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Herpesvírus Humanos

Por:   •  11/6/2018  •  Resenha  •  1.120 Palavras (5 Páginas)  •  309 Visualizações

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HERPESVIRUS HUMANOS

Os herpesvirus humanos (HHV) são responsáveis por causarem as viroses dermotrópicas, que podem ser de dois tipos: viroses restritas à superfície epitelial (HSV 1 e 2) e viroses em que o vírus se aloja no epitélio após se disseminar pelo corpo todo, causando lesões cutâneas (VVZ).

Todos os vírus dessa família possuem 4 propriedades biológicas: (i) codificam várias enzimas envolvidas no metabolismo do ácido nucleico viral (timidino-cinase, timidilato-sintetase, ribonucleotídeo-redutase), síntese do ácido nucleico viral (DNA polimerase, helicase/primase) e processamento de proteínas (proteíno-cinase), embora essas proteínas possam variar entre os diferentes vírus; (ii) a síntese do DNA viral ocorre no núcleo; (iii) a produção de partículas infecciosas leva à destruição das células; (iv) apresentam a capacidade de causar infecção persistente com alguns vírus permanecendo em estado de latência, onde somente alguns genes são expressos.

O ICTV classificou os HHV como sendo da ordem Herpesvirales, família herpesviridae, subfamílias alfaherpesvirinae, betaherpesvirinae e gamaherpesvirinae. No presente trabalho, falaremos sobre os vírus Herpes simplex 1 e 2 (HHV-1 e 2/HSV-1 e 2) e o vírus varicela-zoster (VVZ/HHV-3), todos da subfamília alfaherpesvirinae.

  • Morfologia

Os alfaherpesvirus são vírus que possuem envelope contendo glicoproteínas e poliamidas, esféricos, com capsídeo icosaédrico e DNA fita dupla. Sua partícula viral apresenta tegumento, uma camada amorfa constituída de proteínas importantes para a regulação do ciclo replicativo viral. Codificam aproximadamente 90 RNAm e desses, 84 codificam proteínas – porém, vários não codificam nenhuma. Os mais conhecidos são os transcritos associados à latência (LAT).

        No caso dos HSV, existem polimorfismos intratípicos evidenciados por amostras de diferentes pacientes não relacionados. Dessa forma, a técnica de endonuclease de restrição está sendo largamente utilizada para traçar o padrão do vírus.

  • Biossíntese

Os alfaherpesvirus infectam diferentes tipos de células, tais como fibroblastos, queratinócitos, células de mucosas, células do epitélio cilíndrico, gliais e terminações nervosas, onde causam infecção persistente latente. Durante a infecção, afetam duas vias homeostáticas celulares: o controle de qualidade de proteínas e resposta a danos no DNA; além disso, sequestram fatores benéficos à replicação e degradam ou inativam outros. Também reorganizam o núcleo das células infectadas, formando grandes compartimentos globulares onde ocorre a transcrição gênica, a replicação do DNA viral e encapsidação.

  • Adsorção

O processo de adsorção dos alfaherpes ocorre em duas partes: a adsorção e a fusão do envelope com a membrana citoplasmática ou de endossomas.

A adsorção começa quando gC e gB, duas das glicoproteínas do envelope, se ligam a glicosaminoglicanas da superfície da célula, em especial a Nectina 1, um receptor de amplo espectro para alfaherpes humanos e animais. Em seguida, a gD cria uma ligação estável com outros receptores celulares, tais como o HVEM, um receptor de herpesvirus; isso provoca a sinalização do receptor e o recrutamento de 3 glicoproteínas: gB, gH e gL, responsáveis pela fusão de membrana.

Ocorre então a penetração, havendo desnudamento e transporte do capsídeo pelo poro nuclear, onde somente o DNA e a proteína VP16 são liberados; esta funciona como ativadora dos genes virais iniciais imediatos. No citoplasma, permanece a VHS, que degrada o RNAm e para a síntese de proteínas celulares.

Também podem ser transportados para o núcleo via endocitose.

  • Replicação viral

O genoma dos HSV é complexo e possui 3 origens de replicação: Oris, presente em duplicata, e OriL. Elas se situam na região regulatória do promotor.

São codificadas 7 proteínas para a replicação: OBP, proteína de ligação à origem (UL9); ICP8, proteína de ligação a DNA fita simples; complexo polimerase (UL 30 e 42) e complexo helicase/primase (UL 5, 8 e 52).

A replicação dos HSV começa na circularização, que ocorre ainda no início da infecção. A OBP se liga a OriL e Oris, se associando em seguida à ICP8. A helicase/primase é direcionada à origem, desenrolando o DNA e síntese de um primer; então se forma uma bolha no DNA e a polimerase inicia a síntese. Ocorre então a replicação propriamente dita, que ocorre por rolamento, onde ICP8 produz concatâmeros de DNA que são clivados em monômeros durante o empacotamento no capsídeo.

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