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Trabalho Bio do Solo

Por:   •  23/4/2021  •  Relatório de pesquisa  •  2.236 Palavras (9 Páginas)  •  183 Visualizações

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[pic 1][pic 2]Universidade de São Paulo[pic 3]

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Departamento de Ciências Florestais

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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi

Piracicaba/SP

2015

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  1. INTRODUÇÃO

        As estações experimentais são um elemento integrante e essencial na descoberta de conhecimentos sobre a complexidade dos ecossistemas e a melhor forma de manejá-los, visando uma produção florestal sustentável (LAURIE et al, 2012). Estes laboratórios vivos são dedicados à investigação a longo prazo sobre processos ecológicos e silviculturais, visando a geração de informações que possam ancorar ações de gerenciamento e otimização da produção de florestas plantadas, considerando aspectos intrínsecos à conservação das paisagens e da biodiversidade. Tais conhecimentos são valiosos não apenas aos especialistas da área, mas constituem ferramentas importantes de tomada de decisão para o setor produtivo e órgãos deliberativos, além de serem também objetos de interesse da sociedade civil.

        Antes do cronograma de abordagem sobre a E.E.C.F. Anhembi, contudo, talvez se faça necessária uma reunião de conceituações sobre o objeto de estudo abordado. O Serviço Florestal dos Estados Unidos define uma estação experimental como “uma área administrada para subsidiar a pesquisa necessária para a gestão da terra” (The Forest Service Manual, 2009). As particularidades do EUA na área de pesquisa florestal, bem como sua história na criação de estações experimentais para estudos, e até mesmo os modelos adotados por outros países, não são abordados em profundidades aqui para permitir apenas uma breve definição que nos permita elucidar, de maneira didática, os principais objetivos da existência de uma estação experimental florestal, considerando sua relevância no desenvolvimento científico e na formação acadêmica de profissionais do ramo. Por outro lado, mas ainda de modo concomitante, o Sistema Estadual de Florestas de São Paulo, por exemplo, caracteriza as estações experimentais como “áreas de uso múltiplo, destinadas à realização de atividades e programas de pesquisas científicas, visando à conservação da biodiversidade e o desenvolvimento tecnológico” (Sistema Ambiental Paulista, 2006).

        Essas duas definições nos permitem refletir empiricamente sobre as condições propiciadas pelas estações experimentais à realização de experimentos e à condução de trabalhos em campo, mas não abordam um outro aspecto essencial de sua existência: a capacitação técnica universitária. No âmbito da Universidade de São Paulo, e em particular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, as estações experimentais complementam uma demanda dos estudantes por conhecimento de caráter prático e vivencial, possibilitando o desenvolvimento de projetos, a publicação de artigos e realização de períodos de estágios para interação com novos materiais, métodos e técnicas nas ciências florestais. Essa capacitação demonstra-se de particular importância para a formação de profissionais criativos, proponentes de novas metodologias de produção e habilitados a lidar com os desafios do futuro, em um cenário em que a produtividade aliada à sustentabilidade socioambiental figuram como demandas cada vez mais exigidas (POTTS et al, 2014).

        Para os biólogos, a atuação em cadeias produtivas pode ser ressaltada pela importância da inserção desse profissional no desenvolvimento de pesquisas básicas, que forneçam subsídios mínimos para o desenvolvimento e a implementação no setor florestal, a exemplo das aplicações em biotecnologia, botânica e ecologia. Essa demanda assinala a oportunidade de inserção na otimização produtiva do setor, mas também denota sua relevância para a avaliação dos impactos ambientais decorrentes da adoção de diferentes modelos de produção, visando a melhor forma de minimizar seus impactos.

        Com esse panorama, os objetivos do presente relatório estão concentrados principalmente na descrição do programa de visita técnica realizada por alunos do curso de Ciências Biológicas (ESALQ/USP) à E.E.C.F. Anhembi, estação que se destaca principalmente pelo “desenvolvimento de pesquisas em Melhoramento Genético de Espécies Florestais Tropicais e Subtropicais” (A USP e suas estações experimentais, 2009). São abordados aspectos técnicos e complementações bibliográficas aos temas, com perspectiva de geração de pesquisas de interesse que permitam responder à uma diversidade de questões sobre a importância da incorporação de modelos mais sustentáveis de produção e desenvolvimento de projetos de  conservação: a adoção de boas práticas de gestão, produção e conservação de recursos florestais se justificam economicamente? Como o biólogo pode contribuir nesse cenário?

  1. PROGRAMA DE VISITA

  1. Histórico E.E.C.F. Anhembi

Considerado o maior banco de germoplasma do Brasil e a maior reserva de sementes de eucalipto da América Latina, a Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi (E.E.C.F.) tem 42 anos de atuação. Sua origem data de uma época de incentivos fiscais no país, e sua formação deu-se pela doação, a partir das Centrais Elétricas do Estado de São Paulo (CESP), em 1974, de duas glebas de terras à Universidade de São Paulo. Essas áreas eram remanescentes de desapropriação de terras para a instalação do reservatório de Barra Bonita- SP, às margens do Rio Tietê, e desde então, sob gestão do Departamento de Ciências Florestais (LCF) da USP/ESALQ, têm subsidiado a geração de pesquisas visando a conservação e o melhoramento genético de espécies florestais exóticas e nativas, com atividades preocupadas com o tripé ensino, pesquisa e extensão, bem como com a conservação e recuperação de recursos naturais e a proteção da flora e fauna nativas, e também dos recursos hídricos.

        A estação possui parcerias nacionais e internacionais, permitindo o intercâmbio de conhecimento e recursos humanos, além da constituição de um rico banco genético de espécies potenciais para cultivo no Brasil, objetivo presente em sua concepção histórica visionária pelos professores do departamento.

        Além do múltiplo uso florestal, visando promover o melhor aproveitamento do uso do solo, a estação é responsável por sua sustentabilidade econômica e pelo pagamento de seus funcionários, um dos pré-requisitos para a aprovação de sua existência pela Pró-Reitoria da Universidade quando de sua criação. Essa sustentabilidade é gerada através da produção de bens madeireiros e não-madeireiros, a exemplo de mel e sementes de espécies arbóreas.

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