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TERATOGÊNESE: O USO DE MEDICAMENTOS E DROGAS LICITAS DURANTE A GESTAÇÃO

Por:   •  16/5/2018  •  Artigo  •  1.018 Palavras (5 Páginas)  •  414 Visualizações

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TERATOGENESE: O USO DE MEDICAMENTOS E DROGAS LICITAS DURANTE A GESTAÇÃO

Isabele Francisca Quartaroli1; Adriana Terezinha de Mattias Franco2

1Aluna de Biomedicina – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – isabele.quartaroli@gmail.com;

2Professora Dra.do curso de Biomedicina – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – adritmf@gmail.com;

Grupo de trabalho: Biomedicina

Palavras-chave: teratologia, teratógenos, anomalia congênita, drogas lícitas, medicamento 

Introdução: A Teratogênese remete ao desenvolvimento anormal do feto na gestação, explorando as causas e efeitos das anomalias congênitas. Tais anomalias dividem-se durante o estudo entre fatores genéticos – hereditários – e fatores ambientais, advindos externamente, incluindo aqui drogas lícitas e medicamentos, explorados durante este trabalho. Estima-se que de 7% a 10% dos defeitos congênitos humanos resultem das ações nocivas de drogas e demais fatores ambientais (Moore e Persaud 2000). Os teratógenos, agentes que podem produzir uma anomalia congênita, encontram-se presentes, entre outros, na formulação de medicamentos e drogas de abuso, dando atenção especial a estes, visto que seu uso é crescente e habitual por gestantes. O uso de drogas prescritas e não prescritas durante a gravidez mantém-se excepcionalmente alto, ainda mais considerando que muitos agentes teratógenos permanecem desconhecidos, uma vez que testes humanos seriam inexecutáveis, e os atuais testes em animais apresentam falhas na sua concepção e aplicação real.

Objetivos: Apontar dados para conscientização e compreensão dos riscos que o uso de drogas lícitas e medicamentos durante a gestação apresentam para a saúde e formação do feto.

Relevância do Estudo: De acordo com a US Centers of Disease Control, 20% das mortes infantis podem ser atribuídas a defeitos de nascença, considerando a alta incidência de casos, mas baixo número de realização de pesquisas na área, percebemos a necessidade do estudo, principalmente com teratógenos adquiridos fácil e legalmente. 

Materiais e métodos: Na metodologia aplicada consta a coleta de dados através de revisão bibliográfica em livros localizados na biblioteca das Faculdades Integradas de Bauru (FIB) e demais publicações científicas presentes em fontes virtuais e impressas.

Resultados e discussões: Durante muito tempo acreditou-se que o embrião estava completamente protegido pela placenta, e que, portanto, não seria contaminado por nenhuma substância ingerida pela mãe. Apenas em 1941 essa afirmação foi contestada e os teratógenos, substâncias químicas presentes em medicações e drogas de abuso que causam as anomalias congênitas, passaram a ser estudados. Os mecanismos exatos pelo qual agem os teratógenos ainda permanecem ocultos, embora alguns fatores de sua ação são conhecidos: o período mais crítico de desenvolvimento do embrião é durante a divisão e diferenciação celular, de três a seis semanas, mas seu crescimento pode ser perturbado após esse período, visto que o encéfalo e demais órgão ainda se desenvolvem. Perturbações no feto anteriores a esse período dificilmente se manifestam como anomalias, visto que seus efeitos podem ser compensados pelas propriedades reguladoras do embrião inicial, ou causam um aborto espontâneo. O álcool e o fumo são as drogas mais consumidas no mundo, e embora as campanhas contra seu uso sejam frequentes por órgãos de saúde, gestantes continuam a utiliza-los, principalmente o cigarro, sem o entendimento do risco real. A nicotina pode causar no feto baixo peso no nascimento; defeitos cardíacos; deficiências nos membros; diminuição do fluxo sanguíneo uterino; hipóxia fetal; retardo mental, sem mencionar as outras substâncias químicas também presentes no cigarro. Já o álcool muitas vezes é consumido no início da gestação, o período de maior risco para o feto, quando mulheres não tem conhecimento da gravidez, ou por mães alcoólatras. No embrião o álcool pode causar síndrome do Alcoolismo Fetal; crescimento intra-uterino retardado; retardo mental; microcefalia; anomalias oculares; anormalidades das articulações e fissuras palpebrais curtas. Medicamentos também são causadores de anomalias congênitas, muitos fármacos com propriedades teratógenas já foram descobertos e propriamente proibidos a gestantes, mas infelizmente, pela falta de estudos próprios e deficiência de testes, já que o testes animais não podem ser considerados completamente confiáveis, pois diversas substâncias são metabolizadas de forma diferente em humanos e animais, ainda há muitos mais a serem revelados. Um exemplo muito comum são os Andrógenos e Progestágenos, presentes em anticoncepcionais, consumidos na maioria dos casos por mulheres que engravidaram em alguma falha da pílula, e sem conhecimento da gestação continuaram seu uso diário. No feto feminino eles podem causar a masculinização de suas características físicas, como genitália externa ambígua resultando na fusão dos lábios e hipertrofia do clitóris. Um caso muito conhecido também é a medicação Talidomida, amplamente utilizada para enjoo matinal na gravidez, mais de dez mil casos de anomalias congênitas na Alemanha são diretamente ligados a ela. Hoje, em território brasileiro, usada no tratamento de hanseníase e AIDS, ela é proibida a qualquer mulher em idade fértil, sendo prescrita apenas em casos imprescindíveis.

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