto. Só a partir dos nove é que os objetos se relacionam entre si e menos com quem observa. Aos doze, ela já tem um senso maior de espaço, e sabe a representação de espaço e de objetos situados nesse espaço.

A inteligência sensório-motora, na qual se obtém a noção espacial, é a responsável por se obter o senso de estrutura do universo para o sujeito. É ele que dá os esquemas de objeto permanente, do espaço e das subestruturas. O sistema sensório-motor é quem impõe uma relação entre a escala visual e a escala tátil, e que o desenvolvimento desse sistema ocorre após o desenvolvimento maior da visão. Os esquemas sensório-motores dependem do conjunto.

A partir dos 4-5 anos percebe-se que há uma concentração na execução do movimento, há uma exploração, para se locomover, onde se estabelece as referências das direções. As noções de perspectiva surgem a partir dos 7 anos. E nesse período que surge a compreensão das grandezas e de forma. Dos 9-10 atinge-se a um equilíbrio, onde há uma relação do ponto de

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