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A BRINCADEIRA ESCRAVOS DE JÓ

Por:   •  22/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  1.266 Visualizações

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BRINCADEIRA ESCRAVOS DE JÓ

Nas dimensões  conceitual, procedimental e atitudinal.

                                                                Ronaldo Campos Diogo

  1. Dimensão conceitual

Escravos de Jó  é um jogo infantil de origem africana, acredita-se que o nome Jó faz referência ao personagem bíblico descrito como um homem rico,  segundo o site portal do professor os negros ultilizaram deste nome para simbolizar o dono do engenho.

Esta brincadeira é praticada em todas as regiões do país podendo ter variações na letra da canção como demonstra o quadro no ANEXO 1.  

Apesar da música sofrer alterações comforme a prática cultural de cada região, a brincadeira  possui algumas regras que são consideradas como permanentes , ou seja,  são sempre as mesmas. São elas:  1) acontece  sempre em formato de roda, 2) não possui limites de participantes; 3) Todos devem possuir obejtos iguais; 4) A música, apesar das variações já mencinadas anteriormente, possui o mesmo ritmo e as mesmas alterações rítimicas exigidas durante a sua execução.

  2 dimensão  Procedimental

Tradicionalmente a bricadeira é executada da seguinte maneira:

Após formarem uma roda, os jogadores ficam parados, podendo ficar sentados no chão ou em cadeiras ao redor de uma mesa , segurando um objeto igual para todos  na mão direita podendo ser pedrinhas, copo, bolinha, etc. Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho indo na mesma direção, sempre  recebendo o mesmo com a mão esquerda e trocando-o rapidamente de mão para  continuar passando,  só pausando a passada  quando a letra diz "zigue, zigue, zá", neste momento  o objeto fica parado  na mão direita  e só  volta a ser passado na última palavra  do refrão “ Za”. Conforme a brincadeira vai acontecendo o mediador pode modificar o ritmo ou a entonação da música, na primeira vez é cantado com a letra tradicional;

na segunda, a melodia é entoada apenas com os sons de "lá-lá-lá" mantendo o mesmo ritmo e na terceira vez, os jogadores apenas murmuram a melodia no mesmo ritmo fazendo "Boca Chiusa". E assim finalmente chegando ao nível cinco, onde tudo acontece em ritmo mais acelerado.

Uma variação da qual eu costumo praticar com os grupos,  é realizada da seguinte maneira: os participantes ficam em pé formando uma roda e ao ritmo da música, marcam os tempos fortes e iniciam a brincadeira, porém nesta versão não possui objetos, as crianças fazem uso apenas do próprio corpo. Ao inciar todos pulam em direção a equerda respeitando os tempos fortes da canção,  no momento em que se canta “tira; põe ,deixa ficar”  todos  pulam para trás no “tira”, para frente no “põe” e ficam parados no “deixa ficar”, só voltando a pular quando começam a cantar

“guerreiros com guereiros”. No momento do “Zig Zig Zá”, os jogadores irão pular no primeiro “Zig” para a esquerda, no segundo “Zig”  para direta  e novamente para esquerda no “Zá”, reiniciando a brincadeira conforme a música.A cada vez que se reinicia pode ser alterado o ritmo ou a entonação em que a música é cantada. Na primeira vez canta-se a música com a letra tradicional falada, na segunda vez, a melodia é entoada apenas com os sons de "lá-lá-lá" no mesmo ritmo. Na terceira vez, os jogadores apenas murmuram a melodia no mesmo ritmo fazendo "Boca Chiusa" e por ultimo  todos cantam mentalmente sem emitir sons temindando o jogo em silencio, ouvindo-se apenas os ruídos dos pulos. Nesta versão pode ser feita a inclusão de deficientes visuais, pedindo para que toda a ação seja realizada de mãos dadas, após o fim da brincadeira é sugerida uma roda de conversa,  levando os participantes a identificarem as diferenças  de cada rodada  (a cantada, a mumurada e a em silêncio). O obejtivo dessa conversa é frisar como  no momento em que se fez silêncio as pessoas erraram menos pelo fato de  estarem mais concentradas, demonstrando assim a importância da concentração no momento da ralização qualquer atividade seja ela fisica, intelectual ou fisca/intelectual como no caso deste jogo.

3. Dimensão  Atitudinal:

A brincaderia pode ter caráter competitivo ou colaborativo, depende da intenção de quem propõe  a atividade. Na primeira versão descrita como  tradicional, no item 2 ela  pode ser competitiva ao ir eliminando os partcipantes que errarem os movimentos propostos; já na segunda variação  ela é mais colaborativa e inclusiva no caso dos defificientes visuais. A ideia é que todos consigam atingir o objetivo de não deixar a roda parar. Em ambas as versões a brincadeira se propõe  a estimular a atenção, concentração, cooperação, coordenação motora, linguagem, memória e ritmo. Por se tratar de uma cantiga de roda não é necessário mais do que uma aula para realizar a atividade.

1. Escravos de Jó (versão Zé Guerreiro / Zé Pereira). Versão popular na região de Alagoas.

Escravos de Jó, jogavam caxangá,

Tira, bota, deixa o Zé Guerreiro ficar.. (No Rio Grande do Sul: "Tira, bota, deixa o Zé Pereira que se vá...")

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá.

2. Escravos de Jó (versão "tira, põe"). Versão popular na região de São Paulo.

Escravos de Jó, jogavam caxangá.

Tira, põe, deixa ficar!

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá.

3. Escravos de Jó (versão Zambelê)

Escravos de Jó, jogavam caxangá,

Tira, bota, deixa o Zambelê ficar...

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá.

4. Escravos de Jó (versão Cão Guerreiro)

Escravos de Jó, jogavam caxangá,

Tira, bota, deixa o cão guerreiro entrar...

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá.

5. Escravos de Jó (versão "tira, bota")

Escravos de Jó, jogavam caxangá,

Tira, bota, deixa ficar...

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá.

6. Escravos de Jó (versão "vamos a Belém")

Versão popular na região de Pará.

Escravos de Jó, jogavam caxangá,

Tira, bota, vamos a Belém, que vai que vem...

7. Escravos de Jó(Amigos de Jó)

Amigos de Jó,jogavam dominó

Tira ,Põe ,deixa ficar

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá,

Guerreiros com guerreiros, fazem zigue zigue zá

ANEXO 1

...

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