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O aparecimento do sistema nervos

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Por:   •  3/11/2014  •  Artigo  •  1.457 Palavras (6 Páginas)  •  252 Visualizações

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O APARECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO. As células nervosas começaram a interagir entre si, organizando-se, para formar os primeiros sistemas nervosos. Os metazoários são os primeiros organismos que apresentam sistemas nervosos e fazem parte do Reino Animal. Este reino divide-se em cerca de trinta grupos principais chamados filos. Os quatro filos mais importantes são os nemátodes (ou filarias), os artrópodes, os moluscos e os cordados. Cada um deles possui um grande número de espécies. Em termos ecológicos, estes filos utilizam as quantidades maiores de energia solar que lhes flui através das plantas verdes para a biomassa terrestre.

O Sistema Nervoso da Medusa. Dentro da mesogleia existem células nervosas provenientes da ectoderme. As suas expansões alcançam distâncias variáveis e estabelecem contactos sinápticos entre si, formando redes nervosas bidimensionais que se estendem por toda a medusa. Estas redes recebem sinais de várias células sensoriais, nomeadamente das fossas sensitivas, provavelmente para a quimiorrecepção, de um ocelo ou mancha ocular para a recepção visual, das células sensoriais tácteis e dos estatocistos para detectar a gravidade. Por si mesmas estas células têm uma baixa atividade espontânea.

As respostas nervosas vão às células epiteliais contrácteis, situadas debaixo do sino ou campânula. Estas permitem os movimentos natatórios lentos e os reflexos de direção. A atividade que os controla propaga-se lenta e difusamente através das redes nervosas.

Nalgumas espécies, existem células nervosas agrupadas em pequenos acúmulos difusos – os corpos marginais, os quais podem ser considerados como gânglios primitivos. Apesar disso, os celenterados carecem de um sistema nervoso central.

O Sistema Nervoso da Planária. Nas planárias primitivas, as células nervosas formam uma rede nervosa, que não é muito diferente da dos celenterados. Mas as espécies mais evoluídas já têm no extremo da cabeça, um aglomerado de células nervosas. Este constitui provavelmente a origem de um sistema nervoso central, que pode já ser qualificado de «cérebro». As fibras nervosas que entram e saem deste cérebro unem-se para formar cordões nervosos.

A resposta motora dirige-se para as bandas de fibras musculares que correm de um modo longitudinal ou circular. Isto permite que ocorram movimentos simples, como, por exemplo, arrastar-se e nadar. A natação também é assistida pelo epitélio ciliado, como já ocorria na plánula dos celenterados. As planárias apresentam igualmente reflexos orientativos primitivos. No entanto, o seu reportório comportamental é ainda muito limitado.

Esta breve descrição aplica-se somente às formas vivas livres, como os triclados e os policlados da classe dos Turbelários. As restantes espécies são parasitas, como, por exemplo, as ténias que infestam os seres humanos. Estas apresentam graus extremos de adaptação, incluindo a redução ou mesmo a ausência de órgãos sensoriais, células nervosas e órgãos para a locomoção.

O Sistema Nervoso dos Anelídeos. A tendência das células nervosas para se agruparem em gânglios começou nas planárias e continua nos anelídeos. Os gânglios formam já um verdadeiro sistema nervoso central e os que se localizam na cabeça começam a esboçar o aparecimento de um cérebro.

Na maioria dos invertebrados, os gânglios estão organizados de uma forma típica: os corpos das células nervosas dispõem-se ao redor da superfície externa, enquanto os ramos e as conexões sinápticas constituem um neurópilo dentro do núcleo ganglionar

O Sistema Nervoso dos Artrópodes. O sistema nervoso dos artrópodes ajusta-se ao plano geral do dos anelídeos. Os gânglios mais anteriores dispõem-se dorsalmente em relação à boca e os restantes gânglios estão dispostos ventralmente, formando os cordões nervosos ventrais. Os gânglios dorsais são os maiores e compreendem os gânglios cerebrais ou supraesofágicos, que recebem sinais das antenas e das anténulas, e os gânglios subesofágicos, que inervam as partes locais. Este conjunto de gânglios, unidos entre si pelos conectivos periesofágicos, constituem o cérebro dos artrópodes.

Sistema Nervoso dos Insetos.

No sistema nervoso dos insetos, os gânglios estão mais unidos e podem, pelo menos, ser identificadas três regiões distintas:

um protocérebro, que recebe estímulos dos olhos;

um deuterocérebro, que recebe estímulos das antenas; e

um tritocérebro, que inerva o tubo digestivo anterior e a região cefálica.

Os olhos dos insetos e as suas vias neuronais associadas no lóbulo óptico estão muito desenvolvidos. Além dos centros nervosos e das conexões de fibras e de acordo com a estrutura cerebral dos outros artrópodes, o cérebro dos insetos utiliza órgãos neuroendócrinos para controlar determinados processos corporais. Os gânglios emparelhados localizam-se próximo da aorta e estão conectados ao cérebro mediante um tronco nervoso. As células nervosas do cérebro sintetizam hormonas, que passam às terminações nervosas do gânglio através dos axónios do tronco nervoso. Algumas adaptações e mecanismos nervosos associados estão relacionados com estas novas funções sociais dos insetos.

O Sistema Nervoso dos Moluscos. A estrutura do sistema nervoso dos moluscos cobre a quase totalidade do espectro da complexidade observada nos invertebrados, desde as formas mais primitivas que estão ao nível das planárias (Platelmintos) até aos cefalópodes (polvos) que estão ao nível dos insetos mais avançados. O seu sistema nervoso consta de quatro gânglios cefálicos emparelhados: o bucal, o cerebral, o pleural e o pedal, que se agrupam ao redor do esófago, e de vários outros gânglios próximos Contudo, apresentam diferenças significativas que serão estudadas a partir de um cefalópode muito conhecido – o polvo.

O Sistema Nervoso do Polvo. Como sucede com os outros moluscos, o sistema nervoso do polvo está localizado à volta do esófago. O crescimento e a fusão dos gânglios formam um verdadeiro cérebro.

Entre os órgãos sensoriais, os olhos são os que estão mais desenvolvidos. O polvo e os seus parentes são animais extremamente ativos, que se movem rapidamente, sobretudo no que diz

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