A Educação Física

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1-) Introdução

Os conteúdos esportivos foram inseridos nas aulas de Educação Física, no Brasil, por volta da década de 50. No entanto, apenas na década de 60 ele ganhou seu próprio espaço nas aulas, devido ao modelo de carácter eminentemente esportivizado, adotado nessa época (COUTINHO e SILVA, 2009).

Hoje em dia, sabe-se que o esporte deve ser ensinado de forma gratificante, em que o interesse do aluno e sua individualidade devem ser respeitados, sem esquecer da aplicação dos princípios didáticos, uma vez que os métodos de ensino buscam um objetivo, que deve ser alcançado nos processos de ensino e aprendizagem (Cossio-Bolaños et. al, 2009).

Sendo assim, em um ambiente escolar, sempre esteve presente as modalidades coletivas, visto que eles sempre foram aceitas pelos alunos, por apresentarem uma aplicação fácil e também por se enquadrarem no ambiente educacional.

No entanto, poucas modalidades esportivas são aplicadas aos alunos nas aulas de educação física. As modalidades basquetebol, voleibol e handebol são as mais utilizadas pelos professores em suas aulas, sendo trabalhadas de forma tradicional, sem se preocuparem em inovar e reavaliar as metodologias de ensino (COSTA e NASCIMENTO, 2004).

Desta forma, esse trabalho tem como objetivo, fazer uma análise dos diferentes métodos e abordagens de ensino de modalidades coletivas e suas respectivas especificidades.

Para isso, realizou-se uma pesquisa, em diversos artigos, sobre a abordagem tradicional, abordagem do professor Claude Bayer, abordagem situacional, crítico-superadora e crítico emancipatória e correntes ou propostas pedagógicas de ensino das modalidades coletivas.

Além disso, foi realizada uma entrevista, em uma escola pública da cidade de São Carlos, para saber como os professores trabalham com as modalidades coletivas em suas aulas, além de analisar as atividades propostas para esse tema.

2-) Desenvolvimento

2.1) Métodos específicos para o ensino de jogos esportivos coletivos.

Os estudos sobre esportes coletivos tem apresentado significativas contribuições nas propostas de ensino e aprendizagem. Para isso, há “uma constante atenção quanto à elaboração de métodos e estratégias de ensino que favoreçam uma aplicação apropriada do esporte dentro e fora do ambiente escolar” (BARROSO e DARIDO, 2009), necessitando de um tratamento pedagógico adequado.

Quando as modalidades coletivas são trabalhadas no ambiente escolar, os professores de Educação Física enfatizam as aulas no ensino de movimento e gestos técnicos específicos, sem dar a possibilidade dos alunos adquirirem conhecimentos desse conteúdo, sendo necessário que os alunos saibam compreender a necessidade de tais movimentos e também utilizá-los durante as práticas esportivas (BARROSO e DARIDO, 2009).

Sendo assim,

diante deste quadro e considerando-se também os pressupostos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC/SEF, 1998) julgamos importante e necessário que professores de EF escolar possam elaborar seus planejamentos contemplando, além de estratégias diferentes de ensino, uma gama maior de atividades, tais como: atletismo, ginásticas, lutas, danças que, em parceria com um bom trabalho por meio dos jogos desportivos coletivos, favoreçam o desenvolvimento global das pessoas (COUTINHO E SILVA, 2009-pagina 119).

Desta forma, há vários métodos de ensino para modalidades coletivas, os quais podem ser analisados a seguir.

2.1.1) Metodologia a escola da bola e o aprender jogando

A escola da bola e o aprender jogando é uma metodologia que busca iniciar a aprendizagem desportiva baseada no movimento e treinamento desportivo. Ela possui três componentes básicos, que são: Jogos situacionais (trabalha com jogos coletivos no reconhecimento do espaço e superação), desenvolvimento de capacidades e desenvolvimento de habilidades. (PATRICIO, [200?]).

2.1.2) Abordagem tradicional tecnicista

Este método foi construído a partir das bases de treinamento desportivo, em que o ensino era focado no do professor, fazendo com que eles apenas repetissem os comandos do mesmo. Dessa forma, na Abordagem tradicional tecnicista, os professores focalizam o ensino nas técnicas desportivas individuais, usando, de maneira geral, técnicas que repetem e imitam os modelos de treinamento dos adultos com certas adaptações para as crianças (COUTINHO e SILVA, 2009).

2.1.3) O método da série de jogos

Foi um método proposto na década de 80 por dois professore alemães. Ele consistia, basicamente, no aperfeiçoamento da técnica motora, no domínio do material e do jogo e no ensino do comportamento tático. Desta forma, esse método tem como fundamento o desenvolvimento dos jogos sempre da forma mais simples para a mais avançada, de modo a garantir uma intensidade máxima de participação (COUTINHO e SILVA, 2009).

2.1.4) Método dos jogos esportivos modificados

Este método é baseado na abordagem de compreensão dos jogos, ou seja, todos os alunos tem o direito de tomar as decisões, trabalhando com as táticas dos jogos e não com as habilidades técnicas. Além disso, eles podem ser competitivos ou cooperativos, visto que os alunos vivenciam oportunidades de desenvolverem seus próprios jogos e gerando seu próprio aprendizado (COUTINHO e SILVA, 2009).

2.1.5) Abordagem do professor Claude Bayer

Este método é composto de três elementos: Valorização dos jogos praticados e modificados pelos alunos de forma espontânea, adequação à etapa de desenvolvimento dos alunos e valorização dos elementos perceptivos da própria conduta e sua reflexão tática.

Assim, para o professor colocar essa abordagem metodológica em prática, o mesmo deve tentar trabalhar com práticas que sejam menos repetitivas e possuam um menor tempo de fixação (COUTINHO e SILVA, 2009).

2.1.6) Abordagem situacional, Crítico-superadora e Crítico emancipatória

Neste caso, tem-se três metodologias a serem discutidas. A primeira delas é a Abordagem situacional. Neste método, o desenvolvimento dos processos cognitivos é incorporado paralelamente à compreensão tática das modalidades coletivas, a qual é composta de jogadas básicas extraídas de situações padrões de jogo (COUTINHO e SILVA, 2009).

Já a abordagem Crítico-superadora, faz com que os pensamentos dos alunos sejam ampliados, favorecendo uma melhor constatação da realidade, até sua interpretação, compreensão e explicação (COUTINHO e SILVA, 2009).

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