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Relatório de Saída de campo

Por:   •  21/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  921 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

SAMANTA CRISTINA DE SOUZA DOS SANTOS

SILVANO MATIUZZI

RELATÓRIO DE SAÍDA DE CAMPO À CACHOEIRA SECA NO MUNÍCIPIO DE CAMBORIÚ, ESTADO DE SANTA CATARINA

Itajaí

2015

SAMANTA CRISTINA DE SOUZA DOS SANTOS

SILVANO MATIUZZI RODRIGUES DA CUNHA

RELATÓRIO DE SAÍDA DE CAMPO À CACHOEIRA SECA NO MUNÍCIPIO DE CAMBORIÚ, ESTADO DE SANTA CATARINA

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção da M3 da disciplina de Anatomia Vegetal do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar.

Professor: Mestre Oscar Benigno Iza

Itajaí

2015

Introdução

        No presente trabalho, está relatada a saída de campo à Cachoeira Seca, no dia 30 de outubro de 2015. Localizada na Estrada Geral dos Macacos na localidade de Villa Conceição, na área rural do município, a 13km do centro de Camboriú, no estado de Santa Catarina, encontra-se em uma Reserva Particular de Patromônio Natural - RPPN, uma área preservada, com imensa riqueza de biodiversidade.

        Tem seu nome decorrente do fato de que em um determinado ponto suas águas passam por baixo dos rochedos e não são visualizadas, enquanto os pedestres passam pelos rochedos a pés enxutos. São 300 hectares cercados de muita mata atlântica nativa e pedras.

            Encontrou-se um antigo Engenho de Serra remanescente, onde a comunidade local está sempre disposta a

contar um pouco de sua história.

        Observou-se as trilhas e as vegetações do local. Foram percorridas duas trilhas, onde entre elas havia um riacho, no qual grande parte da turma não atravessou. Os alunos foram guiados pelo professor Oscar de Anatomia Vegetal, responsável pela saída. Ao longo da trila, o professor noticiava sobre a vegetação encontrada, bem como sua anatomia externa, interação com insetos e funções morfológicas. Foram 16 plantas observadas, das quais tirou-se fotos para registro das mesmas e as anotações feitas estão listadas no relatório apresentado abaixo.

Palavras-chave: vegetação, anatomia externa, anotações.

Objetivos

               O objetivo do presente trabalho foi observar sobre a anatomia externa e características de algumas espécies e famílias de plantas, aprendidas no decorrer das aulas práticas e teóricas em sala de aula, durante a trilha feita à Cachoeira Seca.

Desenvolvimento


           Na chegada a Cachoeira Seca, havia uma casa em um antigo engenho,onde os proprietários recepcionaram o professor e os alunos. Antes de começar a trilha, o professor mostrou equipamentos necessários às saídas de campo, como GPS, bússola (caso o GPS não funcione), equipamentos para coleta, como espátula e pote, capa de chuva, toca, entre outros, sempre apresentando o equipamento e demonstrando como proceder com a utilização do mesmo.

As plantas observadas na trilha estão listadas abaixo:

  • Archaea s.p., da família Bromeliaceae. Popularmente conhecida como Caraguatá, é um planta rupícola (estava sobre outra planta) e encontrava-se fértil (possuía flores). Apresentava também fitotelmo, um compartimento de água e nutrientes. Planta micro-hábitada (hábitat reduzido).

  • Sinningia s.p., da família Gesneriaceae. Planta rupícula, fértil com flores, e possuí um indumento (cobertura) piloso.

  • Cyperus s.p., da família Cyperaceae. Conhecida popularmente como tiririca. Com rizoma (caule subterrâneo), em formato trígono.
  • Polygalaceae. Conhecida como gelo do mato. Uma herbácea de áreas abertas, que possui raiz odorífera e medicinal. Seu aroma lembra o medicamento Gelol.
  • Meliaceae. Conhecida como catiguá-morcego. Adupreta ripícola (solo encharcado), fértil com sementes ariladas vermelhas.
  • Piptadenia gonoacantha, Fabaceae. Conhecida como pau-jacaré. Estava fértil com frutos e sementes. Caule aliforme e ripícola, que tem na sua aparência como couro de jacaré a característica que deu seu nome popular.
  • Xylopia brasiliensis, Annonaceae. Conhecida como Pinduíba. Sua principal característica é ter o ritidoma descamante avermelhado. 
  • Clusia criuva, Clusiaceae. Conhecida como mangue-de-formiga.  Planta de lugares iluminados (heliófila) mas comumente sendo esciófila (lugares sombrosos).
  • Piper s.p., da família Piperaceae. Conhecida como pariparoba. Ocorrem em ambiente mesófilo (nem muito quente, nem muito frio) e são visitados por quirópteros
  • Attalea dúbia, da família Arecacea. Conhecida como indaiá. Palmeiro com numerosas drupas, fruto característico da família. Esse táxon apresenta grande oferta de pólen, e nutrientes contidos na unidade de dispersão.
  • Nidularium innocentii, da família Bromeliaceae. Conhecida como gravatá. Herbácea terrícola, fértil florida e brácteas vermelhas com função de atração.
  • Heliconia farinosa, da família Heliconiaceae. Conhecida como caetê. Herbácea ereta e robusta de solos hidromórficos (grande quantidade de água). Inflorescências de brácteas vermelhas e flósculos amarelos (pequenas flores).  Polinizados seletivamente por beija-flores, tendo o néctar como recompensa.
  • Clidemia hirta, da família Melastomataceae. Conhecida como pixirica. Erva revestida com abundantes tricomas hirsutos (grande quantidade) purpúreos. Ocorre em locais úmidos e de luz difusa.
  • Cecropia glaziovii, da família Cecropiaceae. Conhecida como embaúba. Relação mutualística entre a formiga de gênero Atta e este táxon. Na parte apical de pecíolo, encontra-se uma estrutura nutritiva denominada de pães-de-mulher, proteína que serve de recompensa para a formiga e esta se comporta atacando outros herbívoros da planta.
  • Euterpe edulis, da família Arecaceae. Conhecida como juçara. Espécie em perigo. Palmeira que fornece o “palmito”, proveniente do meristema apical. Os frutos são fonte nutritiva para a fauna.
  • Ficus adhatodifolia, da família Moraceae. Conhecida como figueira. Sicônico (pseudofruto) suculento e abundante. Produz grande quantidade de propágulos para a fauna por longo período.

                         Considerações finais

           A Cachoeira Seca é sem dúvida, um lugar privilegiado por sua flora, fauna, rochas, córregos, cascatas, trilhas, preservação, um ecossistema que mesmo pequeno, é incomparável.
            A Mata Atlântica, o ecossistemas aí representado, esbanja uma beleza maravilhosa e atraente por sua vegetação, de cores abundantes e fauna peculiar.
             A saída de campo alcançou o objetivo, sendo que as imagens foram registradas para posterior estudo e identificação das plantas abordadas. Todas foram identificadas e até algum ponto estudadas,para que se pudesse confeccionar o presente relatório.

              Vale ainda ressaltar as importantes informações sobre a história e economia do local que foram abordadas pelo Professor Oscar, levando ao melhor entendimento como esta reserva resiste a várias gerações de famílias que de alguma maneira, a explorou.

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