COMPARAÇÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO CONVENCIONAL E A CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO

UNIVERSIDADE FEEVALE[pic 1]

ROGER GOMES

COMPARAÇÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO CONVENCIONAL E A CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO

Novo Hamburgo

2012

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ROGER GOMES

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COMPARAÇÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO CONVENCIONAL E A CITOLOGIA EM MEIO LÍQUIDO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Citopatologia Clínica.

Orientadora: Prof.ª Dr. Miriam Alice Frantz

 

Novo Hamburgo

2012

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SUMÁRIO[pic 4]

INTRODUÇÃO ..................................................................................................        04

METODOLOGIA ...............................................................................................        06

DISCUSSÃO .......................................................................................................        07

CONCLUSÃO ....................................................................................................        12

REFERÊNCIAS ..............................................................................................        14

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INTRODUÇÃO

O exame citopatológico em 1941 se tornou uma importante ferramenta para a detecção precoce do câncer de colo uterino. Através disso no decorrer dos anos países têm realizado rotineiramente o exame de Papanicolaou, porém alguns ainda apresentam uma significativa mortalidade nos casos desta doença, fato que faz da citologia convencional alvo de muitas críticas devido aos resultados falso-negativos, cujas taxas podem variar de 2% a 50% no total das rotinas laboratoriais pelo mundo (TAVARES et al., 2007).

No decorrer destas falhas acontecem óbitos de mulheres por câncer de colo uterino, pacientes estas que realizavam exames citopatológicos em intervalos adequados de tempo, indicando a existência de problemas relacionados à metodologia da análise, proveniente de resultados falso-negativos que na sua maioria originada de amostragem celular e fixação de lâmina inadequada, informações clínicas insuficientes e erros de interpretação (DO CARMO, 2004). Em diversos estudos são apontados índices não ideais de sensibilidade do preparado convencional de Papanicolaou (RONCO G et al., 2007).

Segundo GÓIS FILHO (2010), ainda existem muitas dificuldades na realização de exames citológicos, como, a carência de profissionais treinados para a coleta e a ausência de estrutura de laboratórios. Além disso, ele cita que a leitura das lâminas é realizada em sua maioria por citotécnicos, na maioria das vezes sem supervisão e controle de qualidade. E também afirma como outras causas de erros: a presença de lesões pequenas inacessíveis à coleta; defeito de coloração ou fixação do esfregaço; presença de sangue menstrual ou de origem traumática entremeando com o material celular; atrofia epitelial e também artefatos, que aparentemente são banais (como talco e lubrificantes vaginais), mas que podem dificultar a interpretação e induzir a erros na leitura.

Dentre os problemas originados por resultados falso-negativos, ao paciente implica falsa segurança e atraso do diagnóstico. No sistema de saúde público algumas vezes há o compromisso financeiro da execução do exame sem os devidos resultados corretos. Também comprometem a adequabilidade da amostra podendo aumentar taxas desses resultados inadequados, a não representação de células endocervicais e/ou zona de transformação, a presença de sangue, processos inflamatórios e artefatos de fixação. Fatores como esses, normalmente estão ligados a erros da coleta, mas podem levar a causa de erros de escrutínio e de interpretação (MANRIQUE et al., 2007).

Em 1990 com o intuito de melhorar a leitura das lâminas por computadores na intenção de uma melhora nos diagnósticos citológicos, foi desenvolvida uma nova metodologia para realização da citopatologia do colo uterino: a citologia em meio líquido (CML). Sendo necessário um preparado que apresentasse o menor número possível de artefatos e sobreposições celulares, assim, surgiu a CML para atender às demandas de escrutínio computadorizado. Essa técnica é realizada mediante a suspensão e centrifugação de células provenientes do material colhido em líquido fixador, e posteriormente à deposição de uma fina camada de células sobre a lâmina, no qual é denominada de citologia de monocamada ou camada fina (DIAS et al., 2008).

Assim, nos últimos anos, a citologia de meio líquido apresenta-se como alternativa a proposta de melhora na sensibilidade do exame citopatológico convencional (CC), pela melhor qualidade de fixação do material, homogeneidade da distribuição celular no esfregaço, sendo considerada como método de aprimoramento do exame de papanicolaou. Mas a CML tem um alto custo financeiro, podendo inviabilizar sua execução em unidades de saúde e programas de prevenção do carcinoma de colo uterino nos países em desenvolvimento (MACHADO et al., 2008).

Nesta revisão bibliográfica, realizou-se um estudo comparativo sobre o tema, em livros, sites especializados e periódicos. O objetivo foi chegar a dados que levassem a esclarecer através de seus resultados as vantagens e desvantagens na comparação entre citologia em meio líquido e a citologia convencional. É importante informar que existem diferentes metodologias de citologia em meio líquido no mercado, dentre as quais podemos citar: a ThinPrep, a Autocyte Prep, DNAcitoliq, EasyPrep, Cytoscreen,MonoPrep, Surepath, Cytospin e Cytorich. Apesar do grande número de metodologias em meio líquido, são mínimos os estudos que comparam aos diferentes métodos, pois a maioria dos trabalhos analisa a ThinPrep. O questionamento a ser respondido no presente estudo é se a nova citologia, em meio líquido, é melhor do que a citologia convencional.