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QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA E IDENTIFICAÇÃO DE PARÂMETROS CINÉTICOS

Por:   •  20/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.180 Palavras (5 Páginas)  •  744 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA

CBS01035 BIOQUÍMICA – BIOTECNOLOGIA

QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA E IDENTIFICAÇÃO DE PARÂMETROS CINÉTICOS

16 de Abril de 2018


1. Introdução

A cinética enzímica é um ramo da Bioquímica que estuda as enzimas em ação; a sua atividade catalítica. No entanto, pode também ser encarada como um ramo da cinética química que estuda as propriedades catalíticas das enzimas. O estudo cinético de uma enzima visa primariamente caracterizar e descrever, a atividade dessa enzima. In vitro estuda-se a atividade da enzima procurando saber que tipo de reações pode catalisar, com que substratos pode interatuar e como se modifica essa atividade (qualitativa e/ou quantitativamente) quando se fazem variar as condições em que é ensaiada. O valor de pH, a temperatura, o tempo de incubação, as concentrações dos substratos, de cofatores ou de outras substâncias (inibidores ou ativadores) são exemplos de condições de ensaio que podem ser modificadas com o objetivo de observar como varia a atividade da enzima, ou seja, como varia a velocidade da conversão ou conversões que a mesma catalisa.

O estudo cinético de uma enzima é feito in vitro. Para esses estudos podem ser usados, como fontes de enzima, preparações que a contenham em estado mais ou menos purificado; quanto mais purificada estiver a preparação enzímica mais fácil será o seu estudo cinético. De acordo com os objetivos definidos não devem estar presentes na preparação, outras enzimas que interfiram no estudo que será feito. Durante o processo de purificação podem ocorrer alterações nas características cinéticas da enzima de tal forma que as características observadas podem não ser as mesmas da enzima no seu estado nativo; além disso, as condições que usamos in vitro para estudar a enzima são diferentes daquelas que a enzima tem na célula. Se o objetivo dos estudos visa compreender o papel da enzima na célula os resultados experimentais devem ser interpretados com especial prudência. Estes estudos podem servir de guia para planear e interpretar experiências realizadas em condições menos artificiais.

A enzima que será estudada em nossos procedimentos práticos será a Pirofosfatase Inorgânica, que está presente em uma variedade de tecidos animais e vegetais. Essa enzima hidrolisa o pirofosfato (H4P2O7 = PPi) em ortofosfato (H3PO4 = Pi). Mediremos a atividade da pirofosfatase inorgânica através da quantificação do produto de sua reação, o Pi, no meio de incubação. Para tanto, será realizada uma incubação da enzima com o seu substrato (PPi) em um meio definido e após um determinado período, a leitura da absorbância relativa ao Pi nessa amostra será realizada em espectrofotômetro, utilizando uma curva padrão de Pi realizada pelo mesmo procedimento para permitir o cálculo da quantidade de Pi nas amostras.

Resultados que podem ser obtifos no estudo cinético de uma enzima:

  • Noção de atividade enzímica ou atividade catalítica de uma enzima;
  • Noção da velocidade inicial (Vₒ);
  • Influência da quantidade de enzima na velocidade de conversão Vₒ;
  • Influência da temperatura na atividade enzímica;
  • Influência do pH;
  • Influência da concentração dos substratos na atividade enzímica e saturabilidade;
  • Influência da concentração do substrato em enzimas com “cinética de tipo michaeliano”.

2. Objetivos

Quantificar a atividade da enzima Pirofosfatase Inorgânica e, a partir disso, identificar os parâmetros cinéticos.

3. Materiais e métodos

3.1 Experimento 1 : ATIVIDADE ENZIMÁTICA

3.1.1 Materiais

  • Tampão (Tris-HCl 0,1 M; pH 7.2)
  • MgCl2
  • Substrato PPi
  • Íon pirofosfato PPi
  • Material enzimático (sobrenadante de tecido hepático)
  • Incubadora (“banho-maria”): 37°C
  • Molibdato de amônia
  • Reagente redutor
  • EDTA
  • Padrão Pi
  • Tubos de ensaio
  • Placa de 96 poços
  • Micropipeta volume variado 100 – 1000 µl

3.1.2 Métodos

Preparação tubos para ATIVIDADE ENZIMÁTICA

[pic 1]

1. Pipetar os conteúdos conforme a tabela (valores em mL):

2. Após pipetar todos os componentes, adicionar, exceto no tubo do

branco (B), 0,1 mL de material enzimático e inicie a incubação a 370C no banho-maria durante 20 minutos.

3. Após o término da incubação, retirar do banho e pipetar em todos os tubos 5 mL de molibdato de amônia (diluído em ácido sulfúrico 0,5 N).

4. Adicionar 0,1 mL de material enzimático somente ao tubo B

5. Adicionar a todos os tubos 0,4 mL de reagente redutor e agitar.

6. Incubar os tubos por 7 minutos a temperatura ambiente e adicionar 0,2 mL de EDTA 0,1 M.

7. Pipetar, em triplicata, 200 μL de cada tubo por poço da placa de 96.

8. Ler a 640 nm (leia as amostras junto com a curva).

3.2 Experimento 2 : CURVA PADRÃO

3.2.1 Materiais

  • Micropipeta volume variável 100 - 1000 µl
  • Padrão Pi 1 μmol/ml (μL)
  • H2O
  • Molibdato de amônia 0,25%
  • Reagente Redutor

3.2.2 Métodos

Preparação tubos para CURVA PADRÃO

1. Pipetar os conteúdos conforme a tabela:

[pic 2]

2. Misturar e esperar 7minutos.

3. Adicionar 100 μL de EDTA 0,1 M em cada tubo.

4. Pipetar, em triplicata, 200 μL de cada tubo por poço da placa de 96.

5. Determinar a absorbância a 640 nm.

[pic 3]

4. Resultados e discussão:

Na tabela a seguir, estão demonstrados os valores das absorbâncias das soluções padrão, as concentrações de fosfato e o FCM.

Padrão

Branco

1

2

3

4

5

FCM

1

0,0017

0,081

0,167

0,265

0,327

0,417

2

-0,006

0,082

0,170

0,244

0,336

0,426

3

-0,011

0,074

0,155

0,258

0,341

0,436

AM

0

0,079

0,164

0,256

0,335

0,425

Pi (μmol/L)

0

42,25

84,5

126,7

169

211,26

FC (Pi/AM)

0

534,81

515,24

494,92

504,48

497,08

509,3

A partir do FCM, foram determinadas as concentrações de fosfato formadas durante a reação. Em seguida, esse dado foi utilizado para determinar a velocidade inicial (V0) dividindo o valor encontrado pelo tempo da reação (20 minutos de incubação). A partir da molaridade e dos volumes utilizados para a preparação, foi possível determinar a concentração de substrato (PPi) no início da reação, e então montar a curva de substrato.

...

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