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O Trabalho Do Corpo No Circo

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Por:   •  6/4/2014  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  412 Visualizações

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O PAPEL DO CORPO NO CIRCO: DESENVOLVENDO O TECIDO ACROBÁTICO.

RESUMO

Este documento apresenta um pouco do conceito do circo e seu desenvolvimento na sociedade atual. Coloca também sua função como arte cênica, dando destaque à modalidade de tecido acrobático. Apesar do reconhecimento e do prestígio que este tipo de prática possui entre os artistas, ainda são poucos os que pesquisam o papel do corpo como arte no mundo circense.

Palavras-chave: Arte Circense, tecido acrobático, corpo.

1. UM POUCO DE HISTÓRIA

Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos quatro mil anos, mas o circo como é conhecido hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. As apresentações eram de animais selvagens, pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo, espadas, etc.

No início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. Nasciam aí as famílias de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cômicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro. Mas foi somente na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje.

Já o objeto principal de estudo deste trabalho, o tecido acrobático, não tem uma origem nada definida: a primeira das versões não oficiais é de que os chineses já realizavam acrobacias sobre a seda há cinco mil anos atrás. Mas os desenhos mais antigos datam de mais ou menos 600 d.c.Uma outra visão revela que a prática teria sido inspirada, na corda indiana. No ocidente um dos relatos mais antigos é de uma experiência nas décadas de 1920 e 1930 em Berlim, por alguns artistas que realizaram movimentos com as cortinas de um cabaré. Há ainda a hipótese de que um francês, de nome desconhecido teria desenvolvido trabalhos acrobáticos na seda, iniciados com experimentos a partir de correntes e uma última versão, a do ex-proprietário do Circo Escola picadeiro e Presidente da ABRACIRCO que mostra o desenvolvimento da prática de tecido acrobático em 1980, onde seu criador, o francês Gerrad Frazoly, professor do Centre National dês Arts du Cirque, teria iniciado experimentações.

O tecido acrobático torno-se mais popular em apresentações do Cirque Du Soleil e hoje é muito utilizado como uma alternativa para quem não gosta de academias tradicionais. Já que o tecido desenvolve flexibilidade, coordenação motora e traz condicionamento físico.

2. CORPO E INSTRUMENTO DE TRABALHO

Muitas pessoas pensam que acrobatas de tecido não estão ali para representar um papel, festão ali simplesmente para exibir números de grande dificuldade, enchendo os olhos do público, sem a necessidade de uma atenção a como fazer isso.

No Brasil, nas últimas duas décadas, as artes cênicas têm investido na aproximação do circo com o teatro. Grupos e diretores teatrais passaram a adotar a linguagem circense como recurso cênico. Por outro lado, motivadas talvez pelos impulsos dados pelo Cirque du Soleil, as artes circenses também têm buscado no teatro e na dança formas de inovação.

A técnica do tecido acrobático qualquer pessoa pode aprender e reproduzir, uma seqüência de movimentos, enrolando-se no tecido e montando formas esteticamente bonitas. Mas como diz Christine Greiner:

“O que importa não é o plié, mas: o plié, a sua natureza, quem faz, o que o criou,o ambiente onde ele vive, como aquele conhecimento chegou naquele corpo, como foi processado, como vai evoluir. Tudo isso para concluir que, ao final das contas, todas essas informações estão sim no plié. Não apenas para executá-lo, para conceituar todo o pensamento decorrente da sua execução.”

Assim como na dança e em todas as Artes Cênicas, o cuidado com o corpo, com o movimento é fundamental. Não pode ser apenas executado, devem estar cheios de consciência e personalidade. Tendo o corpo como instrumento de trabalho, o artista tem que ter domínio e conhecimento deste, bem como da técnica que executa.

O conhecimento de sua anatomia e fisiologia é essencial, saber até onde seu corpo pode ir, cada articulação, cada músculo e treinar como utilizá-los em cada circunstância, ampliando repertório, para não tornar os movimentos sempre repetitivos e sem variações, minimizando as “afetações” como diz Henrich Von Kleist . Permitido ao corpo ser influenciados

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