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Efeito da Temperatura na Atividade Catalítica

Por:   •  28/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.764 Palavras (8 Páginas)  •  285 Visualizações

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                           Universidade Estadual de Campinas [pic 1][pic 2][pic 3]

                Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)        


Efeito da temperatura na atividade catalítica de enzimas

2019


  1. Introdução

        As enzimas são catalisadores biológicos, versáteis, que apresentam várias propriedades que as tornam atrativas em processos onde ocorram biotransformações ( SPIER, 2005). Sua ampla aplicação na indústria é devido à alta atividade catalítica em comparação com os catalisadores convencionais, por atuarem com alta eficiência em condições reacionais amenas ( SPIER, 2005). As enzimas podem ser encontradas em células de tecidos animais e vegetais bem como em microrganismos, sendo que nestas últimas tornam-se uma opção particularmente atrativa, devido a razões como ampla disponibilidade, custo de produção relativamente baixo, condições suaves de síntese, ampla especificidade pelo substrato, diferentes características físico-químicas e suscetibilidade de manipulação genética (SPIER, 2005).

As amilases estão entre os grupos mais importantes sob o ponto de vista biotecnológico, cujas aplicações crescem significativamente, como por exemplo, a α-amilase é uma enzima que cliva as ligações α-1,4 do amido liberando unidades de glicose e dextrinas (SPIER,2005).

As amilases fúngicas, que são carboidrases pertencem à classe das hidrolases, que são responsáveis por reações hidrolíticas (HARGER, 1982). A maioria das carboidrases é produzida por diferentes tipos de fungos e muitas espécies produzem diferentes carboidrases (CARVALHO, 2007).

Para a atividade da α-amilase é necessária a presença de Ca+2 como cofator, dado que as amilases de origem diferentes se diferenciam pela força de ligação com o cálcio, que não influi somente na atividade da enzima como também aumenta sua estabilidade frente a trocas de temperatura e de pH (SPIER, 2005).

A α-amilase fúngica diminui sua atividade rapidamente acima de 50ºC, mas na presença de um excesso de íons cálcio a desativação pode ser diminuída (SPIER, 2005).. Íons de metais pesados, como o mercúrio, a prata e o chumbo inibem a α-amilase (HARGER, 1982).

Para utilização na indústria, a α-amilase fúngica é utilizada geralmente para a suplementação da atividade diastásica em produtos panificados, seja para correção ou suplementação em farinhas de trigo.

  1. Materiais e métodos

2.1. Materiais

20 µL α-amilase fúngica comercial em 250 mL de água destilada ;

Solução de Amido pH 6,0, da qual o substrato foi preparado previamente pela mistura de solução de amido (1%m:v) em água destilada previamente aquecida durante 5 minutos em ebulição e resfriada à temperatura ambiente;

Tampão fosfato 0,1 Mol/L pH 6,0: água destilada, na proporção 5:1:2 (v:v);

 Solução de Iodo - KI (0,3 % I2 + 3% KI em água destilada);

 Solução HCl 0,1 Mol/L.

2.2 Métodos

Pipetou-se 0,2 mL da solução de α-amilase fúngica em tubos de ensaio, diretamente no fundo dos tubos, dos quais foram incubados nas temperaturas de 5ºC, 30ºC, 50ºC, 60ºC   e 80ºC durante 15 minutos. Posteriormente, resfriaram-se os tubos de ensaio em béquer com água na temperatura ambiente.

        Adicionou-se 0,8 mL de substrato amido (Previamente incubado a 50°C) em cada um dos 7 tubos de ensaio contendo 0,2 mL da solução de enzima previamente tratada a diferentes temperaturas. Os tubos foram agitados durante 5 minutos  tubos para que ocorresse a homogeneização.

Após a incubação, paralizou-se  a reação adicionando 0,5 mL de HCl 0,1 Mol/L em cada tubo de ensaio, agitando os tubos para homogeneização a mistura reacional.

 Adicionou-se exatamente 0,1 mL de solução de Iodo - KI nos tubos de ensaio e completou-se o volume da solução para 15 mL com água destilada. Os tubos foram tampados com filme plástico e misturados por inversão.

 Preparou-se o Tubo “branco”, onde foi pipetado 0,1mL de solução de Iodo-KI + 14,9 mL de água destilada em tubo de ensaio.

 Preparou-se o Tubo “controle”, onde foi pipetar 0,8 mL substrato + 0,5 mLHCl 0,1 Mol/L + 0,1 mL de solução Iodo KI, em tubo de ensaio.

Em seguida adicionaram-se 13,6 mL de água destilada no tubo controle, para completar o volume para 15 mL.

 Calibrou-se o espectrofotômetro com a solução do Tubo “branco” de modo a medir a absorbância das amostras dos tubos teste e da solução do Tubo “controle” a 620 nm.

  1. Resultados e discussão

Através do espectrofotômetro foi obtido o valor de absorbância das amostras em diferentes temperaturas. Através dos valores obtidos, foram calculados as unidades de atividade enzimática de α- amilase (em U/mL de enzima), como mostrado no exemplo a seguir para a temperatura de 5 °C:

  • Determinação de unidades de atividade enzimática total (em U)

Calculada a partir da diferença entre o valor da absorbância do tubo de controle e a absorbância da amostra (Tabela 1):

Abs: 0,821 - 0,801

Abs: 0,020

        Cada 1U equivale a 0,001 abs, obtendo-se o valor de unidades de atividade enzimática em 0,020:

1U - 0,001 abs

x - 0,020 abs

x = 20U

  • Determinação de unidades de atividade enzimática por mL de enzima comercial (U/mL*min)

        E obtida a partir do tempo de reação de 1 minuto:

20U - 5 min

y     - 1 min

y = 4 U/min

        Como foi utilizado 0,5 mL de enzima comercial, o valor encontrado anteriormente deve ser ajustado para 1 mL de enzima comercial:

4 U/min - 0,5 mL

z  -  1   mL

z - 8 U/min*mL

        A enzima comercial estava em uma concentração de 20 μL /250 mL, que equivale a 0,02 mL/ 250 mL, multiplicando-se a fração por 50 no numerador e denominador, obtemos a proporção 1:12500, sendo o 12500 o fator de diluição, que deve ser multiplicado pelo resultado obtido. O valor final é de 100000 U/min*mL

  • Determinação de atividade relativa (em %)

Considerando o valor máximo obtido de unidades de atividade enzimática de 4005000  U/min*mL (Tabela 1), a atividade relativa é obtida dividindo-se o valor de 100000 por 4005000 e multiplicando por 100:

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