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Infarto Hemorragico

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Por:   •  21/9/2013  •  1.106 Palavras (5 Páginas)  •  7.441 Visualizações

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Definição

Segundo Faria (2009), é mais usado o termo infarto, se bem que a palavra correta seja enfarte, formada com o verbo enfartar, de origem latina (in + farto= cheio, farto).

Um infarto hemorrágico é considerado uma região de necrose causada pela interrupção da irrigação arterial ou por uma obstrução venosa.

O aspecto da região afetada é saliente, duro e de cor vermelho na superfície devido à hemorragia na área da necrose, decorrente do acúmulo de hemácias no tecido.

Aparecem em tecidos frouxos por obstrução arterial, como os pulmões, fígado, testículos e intestinos, que facilitam a infiltração hemorrágica na área de necrose. Os pulmões representam a sede da maioria desses infartos, seguida pelo intestino, fígado e testículo. Há também os infartos hemorrágicos cerebrais, que são originados de oclusão venosa.

Patogêneses

Segundo Faria (2009) de maneira geral esse infarto, ocorre após a obstrução da artéria pela queda de pressão na área por ela irrigada, há dilatação dos capilares e vênulas, aos quais aflui sangue através da anastomose. Por isso, há hiperemia passiva e hemorragia na área de necrose, conferindo ao enfarte o caráter hemorrágico. A hemorragia se da por diapedese e, mesmo, por necrose das paredes dos capilares, atingidas pela isquemia. A hiperemia passiva preexistente favorece a ocorrência do infarto hemorrágico, por exemplo, no cérebro. É mesmo ela indispensável para fazer surgir o enfarte pulmonar, quase sempre hemorrágico.

Tanto oclusões arteriais como as venosas podem produzir infartos vermelhos dependendo do padrão e do estado funcional da circulação.

Pulmão: oclusão de ramos da artéria pulmonar não produz infarto vermelho (anastomoses com ramos da artéria brônquica são suficientes para nutrição dos tecidos), mas quando coexiste hiperemia passiva, anemia, inflamação pulmonar ou derrames pleurais. Na hiperemia passiva a pressão de perfusão do sangue por parte das artérias brônquicas é incapaz de vencer a resistência pós-capilar aumentada pela hiperemia; Na inflamação o exsudato comprime capilares vênulas dificultando a circulação e há aumento do número de células que exigem O2.

Intestino, obstrução de artérias que irrigam o tecido é a mais frequente. Pode ocorrer por: 1 - Trombose Mesentérica: a trombose da artéria mesentérica superior, portanto, o intestino delgado mais acometido que o intestino grosso. Ocorre subitamente em pacientes com aterosclerose, geralmente com idade mais avançada. 2 - Embolia mesentérica origina-se mais comumente no coração e atinge mais a mesentérica superior.

Fígado (circulação dupla): infarto raro: é provocado pelo refluxo do sangue das veias hepáticas devido à interrupção do afluxo do sangue portal ou pelo aumento da pressão na cava inferior e nas supra-hepáticas.

Infarto do testículo e de tumores pediculados: obstrução venosa (trombose, rotação do órgão) é a causa mais comum: impedimento da drenagem venosa leva a hipertensão venosa capilar.

Manifestação Clinica

Febre sempre de baixa intensidade, leucocitose, aumento de enzimas no sangue circulante liberadas pelas células lesadas transaminases, fosfatases, desidrogenases, aumento da velocidade de hemossedimentação, aumento de bilirrubina indireta e icterícia (infartos vermelhos) dor dependendo da extensão do infarto e do órgão afetado e disfunções variadas dependendo do órgão.

Infarto hemorrágico cerebral: os sinais de alerta são, dores fortes de cabeça sem causa aparente, desequilíbrio corporal com sequencias de tonturas, perda visual súbita apenas de um lado da visão, formigamento e perda de força muscular apenas de um lado do corpo. Estes são sinais e sintomas que precisam ter um diagnóstico preciso para prognóstico do paciente.

Infarto hemorrágico pulmonar: os sinais e sintomas geralmente são dores torácicas e desconforto respiratório, e é também consequente de outros processos patológicos como, por exemplos, tuberculoses, derrames pleurais e anemias.

Infartos hemorrágicos intestinais: os sinais e sintomas são taquicardia, hipotensão, náuseas, vômitos, dor abdominal de forte intensidade, melena entre outros.

Alterações Macroscópicas e Microscópicas

Segundo Faria (2009), as características macro e microscópicas do infarto hemorrágicas diferem daqueles do anêmico pela cor vermelho-escuro e pela grande hemorragia com desidratação das hemácias extravasadas e liberação de dos pigmentos hemoglobinógenos.

Macroscopicamente o infarto vermelho tem mesma forma que o branco, mas é de cor vermelho-escura, tem consistência firme e faz saliência. Só pode ser idenficado após horas da sua instalação. Macroscopicamente o infarto branco se caracteriza por uma área em forma de cunha (ápice para a obstrução e base para o órgão).

No início é

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