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EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE SEMENTES OLEAGINOSAS

Por:   •  16/10/2018  •  Seminário  •  3.749 Palavras (15 Páginas)  •  247 Visualizações

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EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE SEMENTES OLEAGINOSAS

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INTRODUÇÃO

        O conjunto de propriedades apresentadas por um determinado alimento relaciona-se diretamente com a qualidade e quantidade de constituintes químicos presentes no mesmo. Nos alimentos, de modo geral, os constituintes químicos podem ser agrupados em duas categorias: os constituintes básicos ou nutritivos (água, carboidratos, gorduras, minerais, proteínas e vitaminas) e os constituintes secundários (enzimas, ácidos orgânicos, compostos voláteis, pigmentos, pectinas e substâncias aromáticas, entre outras).  

        A composição centesimal corresponde à proporção dos grupos homogêneos de substâncias, os quais dizem respeito àqueles compostos que se encontram em praticamente todos os alimentos, presentes em 100 g do mesmo, exprimindo de forma grosseira o seu valor nutritivo (Vilas Boas, 1999).

        Composição química ou composição centesimal de um alimento são conhecidas através de análises químicas de determinação de umidade, proteína bruta, lipídeos ou extrato etéreo, fibra bruta, extrato não nitrogenado (E.N.N.) e cinza ou resíduo mineral fixo. (Moreto, 2002)

        As leguminosas são grãos contidos em vagens ricas em tecido fibroso, normalmente apresentam uma envoltura de celulose que representa de 2 a 5% dos mesmos e contém no seu interior 50% de amido e cerca de 23% de proteína. (Ornellas, 2001).

         Sua qualidade é atribuída às suas propriedades nutricionais. A soja se destaca por sua qualidade e quantidade protéica, sendo de interesse na indústria, na produção de óleos, farelos e farinhas na alimentação humana e de animais.

A aula prática tem como objetivo realizar a extração do óleo de sementes oleaginosas, neste caso, da soja, bem como comparar os valores encontrados àqueles já padronizados em estudos prévios, tabela de composição de alimentos e rótulo de produto comercializado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Soja

        A soja é caracterizada como planta anual herbácea com caule ramoso e pubescente; flores axilares, sésseis, brancas, amarelas ou violáceas, conforme variedade, reunidas em cachos curtos; fruto vagem ligeiramente arqueada, sub-comprida, híspida , com 1 a 5 sementes lisas, ovais, ligeiramente compridas, de hilo quase sempre castanho. (Beux, 1997).

A classificação cientifica da soja é: Reino: Plantae da Divisião: Magnoliophyta da Classe: Magnoliopsida , Ordem: Fabales, Família: Fabaceae, subfamilia: Faboideae e do Gênero: Glycine, sendo a espécie Glycine max (L.) (ANVISA, 1999).

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A soja que hoje cultivamos é muito diferente dos seus ancestrais, que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do rio Yangtse, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China (Embrapa/2003).

As primeiras citações do grão aparecem no período entre 2883 e 2838 aC, quando a soja era considerada um grão sagrado, ao lado do arroz, do trigo, da cevada e do milheto. Um dos primeiros registros do grão está no livro Pen Ts’ao Kong Mu, que descrevia as plantas da China ao Imperador Sheng-Nung. Para alguns autores, as referências à soja são ainda mais antigas, remetendo ao Livro de Odes, publicado em chinês arcaico e, também, a inscrições em bronze.

Até aproximadamente de 1894, término da guerra entre a China e o Japão, a produção de soja ficou restrita à China. Apesar de ser conhecida e consumida pela civilização oriental por milhares de anos, só foi introduzida na Europa no final do século XV, como curiosidade, nos jardins botânicos da Inglaterra, França e Alemanha.

Na segunda década do Século XX, o teor de óleo e proteína do grão começa a despertar o interesse das indústrias mundiais. No entanto, as tentativas de introdução comercial do cultivo do grão na Rússia, Inglaterra e Alemanha fracassaram, provavelmente, devido às condições climáticas desfavoráveis. (Lemos, 2005)

A sua existência é descrita desde 1000 anos antes de Cristo no Japão e na China e somente a partir do século XIX esta leguminosa passou a ter importância econômica (Monteiro et al., 2004).

No mundo a soja apresenta produção de 216,3 milhões de toneladas plantadas em área de 92,6 milhões de hectares, movimentando aproximadamente U$ 215 bilhões/ano. Na América Latina a produção é 95 milhões de toneladas, plantadas em 40,2 milhões de hectares. Nos EUA ( maior produtor mundial do grão) a produção é em média  85,50 milhões de toneladas, plantadas em  29,93 milhões de hectares.        

No Brasil (segundo maior produtor mundial do grão)
a produção média é de 50,19 milhões de toneladas, plantadas em 23,104 milhões de hectares  movimentando cerca de U$ 30 bilhões . (CONAB,2005).

        O Brasil é o segundo maior produtor e exportador de soja do mundo. Entre 2000 e 2001 produziu em torno de 36 milhões de toneladas de soja, exportou cerca de 13 milhões de toneladas (Souza, 2004). Em 2001/2002, a produção mundial de soja somou 184 milhões de toneladas, de cujo total o Brasil responsabilizou-se por 43,5 milhões (23,6 % da produção), atrás apenas dos Estados Unidos (Embrapa, 2002). No ano de 2003, as exportações do agronegócio brasileiro chegaram ao recorde de US$ 30,6 bilhões, com um superávit comercial de US$ 25,8 bilhões no setor (Totaltrade News, 2004). A colheita de soja apresentou aumento de 22,6%, totalizando 52 milhões de toneladas (Banco Central do Brasil, 2003).

        O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, realiza levantamentos das safras agrícolas para quantificar e acompanhar a produção brasileira sendo de grande valia na elaboração e acompanhamento das políticas agrícolas e de abastecimento, permitindo aos gestores de políticas públicas conhecer, antecipadamente, os eventuais problemas de abastecimento e adotar, tempestivamente, as devidas ações corretivas, bem como, informar o mercado sobre o volume a ser produzido, de forma a subsidiar o seu planejamento. (CONAB, 2007)

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