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O CRUZEIRO OCEANOGRÁFICO

Por:   •  11/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.729 Palavras (15 Páginas)  •  472 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA[pic 1]

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA -  DEOLI

DISCIPLINA: CARTOGRAFIA E NAVEGAÇÃO

Prof°.: FRANCISCO JOSÉ DIAS

PROJETO DE CRUZEIRO OCEANOGRÁFICO:

MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA

Maria Fernanda Zanoni

   São Luís

2016

ÍNDICE:

  1. Proposta.......................................................Pág. 03
  2. Introdução.....................................................Pág. 03
  3. Justificativa...................................................Pág. 05
  4. Objetivos.......................................................Pág. 06
  1. Objetivo Geral.....................................Pág. 06
  2. Objetivo Específico.............................Pág. 06
  1. Metodologia...................................................Pág. 06
  1. Oceanog. Geológica...........................Pág. 07
  2. Oceanog. Química..............................Pág. 08
  3. Oceanog. Física..................................Pág. 08
  4. Oceanog. Biológica.............................Pág. 09
  1. Infraestrutura disponível para realização do Cruzeiro......Pág. 10
  1. Instrumentos para medição.....................Pág. 10
  2. Equipamentos de coleta...........................Pág. 11
  1. Orçamento.......................................................Pág. 11
  2. Referências Bibliográficas...............................Pág. 12
  3. Anexos.............................................................Pág. 13

  1. PROPOSTA

A Margem Equatorial Brasileira é caracterizada como um local de baixa quantidade de dados e de conhecimento geológico ainda insuficiente que, com o passar dos últimos anos, vêm se tornando cada vez mais abrangentes na região do Atlântico Sul e da Margem Equatorial Brasileira devido, principalmente, às mudanças climáticas globais que, por sua vez, geraram um maior interesse em estudos oceanográficos para entendimento sobre possíveis mudanças nos setores produtivos, além da necessidade de um maior conhecimento dessas regiões para criação de cenários e adaptações das populações que habitam e dependem de forma direta e indireta dos recursos do mar, além da investigação de recursos energéticos, controle de poluição e o desenvolvimento de tecnologias para melhoria das atividades de cultivo, extração e beneficiamento de recursos marinhos. Sendo assim, o cruzeiro viabiliza o aumento do conhecimento oceanográfico da Margem Equatorial Brasileira, visando às quatros áreas da oceanografia: Geologia, Química, Biológica e Física, contribuindo para o avanço científico no âmbito acadêmico.  

2. INTRODUÇÃO

O local da área pesquisada encontra-se ao largo do Estado do Rio Grande do Norte (RN), partindo do Porto de Macau (5° 7’ 53’’S e 36° 38’ 17.97’’O) com a chegada ao Porto de Macapá (0° 1’ 7.10’’N e 51° 2’ 8,94’’O), no Amapá. Com o auxílio da Carta Náutica da Marinha do Brasil “Costa Nordeste da América do Sul” e do Google Earth, a área de estudo foi dividida em 10 radias oceanográficas, em que cada uma apresentava 5 estações, as quais, da radial 1 à 5,  as estações de amostra distavam 75 milhas náuticas (MN) entre si e, da Radial 6 à 10, foram oferecidas as coordenadas em Graus Decimais, as quais foram transformadas em Graus Minutos e Segundos (GMS) no ANEXO IV ao fim do trabalho. A embarcação segue visitando cada uma das estações a fim de executar as observações e coletas previstas. Após a partida efetivada no Porto de Macau (RN), foi necessário realizar uma atracação no Porto do Itaqui (MA) para a troca da tripulação, e, por fim, o cruzeiro seguiu, encerrando-se no Porto de Macapá (AP), localizado na margem esquerda do rio Amazonas, no canal de Santana, a 18 km da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. No ANEXO I consta as coordenadas das radias (início e fim), de 1 a 10, plotadas na carta e uma imagem dos pontos plotados no Google Earth. No ANEXO II está descrito o tamanho de cada radial, em Milhas Náuticas (MN) e Quilômetros (KM). No ANEXO III estão presentes as distancia entre as radiais.

A Margem Equatorial brasileira (FIG. 01) abrange as regiões de Rio Grande do Norte (RN), Ceará (CE), Barreirinhas e Pará-Maranhão (MA) e Foz do Amazonas, e possui aproximadamente 5.100 km de extensão, e é caracterizada por uma plataforma estreita, com a presença de relevos fundos relativamente planos, alternada com partes onduladas e feições irregulares de recifes de arenito submersos e bancos de algas, variando de 30 a 50 km de extensão na porção mais ao leste, e de 50 a 300 km na parte mais a oeste, onde Cânions submarinos são frequentemente encontrados ao longo do talude continental, o qual é relativamente íngreme, estendendo-se aproximadamente entre 200 a 2000 m de profundidade, destacando-se o Canyon do Amazonas. Além disso, a Margem Equatorial ainda é classificada como "fronteira exploratória" pela baixa quantidade de dados e do conhecimento geológico ainda insuficiente, porém os recentes investimentos feitos na região resultaram em um aumento da quantidade e qualidade dos mesmos, como um levantamento geoquímico (piston core) na Bacia do Ceará, realizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). As águas superficiais da plataforma continental brasileira e das regiões oceânicas adjacentes são basicamente tropicais e subtropicais em suas afinidades oceanográficas, faunísticas e florísticas. Além disso, a região de pesquisa aborda uma grande quantidade de estuários e ainda possui uma considerável área de manguezal bem estruturada.

[pic 2]

FIG. 01. Características da Margem Equatorial Brasileira.

A dinâmica superficial dos oceanos tropicais, na escala sazonal, é regida, principalmente, pelo forçamento devido ao cisalhamento dos ventos alísios, os quais apresentam um sistema de fortes correntes, áreas de ressurgência e subsidência. A característica única de tais oceanos é o fato que o parâmetro de Coriolis é nulo no equador, resultando em uma resposta rápida e intensa do oceano ao forçamento pelo vento (Vinogradov, 1981; Brown et al., 1989; Philander, 1990). Os ventos alísios sopram de nordeste (NE) no hemisfério norte e de sudeste (SE) no hemisfério sul, associados ao transporte de Ekman (que é à direita do vento no hemisfério norte e à esquerda no hemisfério sul), o que induz a divergência das águas superficiais ao longo da faixa equatorial e a convergência próximo à latitude de 4° N, como no caso do ponto 5 da Radial 09 e o ponto 5 da Radial 10, presentes no ANEXO IV. Esta zona de convergência em 4°N forma-se pelo encontro das águas transportadas por influência dos alísios de SE com as águas da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que são as principais responsáveis pelo clima regional, no Hemisfério Sul com chuvas intensas e regulares (março e abril) e no Hemisfério Norte com elevadas temperaturas e início de estiagem.

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