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O Problema da poluição

Por:   •  12/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.484 Palavras (14 Páginas)  •  252 Visualizações

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Nas áreas metropolitanas o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. Em geral, os veículos automotores são os principais causadores dessa poluição.

As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde.
O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento expressivo na frota veicular de suas regiões metropolitanas.

O Estado de São Paulo enfrenta uma situação particularmente preocupante por deter cerca de 40% da frota automotiva do país. A frota motorizada no Estado de São Paulo, em dezembro de 2013, calculada segundo metodologia do inventário estadual explicitada no Relatório de Emissões Veiculares da CETESB, é de aproximadamente 14,8 milhões de veículos, sendo 9,8 milhões de automóveis, 1,9 milhões de comerciais leves, 540 mil ônibus e caminhões e 2,6 milhões de motocicletas. A frota da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) representa cerca de 7 milhões de veículos. A frota de veículos do ciclo Diesel (caminhões, ônibus, microônibus, caminhonetes e vans), no Estado de São Paulo, é composta por 885 mil veículos e na RMSP por 378 mil veículos.

Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. Essa emissão é composta de gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), etc.

O monóxido de carbono (CO) é uma substância inodora, insípida e incolor – atua no sangue reduzindo sua oxigenação.
Os óxidos de nitrogênio (NOx) são uma combinação de nitrogênio e oxigênio que se formam em razão da alta temperatura na câmara de combustão – participa na formação de dióxido de nitrogênio e na formação do “smog” fotoquímico.

Os hidrocarbonetos (HC) são a parcela de combustível não queimado ou parcialmente queimado que é expelido pelo motor – alguns tipos de hidrocarbonetos reagem na atmosfera promovendo a formação do “smog” fotoquímico.

A fuligem (partículas sólidas e líquidas), sob a denominação geral de material particulado (MP), devido ao seu pequeno tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar:

  • mal estar;
  • irritação dos olhos, garganta, pele etc.;
  • dor de cabeça, enjôo;
  • bronquite;
  • asma;
  • câncer de pulmão.

Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem (fumaça preta), a coloração e o mau cheiro desta emissão causa de imediato uma atitude de repulsa e pode ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade. Foram emitidas em 2013 no Estado 423 mil toneladas de CO, 72 mil toneladas de NMHC, 192 mil toneladas de NOx, 5,4 mil toneladas de MP, 15 mil toneladas de SO2 e 1,6 mil toneladas de aldeídos, todos poluentes tóxicos.

O gráfico abaixo mostra a evolução na emissão desses compostos ao longo dos últimos anos e inclui além dos poluentes citados, também a emissão de dióxido de carbono (CO2), que é o principal gás de efeito estufa emitido por veículos, e cuja emissão está relacionada com a eficiência energética dos veículos (consumo de combustível).

[pic 1]

 

O impacto das emissões veiculares é sentido nas regiões em que a qualidade do ar apresenta elevados níveis de concentração por ozônio e por MP. Ainda que os fatores de emissão dos veículos novos estejam decrescendo, o aumento da frota de veículos e os congestionamentos das vias comprometem os avanços tecnológicos. Além disso, a parcela com tecnologia defasada ainda é significativa. O gráfico de evolução entre 2009 e 2013 mostra, de modo geral, a manutenção das emissões totais ao longo desse período. A emissão de GEE continua crescendo, em especial pela utilização da gasolina em substituição ao etanol em função do preço de venda no varejo.

O diagnóstico geral e as ações de controle do Estado de São Paulo, para as emissões veiculares, são descritas no Plano de Controle da Poluição Veicular – PCPV, documento governamental que orienta as decisões e acompanha a implementação das mesmas. Esse documento, assim como o Relatório de Emissões Veiculares e outros documentos relevantes preparados pela CETESB, podem ser acessados aqui.

http://cetesb.sp.gov.br/veicular/

Proconve

O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) instituído em 1986 e o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (PROMOT) instituído em 2003, visam reduzir a emissão de poluentes atmosféricos e de ruído de todos os modelos de veículos automotores vendidos no território nacional. Esses programas têm abrangência federal e contam com a parceria da CETESB na formulação da legislação, elaboração dos  procedimentos de testes e na sua aplicação propriamente dita. Os programas estabeleceram limites de emissão de poluentes, que se tornaram cada vez mais restritivos, (vide tabelas de limites no Relatório de Emissão Veicular,) e que reduziram de forma significativa a emissão dos poluentes desde o início de sua implantação.

O PROCONVE considera a qualidade do combustível e a concepção tecnológica do motor como os principais fatores da emissão dos poluentes. Para obter a menor emissão possível, é necessário dispor de tecnologias avançadas de combustão e de dispositivos de controle de emissão, bem como de combustíveis “limpos” (baixo potencial poluidor). O Brasil, pelo fato de ter adicionado 22% de álcool à gasolina, passou a produzir um combustível de elevada qualidade sob o ponto de vista ambiental e nos colocou como pioneiros na utilização em larga escala na adição de compostos oxigenados à gasolina e no uso de combustíveis renováveis. Além disso, a compatibilidade entre o motor e o combustível é fundamental para o pleno aproveitamento dos benefícios que podem ser obtidos, tanto para a redução das emissões, quanto para a melhoria do desempenho, dirigibilidade, consumo de combustível e manutenção mecânica. Ainda a disponibilidade do etanol hidratado e da mistura Gasolina C, no mercado nacional desde o princípio da década de 80, trouxe benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública, destacando-se a redução drástica das concentrações de chumbo na atmosfera, visto que o etanol é também um anti-detonante substituto do aditivo a base de chumbo, totalmente retirado do combustível nacional desde 1991. Além disso, a adição de etanol à gasolina trouxe imediatamente reduções da ordem de 50% na emissão de CO da frota antiga dos veículos.

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